quarta-feira, fevereiro 24, 2010

Foram tão enormes...

Como qualquer velho babão, também tenho os meus momentos saudosistas e caem todos, invariavelmente, em mais ou 3/4 bandas. Sendo uma delas estes grandiosos Refused. Grandiosos? Sim: ninguém faz Punk como eles fizeram (e não são poucos a tentar).

Löbo numa palavra n'A Trompa

Colossal. Temo bem que seja precisa, esta opinião em relação ao EP de estreia da banda, Älma. Já o tinha dito aqui há uns meses e volto a repeti-o (principalmente tendo em conta o trabalho "bipolar" envolvido, em que o que se ouve no EP é completamente transformado em concerto).

terça-feira, fevereiro 23, 2010

E a nova dos Deftones?

Bolas, está mesmo boa! Eu assumo a minha culpa: os singles deles deixam-me sempre toda maluca e depois fico triste com o álbum.

Mas tenho esperança para este (como, aliás, tenho sempre). Desta vez eles tentaram um regresso às ditas origens e, parece-me, falharam com classe. Acho que eles não conseguem retroceder e, atrevo-me, regredir dessa forma. Ficaram pesados como eram aquando de um Around The Fur e de um Adrenaline, mas continuam com a negritude típica dos últimos trabalhos - eu agradeço.

Vá, 18 de Maio, vê lá se te despachas.

segunda-feira, fevereiro 22, 2010

Esquisitices #2

Falo-vos de novo de um homem só, de uma banda que fez furor e boas músicas nos deu. Falo de Einar Örn, ex-Sugarcubes (isso, isso, a banda onde a Björk cantava, dizem muitos). Confesso que deste homem conheço pouco. Aliás, fora do trabalho com a sua banda só conheço mesmo um álbum chamado In Cod We Trust (não fosse ele islandês). Julgo que vos estrago um bocadinho da surpresa se vos disser que foi editado pela Ipecac Records, a editora de Mike Patton. Todos sabemos o que se passa por aqueles lados.

O álbum de Örn é estranho. Mas absurdamente apelativo. Não pode ser caracterizado de outra forma que não pop. Com muitos sintetizadores. E muitos efeitos vocais. E muitos dos recursos que andam hoje na berra em qualquer artista que use electrónicas. Mas uma das maiores estranhezas disto são os vocalizos à la hip-hop. Mesmo rap. Tudo isto sempre povoado por um ambiente com muito ruído e sons psicadélicos/freaks/simplesmente noia.

É seguramente diferente de muitas das coisas que possam ouvir por aí, e nem que seja só por isso já vale a experiência académica da sua audição. E o que pensam dos Sugarcubes não é minimamente relevante.

domingo, fevereiro 21, 2010

Sobre o último álbum dos Muse

Lembro-me que o António mandou a posta aqui com os títulos dos álbuns e que, na altura, associei imediatamente o conceito do álbum à obra-máxima de George Orwell Mil Novecentos e Oitenta e Quatro.

Ontem, num momento de insónia, dei por mim a ouvir o single "Resistance" e a associação estabeleceu-se imediata e novamente quando ouvi o refrão: "love is our resistance," grita emocionalmente o Mathew Bellamy com a sua voz de rouxinol. Confesso: fiquei desiludido com a ideia.

Um livro tão bom, enxovalhado com música que já viu melhores dias... O livro é intemporal. Os Muse deviam sê-lo com o seu Absolution e não pensavam mais em música.

sexta-feira, fevereiro 19, 2010

quarta-feira, fevereiro 17, 2010

Ponto Alternativo em baixo

A Internet tem destas coisas - sendo uma delas o facto de eu não a compreender inteiramente.

Por motivos que escapam ao meu controlo e ao de quem colabora e gere o site, o Ponto Alternativo está em baixo. É uma pena.

Mas a verdade é que nós não estamos em baixo. Por compromissos que já estabelecemos e porque, apesar dos dissabores, ainda existe vontade e gosto no trabalho que temos vindo a desenvolver, decidimos criar uma alternativa (sim, é uma redundância engraçada) temporária, enquanto resolvemos os problemas com que nos debatemos actualmente.

Assim sendo, o Ponto Alternativo vai, por enquanto, funcionar aqui em formato blogue.

E o novo álbum dos High on Fire?

Já o ouviram? O malandro já anda por aí, isto é, por aqui.

Cult of Luna dão-nos um presentinho online.

Dia 24, pelas 8h30 - não sei se devido ao fuso horário não deva ser mais cedo aqui - vai ser transmitida uma actuação dada pelos senhores dos cultos à santa imaculada para a estação de rádio sueca P3.

Simpáticos como são, os Cult of Luna disponibilizaram o link para que se ouça no famoso live broadcast. Para os mais interessados, é marcar no calendário, activar um despertador e ir AQUI.

Ora, o conteúdo da actuação permanece um mistério para mim. Caso saibam de alguma coisa, agradece-se que partilhem as novidades aqui com a malta. Por mim, eu até já desisti pensar, sequer, em acordar para os ouvir. Acredito nos poderes mágicos da internet, chamem-me ingénuo.

segunda-feira, fevereiro 15, 2010

Por falar na dona Erykah...

...ora vejam isto e digam se não é brilhante?

NBA All-Star Weekend: a surpresa musical de Erikah Badu

O título fala por si, mas isto merece uma contextualização. Eu gosto de Basket e aparentemente a Erykah também, visto ter feito uma participação no NBA All-Star Weekend - Saturday (que é quando acontecem os concursos divertidos, tais como o de afundanços e o de triplos). Pelos vistos, a dona "sou a rainha do soul de agora" também foi ver o "Kryptonite" Robinson tornar-se rei das alturas, apesar de ser um anão de 172 cm.

Mas não é isso que me leva a falar do assunto - caso contrário, o nome deste blogue seria uma referência clara a um bombardeamento nazi durante a Segunda Grande Guerra. O extremamente curioso da sua actuação foi ter acontecido desprovido daquilo que é considerado um dos instrumentos base da música negra: a bateria. Para esta senhora, o que importa é o baixo e o seu groove - o ritmo está no estalar dos dedinhos.

A banda era a sua voz, linda como de costume, um contrabaixo, um teclado Fender Rhodes e um coro de três raparigas. E, claro, não faltou groove, nem tampouco uma grande dose de ritmo (grande grande grande baixista). Melhor: a sensação de vazio que deixa a falta de uma bateria numa música tipicamente soul/jazz durou pouco tempo, mas durou o suficiente para nos apercebermos do caso.

Ora, palavras para quê:


Claro que uma aparição destas não acontece sem razão nenhuma: o novo álbum da senhora está por aí à espreita. New Amerykah, Part II. Eu cá estou ansioso.

quarta-feira, fevereiro 10, 2010

Esquisitices #1

Nota prévia: o #1 do título é só para o caso de começar a botar aqui música deveras esquisita/genial, de gente que vou encontrando pelas internets e que deve ser completamente doidinha/genial. Ouçam uma boa dose de parvoíce/inovação e pode ser que consigam parar a meio/encontrar outra coisa que gostem.

Neste post venho-vos mostrar o único álbum do DJ Pica Pica Pica, que data já de 1999 e que se chama Planetary Natural Love Gas Webbin' 199999. Este DJ é Yamantaka Eye, que já deviam saber quem era daqui, e o seu album vai buscar muitas coisas do seu universo. O resultado final é mais uma esquisitice da grossa, impossível de classificar num género ou algo que o valha. Principalmente porque passa por muita coisa, desde música asiática a electro a percussões quase tribais ou a apenas sons, naturais ou sintéticos. Ou tudo ao mesmo tempo. E tudo com muito ritmo, muitos loops, muito noise. Ou tudo ao mesmo tempo.

Vale a pena ouvir para conhecer. E deste posso dizer que gostei.

Novidades festivaleiras

Para quem gosta de estar a par, como eu, do que vem cá ou não nos festivais tugas, fica este post com confirmações do Alive!10. É o único com alguma coisa confirmada - corrijam-me se estiver enganado.

Não são nomes muito sonantes (ok, os Pearl Jam são), nem nada que a malta ouça aqui incessantemente, mas vale pela informação.

8 de Julho
Kasabian
Phoenix

9 de Julho
The Gossip

10 de Julho
Pearl Jam

terça-feira, fevereiro 09, 2010

Macacos me mordam...

O Trent Reznor anda por aí, no Twitter mais precisamente e no Facebook de forma mais dissimulada, a insinuar algo sobre "trabalhar no estúdio". Passou-se alguma coisa de que não saiba ou a ideia de "Wave goodbye, hello videogames" foi-se ao ar e ele quer é fazer música de novo?

Já agora, em caso de dúvida, vejam esta dúbia entrada do nin.com. Percebem as minhas redundâncias?

E uma digressão europeia dos Silver Mt. Zion?

Até agora não há nada para a zona da península, mas há datas por essa Europa fora. Ideal: tê-los por cá a passear os seus botões e os seus cartazes anacronicamente anacrónicos a colorir os ambientes e a incitar à violência simbólica e figurativa através de paradas contra dinossauros e/ou só porque gostamos uns dos outros. Eu gosto de tudo isso e, melhor ainda, gosto da música deles.

As preces estão lançadas. Não me parece que queiram vir para estes lados desta vez - se o Durruti sabe de uma destas... - mas eu gosto sempre de acreditar que não é uma possibilidade completamente excluída.

Há que relembrar que este 2010 já tem um álbum novo destes grandiosos senhores, com uma nova formação e uma nova fúria. Neste momento, a orquestra tem apenas cinco pessoas - violino, violino, contrabaixo, guitarra e bateria - mas muita energia. O novo Kollaps Tradixionales já circula há algumas semanas e vale bem a pena o tráfego.

segunda-feira, fevereiro 08, 2010

Só verdades...

Não percebo o que é que ele quer dizer sobre o COyote, mas de resto é tudo verdades e tenho pena de ele não ter feito um set semelhante por cá.

"Tonight I had the fortune of hearing Kayo Dot perform this album in it’s entirety. It was one of those shows that was so beautiful, I’m still somewhat in shock. I’m just really upset that their second set, a performance of their forthcoming album Coyote. Released on John Zorn’s Tzadik label, this album, much like everything on that label, has a very difficult to describe sound. Mixing avant-garde jazz and progressive metal to create a challenging, albeit incredible rewarding, album, frontman Toby Driver proves that he can still compose (yes, these are more compositions than just ’songs’) after his days with Maudlin of the Well. Definitely give this album a listen, it’s become on of the best albums of the decade."

@ Shock Mountain