sábado, novembro 28, 2009

Massive Attack - Heligoland


Já lhe chamaram Weather Underground, Gothic Soul, Hell-Ego Land e LP5 mas o título final foi revelado: Heligoland. Ao fim de vários anos de adiamento, chega em Fevereiro de 2010 o último trabalho dos MA. Muitas sessões de estúdio com inúmeros convidados foram gravadas, mas ao longo de 7 anos muitas ficaram para trás. Tunde Adebimpe, Horace Andy, Martina Topley-Bird e Damon Albarn são algumas das vozes que poderemos escutar daqui a uns meses. Do que já ouvi, realço Splitting The Atom e Atlas Air (conhecido pelos fãs por Marakesh). É o regresso esperado por muitos dos soturnos senhores do trip-hop. Enquanto não sai, podem ir molhando o bico com Splitting The Atom EP.

Até o Ípsilon parece querer ir

Contas feitas, tostões contados, sandocha na mochila... está tudo preparado para os concertos do fim-de-semana, do mês e, quem sabe, do ano (pessoalmente, continuo devastado pelos Minsk, mas os Isis são rapazes para fazer frente a esse concerto épico).



A verdade é que, no que toca a organizar concertos, este é o primeiro de tão grande envergadura que a Amplificasom apresenta e esperemos que não seja o último - esperemos, também, que os pequeninos pequeninos se mantenham, que dão sempre tanto prazer. E é, sem dúvida, um nome grandioso para se trazer a este jardinzinho. Até ao Ípsilon chamou a atenção. Como é que não havia de chamar?

Julgo que não serei o único a dizer: Qual Rock in Rio, qual quê! Eu vou é ver Isis e por mim os outros que vão dar uma curva! (sim, não faz sentido, bem sei. Mas é que aquele slogan do "eu vou" é dos tipos e, pronto, é a única ligação que tenho. Gosto destas coisas, apenas isso. Mas se o Rock in Rio fosse agora tinha uma 'punchline' de topo.)

quinta-feira, novembro 26, 2009

Casa comigo, Dulcinea!



E não, não estou a falar do tipo que passa à frente da câmera aos 5:34.

quarta-feira, novembro 25, 2009

Massive Attack @ Campo Pequeno

No passado fim de semana os britânicos Massive Attack apresentaram-se no Campo Pequeno para finalizar a tournée com 2 concertos consecutivos em Portugal. Eu estive lá no primeiro desses dias e posso afirmar que foi qualquer coisa de espantoso, superando de longe o concerto dado no Festival Super Bock Surf Fest 08.

Para abrir, os Massive Attack escolheram Martina Topley-Bird. A artista participou no novo álbum dos ingleses e estava em tour com eles, pelo que aproveitou para fazer as primeiras partes de todos os concertos, tendo a possibilidade de mostrar o seu trabalho próprio. Acompanhada por um ninja na bateria, a britânica, que emprestara a voz a Tricky no seu primeiro álbum, deu um concerto curto, expondo algum do seu reportório triphop/dub/soul. Transmitindo sempre uma aura de tranquilidade e satisfação, Martina mostrou os seus dotes vocais a par de um xilofone, uma bateria, a ocasional guitarra e outros mil instrumentos - a complementaridade instrumental ajudou a tapar os silêncios e tudo junto criou uma sonoridade própria. Ainda assim, Martina Topley-Bird resultará muito melhor em nome próprio, num ambiente mais familiar e como a música pede, mais íntimo.

Com um Campo Pequeno esgotado, esperava-se uma ligeira apresentação do álbum que está para vir - Heligoland - até porque o Splitting The Atom EP, já lançado, também o é. O último álbum lançado tinha sido 100th Window, lançado em 2003. No entanto, a banda manteve-se activa no que diz respeito a concertos, pelo que a máquina se manteve sempre muito bem oleada.

A parte inicial confirmou as expectativas: material novo através de Hartcliff Star, Babel, 16 Seeter e Bulletproof Love. Robert Del Naja deu logo a conhecer duas das estrelas da noite: Martina Topley-Bird, substituindo Stephanie Dousen, singer/songwriter que actuou com a banda em 2008, e Horace Andy, o eterno clássico colaborador da banda.
A partir daqui o concerto tomou um ritmo frenético, acompanhado sempre pelo placar de LEDs por trás da banda exibindo factos, frases e mensagens polémicas. Um concerto de Massive Attack vem sempre carregado de intervenção política e humanitária, ainda que silenciosa mas complementada pela música envolvente. Desta vez as mensagens de luz estavam na nossa língua, algo que eles alteraram ao longo da tour consoante o país onde tocavam. Risingson marcou o celebrado regresso a Mezzanine pela mão dos mestres Robert Del Naja e Grant Marshall.

Teardrop pela voz de Martina Topley-Bird foi acompanhada por arranjos mínimos e suaves, ficando a voz no primeiro plano (ainda mais!) e o silêncio que se fez sentir no Campo Pequeno tornou o momento mágico. Future Proof ganhou uma nova dimensão ao vivo, nunca tinha ouvido a música de uma forma tão enérgica e intensa. Quando Horace Andy entrou em palco e se ouviram os primeiros acordes de Angel iniciou-se mais um dos momentos da noite. Inertia Creeps voltou a juntar Del Naja e Marshall em mais um momento "mezzaninesco" mas desta vez houve, na minha opinião uma abordagem visual por parte da banda que não foi muito bem conseguida. Sou totalmente a favor da complementação do concerto com adereços visuais, e neste caso acho que é muito importante. No entanto frases como "Grande golo coloca selecção nacional no Mundial" e "Simão Sabrosa deseja acabar a carreira no Benfica" levaram a aplausos do público a meio de uma música que estava a ser tão, mas tão boa. Mal aqui os britânicos, embora eu ache que não era mal intencionado.

O primeiro encore serviu para voltar de novo a Blue Lines com o clássico Unfinished Sympathy, protagonizado pela enorme capacidade vocal de Deborah Miller. Seguiu-se a incendiária Marakesh, faixa nova que muita tinta está a fazer correr no no tubo (ver aqui) e que deixou o Campo Pequeno perfeitamente perplexo: Del Naja cantou o pouco que tinha de cantar e depois deixou que a fluidez e progressão da música tomassem conta da enorme sala e dele também. Acho que o britânico deve ter sido das pessoas que mais vibrou e dançou (sempre de costas para o público) ao som daquela autêntica bomba.

Houve ainda tempo para um terceiro encore (foi só mesmo um brinde, porque depois de Marakesh eu estava mais que satisfeito) limitado a Karmacoma, que finalizou de uma maneira muito groovy e dançável uma excelente noite.
Foi, sem dúvida, dos melhores concertos deste ano, e vem mostrar que não é o facto de os Massive Attack não fazerem um álbum há 7 anos que os torna ferrugentos: pelo contrário - compensam ao vivo e de que maneira!

Setlist:

Bulletproof Love
Hartcliffe Star
Babel
16 Seeter
Risingson
Red Light
Future Proof
Teardrop
Psyche
Mezzanine
Angel
Safe From Harm
Inertia Creeps

Splitting The Atom
Unfinished Sympathy
Marakesh

Karmacoma

Sobremesa da semana

Aposto que estão agora a acabar de almoçar. Têm ar disso. E só mesmo por isso, tomem lá a sobremesa desta semana. Não têm de quê:


Sim, é o último clip dos Isis, tirado do Wavering Radiant. Há dias no Facebook pus-me a discutir como isso parecia ter líquidos não newtonianos, mas afinal estava redondamente enganado. Garantiram-me que eram magnetes e eu acredito. O significa que se calhar estou cientificamente à frente dos Isis - musicalmente é que não, mas serve de consolo.

terça-feira, novembro 24, 2009

*tic tac tic tac*

Sim, o relógio está a contar - e parece que é cada vez mais devagar - cada segundo para aquele que se espera ser um dos concertos do ano. Desta feita, não se fala apenas de uma qualidade impressionante, mas também de uma envergadura decente: os Isis já não são nenhuns meninos! Haja respeitinho!

E, confessem-se, todos vocês, já estávamos desejosos de ter estes marmanjos por cá, caramba! Já não era sem tempo!

Um aperitivo:


Um valente agradecimento aos senhores do costume - eu continuo a apoiar o cantar os parabéns no concerto de Isis - e à Prime Artists.

Hallelujah!!!!!

Finalmente, alguém dotado de um perspicaz bom senso diz algumas verdades sobre os meus ranhosos preferidos. Neste caso, sobre a letra de uma música chamada "Cousins". Veja-se a letra, seguida do comentário inteligente feito no We Listen For You.

Já agora, vamos fazer desta posta um jogo: adivinhem de quem estou eu a dizer mal? Pago um gelado (daqueles que é só nata) ao primeiro que acertar. Mas garanto-vos que subscrevo totalmente a opinião de autor do texto: que letra mais estúpida. Vejam:


AY! AY! AY! AY! AY! AY!

You found a sweater on the ocean floor
They gonna find it if you didn’t close the door.
You and the smile sit outside the side-
In a house on a street they wouldn’t park on the night.

Dad was a risk taker.
His was a shoe maker.
You greatest hits 2006…and a list maker.

Caught in the melody
You eat it, or
You were born with the fevers and-
You’re going to use them all.

(Shitty guitar thing)

(Verse I couldn’t make out)

Me and my cousins,
and
You and your cousins
It’s a line that is always running_
Me and my cousins_
You and your cousins_
I can feel it coming


I understand you find Vampire Weekend cute and cuddly. I know their melodies make you smile and wish you went to an ivy league school. But, PLEASE LISTEN, they are not saying anything! I took too much time trying to write down the lyrics for "Cousins" and what the hell are they trying to say. Leonard Cohen and Tom Waits need to slap these guys with the lyrical bible. Enjoy...or don't. Actually, please don't enjoy these lyrics.

quinta-feira, novembro 19, 2009

AI!, Mastodonte, que eles vêm aí!

É verdade, outra digressão pela Europa da quadrilha de Atlanta! Pode ser desta que os Mastodon venham a Portugal em nome próprio. Aqui entre nós, já cá faltava. Eis as datas confirmadas:

02/04 Milan, ITA @ Megazzini Generali
02/05 Fribourg, SWI @ Fri-son
02/06 Amsterdam, NET @ Melkweg
02/08 Hamburg, GER @ Gruenspan
02/09 Berlin, GER @ Columbia Club
02/10 Frankfurt, GER @ Batschcapp
02/12 Vienna, AUT @ Arena
02/13 Munich, GER @ Backstage
02/14 Cologne, GER @ Essigfabrik
02/16 Wolverhampton, UK @ Wulfrun
02/17 Bristol, UK @ Academy
02/19 Glasgow, UK @ Barrowland
02/20 Manchester, UK @ Academy
02/21 Newcastle, UK @ Academy
02/23 Nottingham, UK @ Rock City
02/24 London, UK @ Roundhouse

terça-feira, novembro 17, 2009

Cancelado o Prayer Fest

O segundo dia do Prayer Fest foi, infelizmente, cancelado. Devido ao mau tempo, a cobertura do palco rompeu e estão inviabilizadas as condições para que este festival continue. A promotora Ritual Som garante o reembolso dos bilhetes.

É demasiado azar, mas não há nada a fazer. Ficamos à espera de que isto não desanime a Ritual Som na organização de um novo Prayer Fest.

segunda-feira, novembro 16, 2009

Prayer Fest: primeiro dia

Muito há a dizer sobre este primeiro dia. Mas o que, infelizmente, marcou toda a gente foi o facto de os Minsk terem sido interrompidos por ordem da polícia. Já se sabia que força repressiva e cultura são duas coisas que não se conjugam, mas, tendo em conta o grandioso concerto que os Minsk estavam a dar, o que ali aconteceu foi um atentado à arte. Obrigadinha e voltem sempre, *acrescentar insulto à medida do freguês*.

Não fosse isso, podia-se dizer que tinha sido uma boa noite, uma noite perfeita - ou quase.

domingo, novembro 15, 2009

E hoje há (finalmente!)...

...o Prayer Fest. Um pequeno festival com um cartaz de luxo. Ver para crer (no cartaz e em concerto).

terça-feira, novembro 10, 2009

Seria uma grande falha nossa...

...não dar os Parabéns à Amplificasom. E um obrigado. Hoje fazem três anos e é tudo deles, porque tudo isto - Enablers :: James Blackshaw :: Osso :: Men Eater :: Pelican :: Larkin :: Capricorns :: Lair of the Minotaur :: Humanfly :: Bossk :: Chang Ffos :: Suma :: Before the Rain :: Katabatic :: Orthodox :: Glenn Jones :: Oblique Rain :: Zatokrev :: Headstone :: Desire :: Josué, O Salvador :: La Ira de Dios :: Missing Dog Head :: Ephel Duath :: Growing :: Boris :: Miguel Prado :: Crushing Sun :: Icos :: Franklin Pereira :: Secret Chiefs 3 :: The Allstar Project :: Caspian :: A Silver Mount Zion :: All Things Shining :: Russian Circles :: These Arms Are Snakes :: Six Organs of Admittance :: Sic Alps :: Wooden Shjips :: Aidan Baker :: Catacombe :: Nadja :: Sunshine Parker :: Monarch :: Löbo :: Wolves in a Throne Room :: Perrine :: Jorge Coelho :: Earth :: A Storm of Light :: Without Death Penalty :: This Will Destroy You :: Grey Daturas :: Year of no Light :: Bruce Lamont :: Minsk :: Kongh :: Constants :: Shooting Spires :: The Firstborn :: Process of Guilt :: L'Enfance Rouge :: Windsor for the Derby :: Heirs :: João Filipe & Henrique Fernandes :: Kayo Dot :: Nimai :: Fuck Buttons :: Indignu :: pg.lost :: Charge Group :: Humanfly :: Zu :: Circle :: Keelhaul :: Isis - foi graças a eles. Esperamos por mais, claro. Se não houver, ficamos agradecidos na mesma.

Melhor, melhor, seria cantar-lhes os parabéns no próximo concerto com o seu selo, uma versão doom. Mas acho que os Isis não iam gostar da brincadeira. A ideia fica aqui na mesma.

Como é que será o próximo álbum dos Arcade Fire?

Eu não sei e pelos vistos ninguém sabe sequer se haverá um. Mas há músicas novas. (sim, do site da Blitz. Não podem dar tiros no pé a toda a hora...)

Them Crooked Vultures metem as músicas todas online.

Vejam aqui.

segunda-feira, novembro 09, 2009

Imaginem isto sem as partes em que ele canta e a electrónica chouriça



Não era nada mau, não. Tenho um fascínio grande pelo folclore da África Meridional - isto só para aparentar que sei do que falo, mas desenganem-se: não sei do que falo; parto do princípio que eles foram buscar estas sonoridades à parte Sul de África, sem terem ido precisamente para a África do Sul, porque como se sabe a cultura lá é transversal às fronteiras impostas -, muito graças ao senhor Paul Simon, que estes aleijados tentam imitar (ah, o Graceland, o fantástico Graceland). Por isso é que fico triste por eles cantarem tanto durante a música. Se deixassem só as partes mais, vá, "étnicas" (isto não faz grande sentido, desculpem-me, mas é só para as identificar), sem os arranjos ridículos, eu ouvia Vampire Weekend.

domingo, novembro 08, 2009

É já no próximo fim de semana...

...que se realiza o Bracara Extreme Fest, que marca o regresso dos Minsk a Portugal, mas que também conta com nomes como A Storm of Light e Altar of Plagues.


Os Minsk e os A Storm of Light vão estar também, no dia seguinte, em Lisboa.