sábado, junho 30, 2007

A parvoíce pegada...

Nem chega a ser uma crítica séria, ou mesmo digna de um jornal. É um conjunto de metáforas insultuosas e insinuações presunçosas de alguém que não se deu ao trabalho de, sequer, tentar conhecer as bandas em questão.
É uma amostra do rigor jornalístico em Portugal, sem qualquer dúvida. Fiquem com esta pérola e concluam o que tiverem a concluir, que eu encerro este assunto de forma gélida: acho que nem merece mais do que uma leitura, muito riso e ser imediatamente esquecido.


http://jn.sapo.pt/2007/06/29/cultura/a_tortura_satriani_a_espera_metallic.html

sexta-feira, junho 29, 2007

13º SBSR - Acto 1

Anunciado o início da festa para as 17h, nos bilhetes e em alguns meios de comunicação (apesar de no site do evento estar marcado para as 16h o concerto de Men Eater), foi a desilusão para muita gente que chegou à hora prevista e já estavam os Blood Brothers a tocar. A mim, atrasaram-me os comboios e perdi os Blood Brothers de qualquer modo.
Felizmente, cheguei mesmo a tempo da festa que queria ter - apesar dos Men Eater já terem tocado -: Mastodon.


Consegui, finalmente, assistir a um concerto destes senhores do Metal Progressivo. A oportunidade havia surgido em Novembro, aquando da vinda de Tool a Portugal, mas as entradas tão lentas, graças à procura exaustiva de equipamento de fotografia, reduziram o concerto a umas míseras 3 músicas.


Mas desta vez, os senhores de Atlanta tiveram tempo e fotografias só para eles. Por cerca de 45 minutos, o palco (expressamente montado para os Metallica) pertenceu aos Mastodon, que usaram e abusaram do seu espaço com intensidade, musicalidade e técnica. Ao contrário do que eu esperava, eles não se centraram somente no mais recente Blood Mountain do que nos seus antecessores, Leviathan(2004) e Remission(2002); fizeram um bom apanhado das melhores músicas, brindando o já numeroso público (se compararmos com o que estava em Metallica, era inexistente, na realidade) com um concerto em grande. Mas "The Wolf is Loose", "Crystall Skull" e "Capillarian Crest", do álbum de 2006, conduziram os fãs ao mosh pit e ao stage diving com mais facilidade.


E realça-se o som, que estava fabuloso. E essas coisas notam-se nas primeiras bandas, antes dos cabeças de cartaz (que têm sempre O melhor som), que saem naturalmente prejudicados. Ora, essa situação não se verificou; muito pelo contrário, o som de Mastodon - tão rico e complexo, difícil de ouvir e distinguir - estava perfeitamente perceptível, o que ajudou imenso ao espectáculo.
A banda foi extremamente profissional: falou pouco, tocou muito, mostraram-se enérgicos e perfeccionistas. Com um tempo tão reduzido para tocar, esta atitude é natural e até louvável, visto que economizaram o pouco espaço em que se moviam. Haviam de cá voltar, para um concerto deles, mesmo.




Joe Satriani

Em poucas palavras: foi secante, repetitivo, pouco original e demasiado egocêntrico. Sinceramente, não entendo este tipo de projectos em que se tocam duas notas repetidamente e a estrela de circo mostra que sabe as 400 mil escalas que existem numa guitarra. Resumidamente, posso afirmar com toda a segurança que Joe Satriani é o Pedro Abrunhosa da Guitarra: não sabe cantar, simplesmente falar.




O Negrão falará melhor dos restantes concertos, que decorreram depois de Mastodon (visto que também foi vitimizado, como muitos de nós, pelos horários pouco explícitos), principalmente de Metallica. Digo-vos, desde já, que foi um grande grande concerto. O post sobre eles vai ter a setlist que prova essa situação, visto que fala por si só. Eu ainda estive no meio da multidão durante algum tempo, mas o cansaço e a minha meninisse levaram-me a bater em retirada daquele campo de batalha regado calorosa e acolhedoramente, a típica forma dos concertos dos senhores de tudo o que é Metal.

quarta-feira, junho 27, 2007

A equipa parte amanhã para o SBSR.

Rock on! \oo/

sábado, junho 23, 2007

Yanqui U.X.O.


Este álbum de Godspeed You Black Emperor! foi a melhor aquisiçãoda minha vida, sem qualquer tipo de dúvida. É complicado de arranjar um trabalho destes senhores, pois a sua música é um conceito único - semelhante a Neurosis, portanto; são das poucas bandas que, mais que música, fazem arte - e que, graças a esse facto, não se consegue comercializar facilmente. É uma banda de culto, mas poucos sabem realmente algo deles; conhece-se o seu trabalho, mas não deixa de ser uma surpresa quando se adquire um trabalho deles.

Yanqui U.X.O. é um álbum perfeitamente abstracto (consegue superar F# A#) e ambiental, mas que não nos absorve na sua música: desperta-nos para a atenção para cada pormenor. Ao longo das suas 5 músicas (cinco longas músicas), é-nos traçado um percurso de intensidade, por assim dizer, que culmina na última música, "Motherfucker=Redeemer", numa orquestração forte e batida, mas imensamente melódica. Esta última faixa é o final perfeito, depois de uma hora inteira de música pouco encontrada nos cânones de tudo o que já foi feito.

Godspeed You Black Emperor! estão noutro patamar da música, não só contemporânea. É perfeitamente compreensível que seja menos ouvido que imensas bandas que se lhes assemelham - que não passam de aproximações às sonoridades destes artistas -, visto que estes se mantêm conceptualmente sui generis e inimitáveis.

quarta-feira, junho 20, 2007

Black Rebel Motorcycle Club

Uma das bandas que, infelizmente, ainda não foi confirmada para nenhum festival e que lançou recentemente o seu 4ª álbum: Black Rebel Motorcycle Club. O Rock no seu estado puro, com as claras influêcias dos Blues, é tocado da melhor forma por eles.

Fica uma mostra disso mesmo:

Love Burns


Baby 81 é um dos melhores álbuns de Rock deste ano, sem qualquer dúvida; marca o regresso da banda às músicas fortes e memoráveis.

Weapon Of Choice
Setlist de um concerto de Interpol, neste mês de Junho nos EUA...

Pioneer To The Falls
Obstacle 1
Narc
Say Hello To The Angels
Take You On A Cruise
Mammoth
Slow Hands
Leif Erikson
Heinrich Maneuver
Evil
Not Even Jail
Length Of Love
Stella Was A Diver And She Was Always Down
PDA

Fica, assim, como que uma previsão para o que nos espera no dia 5, no SBSR.
Esperemos que seja mesmo assim.
Informação retirada do FórumSons.

Consmismo e Música - relações e revelações (ou não)

O final do século trouxe uma dificuldade que tem de ser ponderada: que mais há para inventar? Toca-se tudo de todas as maneiras possíveis, e as grandes bandas, dos grandes génios, já tocaram os impossíveis. A música cai inevitavelmente na imitação e recuperação revivalista de bandas anteriores; só as identidades se renovam, os pormenores que lembram e que identificam certos grupos, como a voz, ou a mistura de influências e tendências.

As novas bandas, como The National, Black Rebel Motorcycle Club, Bloc Party, entre outros, recuperam as sonoridades dos grandes anos 60 e dos anos 80, mas não trazem ou fazem nada de realmente novo. Aliás, todas assumem uma influência em comum: Joy Division. O fenómeno Joy Division percebe-se dessa forma: mesmo não sendo uma banda que atingiu um grande reconhecimento enquanto no activo, a importância que teve, por introduzir o Pós-Punk, entende-se realmente na quantidade de bandas que influencia actualmente, sendo muito poucas as que não assumem o toque Joy Division na sua música.

Este novo século apresenta, também, o problema do crescimento das bandas. A música, cada vez mais industrializada, tem-se tornado num simples produto baseado em conceitos de imagem – aliado ao crescimento da MTV na divulgação da música (“vídeo killed the radio star”). Estes conceitos de imagem e os estudos de mercado são um obstáculo para bandas novas, com conceitos novos, à procura de emergir na cena musical actual, pois o público aponta sempre para o que já existe; é sabido que as evoluções, as novidades, surgem de choques ideológicos. Felizmente, a música, como cultura e produto humano da sociedade, encontra respostas, cuja mais expressiva é a Internet.

Este meio de comunicação é visto como o principal meio de roubo de propriedade e violação de direitos de autor da actualidade, e as editoras perdem, imediatamente, dinheiro com o acesso gratuito às músicas que os consumidores têm, através da Web. Mas a realidade é que a Internet é, actualmente, o meio de divulgação mais importante, a nível musical. O surgimento de bandas através da Internet é um fenómeno corrente (Arctic Monkeys, por exemplo) e cada vez mais comum. A prova destes factos é o crescimento da comunidade Myspace e o aparecimento de cada vez mais Netlabels – editoras independentes que trabalham através da Web, usando-a para divulgar as suas bandas. O novo meio de divulgação, apesar de menos lucrativo a curto prazo para as editoras, é uma garantia de actividade para as bandas que ainda não cresceram dentro do meio comercial e mais global da música. E é uma salvaguarda para as próprias editoras, que têm uma possibilidade de investimento mais alargada, e acabam por lucrar a longo prazo. Claro que a Net é muito mais produtiva para editoras mais pequenas, que ainda não têm um demasiado alargado e, em virtude deste facto, não têm tantas limitações e acabam por crescer com as próprias bandas, que são mais facilmente aceites nestas Labels mais pequenas, ao contrário do que acontecerá nas mais Mainstream.

A Internet está a ser vítima dos mesmos preconceitos que a rádio nos anos 20. Também esta representava a possibilidade de se ouvir a música de um artista sem se pagar direitos de autor. Olhar ao lucro imediato demonstra falta de alcance. Cedo, a rádio mostrou-se o meio de divulgação que aumentou as vendas de álbuns e alargou o público presente nos concertos. A Internet caminha no mesmo sentido. Os concertos são mais divulgados na Web, e também mais procurados, pois o conhecimento das músicas estendeu-se a níveis globais, assim como as próprias bandas e as suas músicas. Quanto ao consumo dos trabalhos editados, a Net, apesar da tecnologia, não tem a capacidade, ainda, para manter a qualidade sonora das músicas (o MP3 é um ficheiro de capacidade menor, precisamente para facilitar o acesso ao mesmo), pelo que, em diversas situações, a compra é uma consequência directa iminente; de qualquer modo, as editoras já adoptam políticas que procuram responder a este novo tipo de mercado, como a venda dos CDs nos próprios concertos, tornando a venda muito mais lucrativa, visto que não há intermediários de venda e revenda: é tão positivo para a editora como para o próprio consumidor.

O fenómeno Web também se mostrou o principal ponto de partida para as novas tendências musicais. Estas novas tendências e novos sons vieram reinventar a música na sua globalidade, negando as estruturas fixas e fórmulas de composição restritas, explorando as sonoridades de forma mais ambiental e melódica, procurando situações mais envolventes. É o chamado Post, ou pós qualquer coisa (normalmente Rock ou Doom). São precisamente essas estruturas regulares e monótonas que caracterizam a música Pop actual, em que a fórmula Verso-Refrão-Verso torna a música mais fácil de memorizar e, por isso, de adquirir maiores dimensões comerciais. O Post rejeita esta fórmula, explorando as músicas através de crescendos, mantendo uma base harmónica constante, proporcionando momentos mais introspectivos. As músicas tornam-se, então, muito mais longas que o normal, em busca de um clímax ambiental, sendo este outro grande obstáculo à divulgação do Post nos meios de comunicação mais comuns. A própria rejeição da estrutura Verso-Refrão-Verso torna essa situação extremamente complicada; as músicas de 7 minutos no mínimo só decretam a impossibilidade de divulgação através da TV e da rádio.

Desta forma, o surgimento destas novas tendências não seria possível se não fosse a Internet, comprovando-se assim a sua importância na cena musical de agora. Tanto o Post-Rock como o Post-Doom estão ainda em crescimento e abrangem multidões cada vez maiores, sem nunca se sujeitarem às influências directas dos media e à sua triagem no que toca a divulgação. Neste momento, é mesmo impossível conceber a música sem a Internet, tendo em conta o papel que a Web realiza na música actual. A música chegou a um patamar de globalidade nunca antes atingido ou imaginado, em que é possível tocar de tudo e ouvir de tudo sem ter a barreira procura-oferta a limitar stocks. A urgência não está em impedir o caminho actual da Internet e do MP3, mas sim em arranjar uma forma pragmática de a utilizar em proveito de uma sociedade em mutação e cada vez mais sedosa de informação e novidade, à semelhança do que as pequenas editoras têm feito. Tem sido um grande erro das grandes Labels rejeitar a Internet e o seu conceito; tem sido uma forma de impedir o progresso, na realidade, algo impossível. Os próprios mercados têm de acompanhar as necessidades da sociedade de consumo e saber adaptar-se, e não o contrário.

terça-feira, junho 19, 2007

The Mars Volta em estudio

A banda de Prog-Rock entrou recente em estudio para gravar o seu 4º álbum, The Bedlam in Goliath. Omar Rodriguez-Lopez vai continuar a produzir (quem sabe se John Frusciante não participa novamente nas gravações) e as misturas vão ser feitas por Robert Carranza.

Acho que isto oficializa a ausência dos TMV dos palcos, não americanos, pelo menos.

Mais informação aqui.

sexta-feira, junho 15, 2007

Linda Martini + The Guys From The Caravan (fotos)


The Guys From The Caravan








Linda Martini

Envy

Os japoneses Envy anunciaram uma tour pela Europa, no mês de Novembro, de três belas semanas. A sua distribuidora anda a "recrutar" gente para os contactar e arranjar eventos/espaços/condições para a banda actuar.
Era imensamente interessante contarmos com a presença destes meninos em Portugal.
Pense-se nisso; alguém contacte a Conspiracy Records para esse propósito, que o povo agradece.


"envy will be going on a European tour in November of 2007 for three weeks. Conspiracy Records is handling all of envy's booking. please contact Conspiracy Records in regards to booking envy for shows in Europe."

De volta aos palcos portugueses...

...estão os Young Gods. Uma das grandes referências do Industrial da década de 90, que grandes momentos protagonizou no Sudoeste, volta à carga. Se há realmente um álbum que se pode considerar uma obra, Only Heaven é, sem qualquer sombra de dúvida, uma delas. Forte, batido e compassado, propaga-se na nossa mente com uma facilidade quase assustadora.

Serão acompanhados pelos Datsuns, no festival "Marés Vivas", em Gaia, no dia 13 de Julho.

quarta-feira, junho 13, 2007

Festivais de Verão

Foi confirmada, nestes últimos dias, a presença dos bracarenses Mão Morta no festival de Paredes de Coura. Segundo consta, será um concerto de retrospectiva, no qual irão tocar músicas dos seus mais que 20 anos de existência. É um dos concertos que mais aguardo - já que a minha presença no festival está quase que garantida -, já que é uma banda que (imaginem a falha!) nunca vi, e que se destaca pela excelência do seu trabalho, abordando temáticas pertinentes, com importantes bases literárias e uma sonoridade versátil.
É a continuação da participação do grupo neste evento, que mesmo na passada edição, na qual não actuaram, Adolfo Luxúria Canibal brindou os festivaleiros que tão bem o conhecem (ou não, que isto de festivais é uma salganhada...) com uma presença diferente das restantes: participou em recitais de poesia promovidos pela Objecto Cardíaco, e na primeira edição especial do jornal de música “UM”, entre outras situações (das quais destaco os saltos na primeira fila do concerto de The Cramps).

Houve mais confirmações, adiantadas pelo site Festivaispt, mas que ainda não foram oficializadas pelo site da organização do evento - espera-se que essas sejam feitas durante a próxima semana.
Parece que Spoon se juntam a Mão Morta, no dia 14, de Architecture In Helsinki e Gogol Bordello. No dia 15, Electrane juntam-se a Sonic Youth, Cansei de Ser Sexy e a Sunshine Underground para dar um ar mais cheiinho ao cartaz.

Um festival que tem um cartaz que me surpreendeu imensamente, é, sem qualquer dúvida, o Sudoeste. Naturalmente, há algumas constantes, em termos de tipos de bandas - algo mais mainstream -, mas não deixam de estar confirmadas bandas de grande qualidade, como são os Editors, os ...And You Will Know Us By The Trail Of Dead e os The National, entre outros. É um cartaz que se está a mostrar consistente e que prova a capacidade que o festival tem para receber os seus habituais milhares de visitantes, com músicas para gregos e para troianos.

Outro cartaz que está incrivelmente bom, é o Super Bock Super Rock. Acho que dispensa comentários, mesmo. Qualquer um que dê uma vista de olhos pelo cartaz e repare em bandas como Interpol, Arcade Fire, Mastodon, Tv On The Radio e Clap Your Hands Say Yeah, percebe o que eu quero dizer. E o resto das bandas não carece de qualidade e está ao nível das supra mencionadas.

Acho que os festivais de este ano estão a ganhar contornos interessantes. Só se pode esperar grandes coisas de grandes bandas; festivais com cartazes assim prometem ser os maiores até à data. Aliás, nunca Portugal teve um ano tão rico musicalmente, pelo menos que eu me lembre.

terça-feira, junho 12, 2007

The (International) Noise Conspiracy - o novo álbum

Depois do concerto no Alive 07, dirigi-me aos backstage para falar com os suecos. Esta é uma situação que pareceria bastante improvável de se tornar possível, mas sabendo o historial da banda, a sua forma de estar e a sua escola Hardcore - e até porque falei com eles no concerto do Sudoeste -, achei que tentar não seria demais. E não foi, efectivamente.

Tenho acompanhado, com relativa regularidade, o site deles, para ver como é que têm corrido as gravações do novo trabalho e outras notícias relacionadas com o mesmo. Como a banda não tem actualizado o site, ultimamente, as notícias em torno do novo álbum são bastante reduzidas; sabe-se, simplesmente, que já começaram a tocar algumas músicas novas ao vivo (como aconteceu no Alive 07) e que começaram a remisturar o trabalho, já gravado, agora. Aliás, não andam a mostrar muita coisa nova, mantendo mesmo a imagem que assumiram aquando do Armed Love.

Como disse, consegui contactar com os The (International) Noise Conspiracy, que se mostraram muito receptivos à presença de "fãs" - como nos apelidaram - junto deles (fui com dois amigos, por isso utilizo o plural, naturalmente). Mantiveram-se sempre humildes e sem problemas em responder às perguntas que colocámos. Falei, obviamente, com todos eles, mas ganhei mais tempo (perda dele não foi certamente, visto que são pessoas interessantes, cultas, com as quais se aprende sempre alguma coisinha) a conversar com Lars, o guitarrista.

Consegui averiguar, durante a visita de 5 minutos aos bastidores, que o novo álbum vai voltar à fúria que distinguiu New Morning, Changing Weather, apesar de manter uma melodia mais natural da maturidade atingida em Armed Love. Lars garantiu-me, também, que após lançarem este novo trabalho, faziam planos de visitar Portugal para um concerto só deles, para que o público que lhes é fiel não tenha os problemas que se apresentam, naturalmente, nos festivais. Também me adiantou que o o novo trabalho, que vai trazer uma nova remessa de merchandise e artwork, está datado para sair em Outubro, se tudo correr conforme o planeado. Só não consegui saber qual o nome do álbum, mas isso não me pareceu muito importante, visto que as temáticas foram perceptíveis durante o concerto - abordam aspectos mais sociais da civilização actual, talvez com uma especial incidência nos EUA, falando de Beverly Hills e do demónio em provocação ao Rock cristão americano - e o forma como são abordadas foram-nos ditas - passo a citar, "the new songs are a lot more angry".
A banda toda demonstrou ter gostado de tocar em Portugal, que lhes proporcionou bons momentos e que tinha público muito receptivo e cativante. Relembraram, precisamente, o concerto de há dois anos com bastante entusiasmo, ou seja, mais uma segurança para o regresso depois de Outubro.

Depois, lá tivemos que ir embora; aproveitámos para ir ver o final de Beastie Boys, e ainda nos cruzámos com Lars e Ludwig (o baterista), que tinham tido a mesma ideia que nós e se misturaram, naturalmente, com o resto da multidão. Se há algo porque T(I)NC se distinguem, é pela coerência das suas ideias e pela forma humilde com que encaram a sua música e a sua faceta de banda relativamente mediatizada.
Fica a vontade para o regresso deles a uma sala de concertos mais aconchegada, que eles bem merecem, e nós, público fiel, também.

segunda-feira, junho 11, 2007

Alive 07 - dia 10

Como vos disse, fui ao último dia do Alive 07. Pode parecer estranho, tendo em conta o tipo de música que eu tenho «reportado» neste espaço, ter escolhido, precisamente, o dia mais Hip Hop, menos Rock, mais seja o que for... Bem, quanto a isso, tenho várias respostas: 1º Existia, efectivamente, um palco secundário com um cartaz muito bom e bastante sedutor; 2º Quem vos diz que eu não gosto de Hip Hop? Esse assunto fica para outros posts, mas não rejeitem essa hipótese.


Com efeito, eu fui para ver uma das melhores bandas de Rock que tive e tenho o prazer de conhecer. The (International) Noise Conspiracy é uma banda com raízes na cena Punk/Hardcore, que constrói a sua música em torno de um ideal revolucionário e que, como pessoas, vivem de acordo - o mais possível, claro - com o que defendem nas suas músicas. Obviamente que, devido à consciência que têm para poder sustentar as sua posições contestatárias, têm letras muito boas e pertinentes. Quanto à sua música, é, como eles descreveram há uns anos, uma mistura entre Blues, Punk e Soul, ou seja, Rock puro com influências claras dos anos 60 e 50, dos primórdios das guitarradas e da música dançável com pulos e corridas. Como banda, tiveram diferentes fases, fáceis de distinguir pela composição de cada álbum, mas que ostentam sempre uma sede de mudança, sempre através da música, mas com mensagens diferentes - desde as armas até ao amor. É um projecto que vale a pena conhecer, não só porque nos enriquece culturalmente e nos dá uma visão diferente das políticas e posições que nos rodeiam e que, muito provavelmente, desconhecemos, mas porque é um prazer ouvir música assim, bem feita, alegre, cantável, dançável, enérgica...
Quanto a concertos... Bem, viu-os na sua estreia em Portugal, há dois anos, no Sudoeste. Foi uma autêntica bomba. Foi mítico. Um concerto inacreditável, sem qualquer dúvida. Gente que deixou o palco principal para perceber o que é que estava a acontecer no pequenino palco secundário, fotógrafos a correr para captar o fenómeno, um encore tão brutal como todo o concerto... E, pelo que sei, concertos assim, deles, são uma constante. Vê-se que gostam do que fazem, essencialmente, e conseguem transmitir e partilhar isso com o público, muito graças à sua humildade, que os torna tão acessíveis.



The Vicious Five


foi o primeiro concerto que apanhei no palco secundário, visto que Nigga Poison me pareceu bastante desinteressante, mas admito que talvez seja um preconceito parvo que tenho, já que nem dei muita atenção à música, mas não importa.
Se, segundo me lembro, afirmei que o concerto na Queima das Fitas de Coimbra foi bom, muito bom; agora vou enfatizar isso: o concerto no Alive 07 foi estupendo. The Vicious Five estavam muito mais enérgicos e sedentos de música que na Queima e protagonizaram momentos de dança, saltos e Rock muito bons. A setlist foi semelhante ao outro concerto que vi, mas aqui resultou bem melhor, como já disse. Quim, o senhor vocalista, voltou a estar à frente de afirmações pertinentes, como foi comparar-se a Matisyahu, que estava a actuar no palco principal nesse mesmo momento, e fazendo uma pequena crítica com uma brincadeira de anti-semitismo.
A banda está cada vez mais à vontade em palco, o que também deixa o público mais confortável com a sua música, ajudando imenso ao espectáculo, e as músicas novas que tocaram resultam muito bem ao vivo. Estão com um concerto muito bom, mesmo.



Wraygunn


Esta banda, ainda que muito interessante, não proporciona os melhores concertos que já vi. Exceptuando durante algumas músicas, são concertos um pouco estáticos e que não puxam muito pelo público, ou pelo menos por mim. Claro que durante a "Drunk or Stone", ou "Keep On Prayin'" a coisa muda de figura, visto que são músicas mais mexidas e mais conhecidas e que levam a um contágio diferente, maior.
Vou remodelar, então, a minha afirmação: o concerto foi bom e interessante, mas não era, definitivamente, no mesmo esquema das restantes bandas que iriam lá actuar, que tinham ambientes mais enérgicos e dançáveis, ao contrário do que Wraygunn me parece ser, criando fundos muito bons.
Destaco, obviamente, a performance de Paulo Furtado, que demonstra os muitos anos que tem de palco de forma clara, ostentando uma posição insolente de rockeiro da velha escola Punk. As duas senhoras que o acompanham não se mexem muito - não são, definitivamente, nenhumas Karen O -, apesar de terem um presença muito curiosa e interessante, mas ainda se destacam do resto da banda, que fica completa submersa pela existência do nome do Paulo, que é a cara do projecto.



The (International) Noise Conspiracy


Foi um grande concerto. Infelizmente, não me parece ter sido o concerto da noite. Muita gente que estava no recinto, estava para ver a estreia dos grandes Beastie Boys, que, pelo pouco que vi, deram um grande grande concerto, ao seu nível, claro. E muita gente não foi ver os T(I)NC, tanto pelo preço dos bilhetes, como pelo próprio dia, o que não facilitou em nada o trabalho destes senhores. Mas nem isso se mostrou ser um verdadeiro problema para os suecos, que se apresentavam pela segunda vez em Portugal. O concerto foi extremamente enérgico e envolvente. A banda estava com uma presença estupidamente contagiante e à primeira música já todos dançavam, na plateia e no palco. Percorreram algumas das suas músicas mais badaladas, desde "Smash It Up", do Survival Sickness, passando pela "Capitalism Stole My Virginity", do New Morning, Changing Weather, mas centraram-se mais no último álbum, Armed Love, do qual tocaram "Let's Make History", "Comunist Moon" e, o single, claro, "Black Mask", entre outros; também tocaram bastantes músicas inéditas, que vão estar inseridas no novo álbum, a ser lançado mais adiante, ainda este ano.


Não tocaram durante muito tempo, mas tocaram tempo suficiente para toda a gente dançar e cantar a revolução durante essa hora de concerto festivaleiro. Fizeram um pequeno encore, de duas músicas, deixando a promessa de um regresso a Portugal, que será muito aguardado.
Claro que os discursos mais políticos não foram postos de parte pelo vocalista, Dennis Lyxzén, mas foram doseados na medida do público, bastante reduzido, que marcou presença no concerto. Falou, como não podia deixar de ser, das eleições que ocorreram há poucos meses na Suécia, mostrando o seu descontentamento para com o governo que ganhou, associando esse descontentamento a "Comunist Moon", inteligentemente; e referiu, ainda, a sua estadia nos EUA e a música cristã feita em doses industriais por esses lados, explicando, assim, o porquê de uma música a falar do diabo.


Destaco, também, o momento em que Dennis abandona o palco para vir passear pelo público, demonstrando a abertura e o pó ao estatuto de estrelas que toda a banda tem - mesmo que esse estatuto não seja aplicável em Portugal, na Suécia são uma banda muito conhecida e o Dennis é mesmo considerado o homem mais sexy do país. Trocou algumas palavras rápidas com o público, enquanto pôde, que rapidamente foi arrebatado para um stage-dive, e outro, e outro... o concerto iria continuar normalmente, como se aqueles passeios fossem a coisa mais natural do mundo.
Foi um concerto incrível, novamente, mas ainda distante do mítico de há dois anos. Mas, com a promessa de um regresso, estou certo de que aquele concerto não foi uma situação sem exemplo.




O resto do festival

Vi partes de Da Weasel, que me pareceu repetitivo (nunca consegui gostar de nenhum concerto deles), assisti ao final do concerto de Beastie Boys, que estava a parecer muito bom e ainda acompanhei um pouco de Buraka Som Sistema, um projecto curioso e interessante - confesso que não gosto e não consigo ouvir (e não, não é um paradoxo) -, que se estava a mostrar um fenómeno, com imensa gente a ver, talvez pelos concertos já terem acabado, mas havia, ainda durante Beastie Boys, bastante gente a aguardar a sua actuação.
O dia pareceu-me um tanto desequilibrado. Bandas como os Beastie Boys e T(I)NC (que tocaram numa hora ingrata, precisamente ao mesmo tempo) serem colocados ao pé de artistas que não têm concertos ao mesmo nível, sequer, como me parece acontecer com Sam The Kid e Da Weasel. Claro que é sempre um bom "aquecimento", e a temática estava bem distribuída no palco principal, não tão bem no palco secundário (talvez até estivesse, tendo em conta que era uma forma de não desmotivar quem comprou os bilhetes para os outros dias, que gosta de música mais Rock), mas não me agradou, que não me senti sequer tentado para ver as bandas que abriram para Beastie Boys. Ainda assim, acho possível e plausível fazer um balanço positivo do dia.

The Guys From The Caravan + Linda Martini

Devido a "compromissos inadiáveis", os Linda Martini tocaram, antes dos Guys, um alinhamento bastante reduzido, tendo de partir para Lisboa logo de seguida, segundo disseram. É, infelizmente, a quarta vês que vêm a Coimbra tocar o mesmo alinhamento, sem sequer se ponderar inserir uma ou outra música do álbum, que ainda não tocaram. Este tipo de situações nem sequer que é benéfica para a banda (que, ironicamente, ficou quase toda para ver o concerto dos The Guys From The Caravan), que só leva a levantar suposições sobre a capacidade que eles têm, ou não, para dar mais concertos na cidade.
Infelizmente, foi um concerto bastante fraco, mas a culpa não recai somente sobre eles; o próprio público mostrou-se muito estático e quase pouco receptivo à banda, mesmo que estivesse quase todo para os ver... Houveram alguns problemas a nível de som, inicialmente, em que a voz estava muito baixa, mas nada de problemático. Foi, aliás, imediatamente resolvido. O grande problema do concerto foi a bateria (por muito surpreendente que isto possa parecer, mas todos temos dias menos bons), que protagonizou bastantes enganos, quebrando o ritmo normal das músicas e, inevitavelmente, afectando a própria performance dos restantes membros, mesmo a nível de atitude. Ainda assim, as primeiras músicas ("Cronófago" e "Dá-me a tua melhor faca") foram bastante intensas e bem tocadas.

The Guys From The Caravan é que, apesar das condições mais agrestes (tocarem depois dos cabeças de cartaz), não me deixaram mal. Disse, num post anterior, que eles tinham concertos à altura das melhores bandas portuguesas e isso foi provado na sexta-feira. Há que ter em conta, claro, que o tipo de música que tocam é muito sui generis e, portanto, a própria energia que a banda assume torna-se bastante peculiar, mas a sua música, tão livre e solta, é extremamente contagiante ao vivo - muito mais que numa audição normal - e cria um ambiente divertido e descontraído. E para que mais serve a música, não é? Eu fico com vontade de perceber se há mais formas de gostar de música, depois de um concerto como o dos The Guys From The Caravan. Destaco as músicas "Worms", "Daniel Jonhston", "Put The Perfume One" e a própria "The Guys From The Caravan" (com que encerram a actuação, apresentando a banda durante uma pausa quase constrangedora, retomando, logo de seguida a música), que ao vivo são uma autêntica festa, sendo muito divertidas, dançáveis e enérgicas.
Estou realmente entusiasmado com estes senhores de origens menos certas, e aguardo mais concertos deles - mais ainda do que um álbum, ou um EP - para me divertir ainda mais. Fico também curioso, porque descobri que estão a participar nas Garage Sessions da TMN; espero, sinceramente, que ganhem.

Publicarei as fotos do concerto noutro post. Digamos que no computador onde estou não tenho acesso a elas.

domingo, junho 10, 2007

cá vou...

Parto hoje para Lisboa, para ver The (International) Noise Conspiracy...

Depois dou-vos a cobertura deste e do concerto de Linda Martini no Ar de Rato, com The Guys From The Caravan.

CAPITALISM STOLE MY VIRGINITY!

terça-feira, junho 05, 2007

Our Love to Admire

Os nova iorquinos, de concerto marcado em Portugal para o SBSR, no dia 5, já andam com uma nova música no Myspace: “The Heinrich Manouver” não fica nada atrás dos anteriores singles de Interpol, aliás, se há algo a destacar na banda é a coesão dos seus álbuns, sempre muito equilibrados e muito, mas muito bons – realça-se Turn On The Bright Lights, que é uma obra-prima, mas que não se sobrepõe ao sucessor, Antics; Turn On The Bright Lights é um álbum que possui o poder da novidade.
Ao que parece, a mudança para uma editora major não influenciou a qualidade dos Interpol, que, com este “The Heinrich Manouver”, só nos deixam com água na boca para um terceiro trabalho, que tem todas as características (ainda que platónicas) para ser muito bom e satisfazer os hábitos e exigências auditivas dos fãs.

Our Love to Admire será “lançado às feras” no dia 9 de Julho deste ano.

segunda-feira, junho 04, 2007

The Guys From The Caravan

No espaço de uma semana, esta banda cujas origens não são muito certas (diz-se Lisboa, diz-se Coimbra...), vai parar a caravana duas vezes na cidade universitária. Foi um primeiro showcase na Fnac do fórum, no dia 1 de Junho, no qual eu estive presente, e será outro no dia 8, no Ar de Rato, a abrir para Linda Martini.
The Guys From The Caravan, com uma imagem muito peculiar, tem uma sonoridade muito característica - ainda que não original, é uma forma inovadora de ver a música, assumindo influências diversas e distintas, que pouca gente teria a ideia de juntar - e uma presença em palco mais energica do que seria de esperar. Mostraram, no seu showcase, que já tocam há mais do que 6 meses juntos (que é o tempo correspondente à existência do projecto, segundo disseram) e que têm uma química, enquanto banda, que já demonstra alguns anos de concertos, ensaios e de vários projectos: transparecem experiência.
Fico, assim, bastante curioso para um concerto maior, numa sala mais propícia a concertos, como é o Ar de Rato. Como já referi anteriormente, os Linda Martini têm um concerto muito bom, e atrevo-me a dizer, mesmo, que será um dos melhores na cena portuguesa actual (comparável a Men Eater, que dão concertos tão intensos), mas também me sinto à vontade para prever, depois de ter assistido a uma pequena amostra do que os rapazes da caravana são capazes, que eles não vão ficar nada atrás dos meninos bonitos do Rock de Queluz.

Fica o endereço de Myspace deles, para se deliciarem com as sonoridades soltas e viajadas que oferecem. Se são de Coimbra, não hesitem em aparecer, no dia 8, no Ar de Rato.

domingo, junho 03, 2007

Fanatismos ou vontades moribundas?

Nas últimas duas semanas, a notícia de que The Mars Volta entraram em estúdio para gravar um EP, a ausência de datas para Agosto e a vontade de ver estes senhores do Progressivo actual novamente em no nosso jardinzinho, esquecido há uns 4 anos por eles, levou uma pequena legião de fãs a expressar a sua vontade de os ver no festival Paredes de Coura, no Fórum Oficial do evento. Eu próprio me encontro presente entre eles, numa desmesurada tentativa de ver TMV em Portugal.

O problema destes fóruns está directamente ligado à sua vantagem: a opinião é necessária. Com isto não quero dizer que a minha opinião é mais válida que a dos outros, mas, se visitarem o fórum, vão perceber que pedir My Chemical Romance num festival que se tem destacado pela capacidade de receber bandas mais Indie e mais alternativas acaba por ser bastante parvo ou mesmo pouco lógico. Esta situação entre outras, como o pedido da presença dos Europe no festival, não se mostram propícias ao ambiente do festival. Claro que a existência de liberdade de opinião é uma mais-valia, mas é o problema destes fóruns é que não permite o esclarecimento de posições e das próprias opiniões, pelo que esta torrente perde um pouco a legitimidade – daí eu afirmar que não passa de uma tentativa desmesurada de tentar ver TMV.

Mas a situação adquiriu um carácter engraçado, que já conduz um movimento de fanatismo: há promessas de idas desde Coimbra até Espanha de bicicleta, para depois se regressar a Paredes de Coura, caso The Mars Volta parem por lá. Vamos ver se tal acontece.
Fica a promessa de uma cobertura live e em directo do acontecimento, caso se concretize.


Para festejar e, quem sabe, para incentivar quem ler este texto a também desesperar connosco, deixo um pequeno clip para deliciar.


Roulette Dares (The Haunt Of) - Live [e ainda com o grande baterista John Theodore]

Liberdade para Mumia!

E mais uma audiência, começada no dia 17 de Maio, pelo caso Mumia Abu-Jamal, tantas vezes abordado pelos mais conscientes letristas - de entre os quais vou realçar Zack de la Rocha, dos Rage Against The Machine - e pelas bandas mais interventivas, levanta novo alvoroço. É um recurso que pode decidir a vida deste importante revolucionário, injustamente incriminado por um assassinato de um polícia, que (realço) não cometeu - e há provas concretas deste facto - e que dita o quão livre é realmente o país das opurtunidades, que cala quem se levanta para apoiar a igualdade e a verdadeira liberdade.

Na versão do Live & Rare desta música, Zack de la Rocha clama de forma clara e furiosa "Freedom for Mumia!", entoando a voz de imensas gerações que acompanham esta barbaridade há mais de 25 anos. É uma música que fala, precisamente, da forma como é manipulada a liberdade nas presentes democracias neo-liberais, em que a existência de presos políticos é mordazmente admitida e fomentada - tendo em conta que como Mumia Abu-Jamal há mais; relembro Leonard Peltier, também apoiado pela música dos conscientes.


Freedom - Rage Against The Machine