O irlandês afirmou que Angola é gerida por criminosos
Bob Geldof discursou numa conferência promovida pelo BES, realizada em Lisboa, e afirmou que o Angola é controlada por um governo de criminosos.
«Num discurso de 20 minutos subordinado ao tema «Fazer a Diferença», o músico irlandês aproveitou a ligação histórica de Portugal a África para tecer fortes críticas aos dirigentes angolanos», diz-nos a Blitz, perita neste tipo de produto mediático. No site da revista ainda se pode ler que «o BES emitiu, entretanto, um comunicado para declarar "formal e inequivocamente" que é "totalmente alheio" ao conteúdo do discurso de Bob Geldof e que não se identifica com as afirmações "injuriosas" do ex-Boomtown Rats.
Parece-me claro que, em semelhança a outros que tais (como o bom Bono Vox), este tipo de escândalo com fins humanitários é uma auto-promoção bastante criticável. Mas não deixa de ser curioso o impacto que, ainda assim, estas coisas podem ter; prova disso é o facto de o BES se ter demarcado de imediato do ocorrido - e ao senhor Geldof é completamente indiferente, pois a diferença não é feita pelas suas acções que têm um impacto meramente mediático. No fundo, tenho pena que realmente se fale demais - e falar, infelizmente, nem à consciencialização conduz - em vez de se tomarem acções que nutram resultados (mais) visíveis. Porque é que estas não são tomadas? Terão algum impacto negativo na imagem do músico?
A verdade é que não se pode se pode fazer a diferença sendo-se imediatamente consensual, riscos que não se corre quando se é politicamente correcto e se diz o óbvio - e esses riscos parecem ser mais ponderados do que as próprias problemáticas de que tão abertamente se fala.
Imagino se músicos destes procurassem fazer, realmente, a diferença...
Bob Geldof discursou numa conferência promovida pelo BES, realizada em Lisboa, e afirmou que o Angola é controlada por um governo de criminosos.
«Num discurso de 20 minutos subordinado ao tema «Fazer a Diferença», o músico irlandês aproveitou a ligação histórica de Portugal a África para tecer fortes críticas aos dirigentes angolanos», diz-nos a Blitz, perita neste tipo de produto mediático. No site da revista ainda se pode ler que «o BES emitiu, entretanto, um comunicado para declarar "formal e inequivocamente" que é "totalmente alheio" ao conteúdo do discurso de Bob Geldof e que não se identifica com as afirmações "injuriosas" do ex-Boomtown Rats.
Parece-me claro que, em semelhança a outros que tais (como o bom Bono Vox), este tipo de escândalo com fins humanitários é uma auto-promoção bastante criticável. Mas não deixa de ser curioso o impacto que, ainda assim, estas coisas podem ter; prova disso é o facto de o BES se ter demarcado de imediato do ocorrido - e ao senhor Geldof é completamente indiferente, pois a diferença não é feita pelas suas acções que têm um impacto meramente mediático. No fundo, tenho pena que realmente se fale demais - e falar, infelizmente, nem à consciencialização conduz - em vez de se tomarem acções que nutram resultados (mais) visíveis. Porque é que estas não são tomadas? Terão algum impacto negativo na imagem do músico?
A verdade é que não se pode se pode fazer a diferença sendo-se imediatamente consensual, riscos que não se corre quando se é politicamente correcto e se diz o óbvio - e esses riscos parecem ser mais ponderados do que as próprias problemáticas de que tão abertamente se fala.
Imagino se músicos destes procurassem fazer, realmente, a diferença...
3 comentários:
Lembro-me sempre do chapéu do Bono, que foi mandado buscar por uma limusine.
Denunciam as diferenças sociais. Mas acreditem que eu, que não passo propriamente fome, não tenho capacidade financeira para mandar vir uo meu boné numa carripana...
provavelmente nem dinheiro para um tapa carecas daqueles tens... (nem que seja por ser um particularmente feio)
e sim, tens razão, eles denunciam. mas, tal como sublinhaste, fazem parte delas e não se preocupam em mudar isso também. no fundo, essa é uma forma mais eficaz de ver as coisas do que a minha ^^
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