sábado, janeiro 31, 2009

Entrevista a Nadja


No sítio do costume.

Experiência A Storm of Light: primeiro registo

Neurosis? O Josh Graham lá se dá com eles, por isso estas vozes, esta forma de tornar a música pesada pode muito bem soar a Neurosis. Faz sentido, apesar de tudo. Mas não é o Steve Von Till que nos hipnotiza com a sua voz moribunda e cavernosa. Esta voz não é hipnotizante. É desconfortável, ainda que não tão esmagadora como a de Scott Kelly. Então... o quê?

Percebem o problema? Sim, é impossível descrever decentemente A Storm of Light em comparação a Neurosis. É peso, sim. Mas tem uma qualquer identidade que se impõe não através das guitarras arrastadas e de melodias dissonantes, antes por baixos carregados de distorção e pequenas montanhas de guitarras que se recortam em contornos calmamente e lhe assistem - ou vice versa, ainda que no caso do baixo a assistir as guitarras se imagine uma nuvem negra, daquelas carregadas de coisas. Parece simples e linear, mas é mais denso do que se imagina à primeira audição; engana o facto de a banda entrar relativamente bem para quem gosta deste género, pois disfarça a sua capacidade de absorção. Ou pelo menos é nisso que me induz And We Wept The Black Ocean Within.

Apenas há uma conclusão a tirar: esta banda ao vivo só pode ser demolidora. Acho que depois de os ver vou sentir o que apenas senti depois do concerto de Cult of Luna: dores no corpo todo, como se tivesse apanhado a maior carga de porrada.

Coimbra in the house!!!

Não sei qual seria a expressão equivalente para o pessoal do Metal, por isso vai mesmo assim. E vai assim porquê? Quem vos mostro aqui, não me é novidade. Ou melhor, é e não é. Já tinha ouvido coisas deles há uns meses, mas estava ainda numa fase de pré-alguma coisa, pelo que não voltei a ouvir - é o chamado desleixo.

E desleixo porquê? Bom, deixemo-nos de rodeios: os Antichthon são Metal e são, acima de tudo, muito jovens. Ah! E também são de Coimbra - boa, hein? Gosto de acreditar que são prometedores. A música deles, dentro da cena Death/Black com uns cheirinhos de Gótico, está em muito boa forma. Esperemos que fique melhor. Ouçam, que não perdem nada - se gostarem do género, vão ficar agradavelmente surpreendidos.

O correio dos mergulhadores 1#

O primeiro número desta rubrica surge a pedido de muitas famílias (ou apenas de uma pessoa), que tanto insistiram. E têm a sua razão.

Ora, ao que parece, os Europe (sim, os senhores da "Final Countdown" que agora parecem não gostar de o ter feito) estão a preparar um novo álbum e fizeram um BLOGUE sobre o assunto. Começaram a escrever a 8 de Dezembro, quando entraram em estúdio, e decidiram levá-lo adiante, o que é sempre interessante. Passariam a merecer respeito se disponibilizassem o álbum para download. Isso é que era de homem!

Por ora é tudo.

Actualização: Os rapazes vêm cá, à concentração de Motards de Faro, que vai decorrer entre 16 e 19 de Junho.

quinta-feira, janeiro 29, 2009

Through My Dog's Eyes

Sim, o novo álbum dos Ephel Duath já anda por aí. E ainda bem. Pelo que estou a ouvir, estes rapazes do Progressivo da pesada estão em óptima forma, apesar da troca de vocalista e de ponderarem alimentar-se de jogos de Poker. É melhor do que parece, garanto-vos.


Curiosidades à parte, está imprevisível, pesado - mas não demais - e soa a Ephel Duath. Quem conhece a banda não vai estranhar, mas vai gostar. Ou pelo menos isso dá-se comigo. Verdade é que o som destes italianos parece estar a apurar-se de álbum para álbum, a ficar mais definido e mais desenvolto das suas limitações.
No entanto, isto é apenas o resultado da minha primeira audição. Para primeiras impressões, eles não se ficaram nada mal, hein?

O correio dos mergulhadores:

Ao ver o nosso e-mail, percebi que há quem nos contacte por lá - e nós não o verificávamos assim tão frequentemente. Assim sendo, achei por bem dar voz a algumas mensagens que nos cheguem por essa via.

Naturalmente que isso implica que quem dá a dita cuja voz, ou seja, não apenas eu, mas também os outros marmanjos que aqui escreve, se identifique com o conteúdo da mensagem em questão. Até ver, mantenho-me no silêncio com uma sentida promessa de "vou passar a visitar o nosso e-mail frequentemente" e acrescentando que só hoje já lá entrei três vezes.

Não se sintam inibidos, que nós também não.

Metric de volta

A banda canadiana anunciou que o seu próximo álbum, intitulado Fantasies, irá ser lançado dia 14 de Abril. Recordo que este é o 4º trabalho da banda, seguindo-se a Live It Out, editado em 2005. Fiquem com este cheirinho que é Help I'm Alive.


domingo, janeiro 25, 2009

Dub Trio

Ao reler a listinha que fiz há uns dias apercebi-me que me escapou um album que depois constatei nunca ter falado aqui. Pois vou falar hoje.

O album chama-se Another Sound is Dying dos Dub Trio. Uma interessante mistura de Rock e Metal com o menos óbvio Dub. Merece a insuspeita participação de Mike Patton, na nona faixa intitulada de No Flag. É um daqueles albuns que me chamou a atenção, não só pelo melting pot que é, mas também por ser um trabalho com sensações muito visuais. Cru, poderoso, mas também capaz de paisagens sonoras ao sabor do delay e do loop.

Vai fazer um ano, merece um visita.

sábado, janeiro 24, 2009

Música com sons irritantes

Há uma banda que é campeã nisso e ainda consegue reunir uma fiel legião de fãs: Animal Collective. A mim não me aquece nem arrefece. Olho para eles como olho para a Pop Art (e esta, hein? Intelecto-crítico-pseudo-musicalis com pintura e pincelada?) - como um hype, etc e tal. Sei que estou a ser vago, mas para não o ser teria de perder uma enormidade de tempo, de que não disponho nestes instantes - talvez no futuro.

A questão é que há muitas bandas peritas nestas andanças, de fazer música com sons irritantes. Normalmente, são Indie. Excepcionalmente, são NintendoCore. Nintendo + Hard-Core. Um excelente exemplo disso, para mim, são os HORSE the Band com a sua fantabolástica e impressionante "Birdo". Ora vejam:


Não sei o quão pioneiros são eles no género. Sei que usar sintetizadores, e mesmo consolas, para fazer sons irritantes é moda velha.

sexta-feira, janeiro 23, 2009

Destaques de 2008

Os álbuns, que por qualquer razão gostei mais do que outros. Vale o que vale, mas não se safam disto!

Mão Morta - Maldoror
Silver Mt. Zion - 13 Blues for Thirteen Moons
Nine Inch Nails - Ghots I-IV
Cult of Luna - Eternal Kingdom
The Mars Volta - The Bedlam in Goliath
John Zorn - The Dreamers
If Lucy Fell - Zebra Dance
Pyramids - Pyramids
Zechs Marquise - Our Delicate Sound of Thunder
Buraka Som Sistema - Black Diamond
Gala Drop - Gala Drop
Zach Hill - Astrological Straits
B.B. King - One Kind Favor
Deerhunter - Microcastle
Dead Combo - Lusitania Playboys
Dub Trio - Another Sound is Dying

E é isto.

The Killers em Portugal

Actuação marcada para o Festival Super Bock Super Rock, no dia 18 de Estádio do Restelo, Lisboa.

Nheee...

quinta-feira, janeiro 22, 2009

Amplifficasom e companhia - sempre eles

É verdade. São sempre eles. Ainda bem, porque assim já há um ambiente familiar em torno destas coisas.

A última é o interessante "No blog com...", que consiste em ter um convidado a responder a pequenas perguntas pessoais... sobre música! Ou não fosse o blogue destes bons tripeiros sobre música.

Ora, os primeiros convidados são Josh Graham (A Storm of Light, ex-Red Sparowes) e Daniel O'Sullivan (Guapo, Sunn o))) ao vivo). Bons convidados. Aguardamos mais e igualmente bons.

Agora, tempo de rumor: se os A Storm of Light vêm até cá via Amplificasom, será que os Guapo, do Daniel, também cá vêm? - desmintam-me, gentes do Porto.

Svarte Greiner e o seu Kappe

Já por aí circula, o bicho. É bom, à boa moda de Svarte Greiner e das suas fritarias à la Deaf Center; Doom Ambiental do melhor. Oficialmente, será editado pela Type Recordings no dia 16 do próximo mês.

Para quem não conhece, digamos que este projecto pega no conceito ambiental e leva-o a um extremo tal que o torna desambiental e desconfortável de tão psicadélico e negro. É bom: negro é a nova luz na música!

Ficaram curiosos? Então visitem o Myspace do rapaz (uma só pessoa para dar cabo de muita mioleira, é verdade) e experimentem as sensações estranhas que a música dele pode proporcionar.

Apenas mais um grande álbum, este ano.

Como se chama o novo álbum dos Yeah Yeah Yeahs?

It's Blitz! Informação dada por um guaxinim, quando inquirido por pintainhos numa taça de pipocas. O que dizer mais? Ah. Sai por alturas da Primavera. Vamos a apostas: quanto tempo dão até a revista Blitz se vangloriar deste facto?

quarta-feira, janeiro 21, 2009

Enablers


Bem, antes de mais, as minhas sinceras desculpas pela minha prolongada ausência. Sei que tal facto terá agradado a muita gente mas pronto, cá estou. A postagem não é longa. Serve apenas de chamada de atenção para um projecto que acabo de descobrir através de um destaque de capa do próximo número da magnífica Rock-a-Rolla.

O myspace é elucidativo da qualidade do projecto. Voz melancólica, por vezes a fazer lembrar um misto de Nick Cave e Adolfo Luxúria Canibal, numa interessante conjugação da spoken word com o post-rock.

Por agora fico por aqui. Ouçam o myspace. Vão ver que vale a pena.

terça-feira, janeiro 20, 2009

Goddo Supiido Yuu! Burakku Emparaa

Que é como quem diz, Godspeed You! Black Emperor, ou mesmo "Boa viagem, ó tu! Imperador Preto". Antes de ser o nome da grande, enorme, fantástica e tudo o mais banda, era o título original de um documentário filmado nos anos 70 pelo realizador Mitsuo Yanagimachi que acompanhava um grupo motard nipónico, os Black Emperors.

E sabem que mais? Entrei no Youtube e aparece isto nas sugestões para a minha pessoa (sim, para mim):


Não é que eles sabem mesmo o que eu queria ver?! Será que devo ficar assustadíssimo? Bem, pelo menos deu link para AQUI (sim, é o documentário completo, seus rebarbados!)

Não digam que vêm daqui.

segunda-feira, janeiro 19, 2009

Regresso de Placebo



É vero. O ex-trio britânico regressa em Junho com um novo álbum. E se este for tão bom quanto o Meds é, estaremos uma vez mais muito bem servidos. Será a estreia do novo Steve da banda, o Forrest, que irá desempenhar o cargo de baterista, visto que o outro Steve, o Hewitt, abandonou o projecto durante o ano passado.

Com o álbum novo vêm sempre concertos (e ainda bem!, o único concerto que vi deles foi contagiante e cheio de energia). Para começar, Molko e companhia agendaram datas para festivais de verão nos habituais países da Europa central - esses que têm a mania.

Estas boas notícias foram, em parte, veículadas pela Blitz online, e algumas das outras acrescentadas por mim, principalmente os comentários.

Animal Collective - Merriweather Post Pavillion

Gerou-se um burburinho generalizado pela Internet acerca deste álbum já desde finais de 2008. Já antes do seu lançamento, muitos já o antecipavam como um dos melhores, senão o melhor disco de 2009. Previsões confirmadas após o lançamento do mesmo.
Mas analisemos bem o álbum: mais melódicos e electrónicos que o habitual, os Animal Collective saíram-se mesmo muito bem e chegaram a expressar o seu orgulho neste trabalho, dizendo que foi o melhor que conseguiram até à data. Estão mais acessíveis, mas não necessariamente mais comerciais. Piscando o olho à pop, fizeram aquilo a que eu gosto de chamar um disco bonito.
Mas não vamos entrar em exageros. Dizer nesta altura do campeonato que é o melhor disco do ano? Eu acho que se devia oferecer um calendário com os 12 meses do ano aos senhores da Pitchfork. É de facto um disco excelente, e certamente figurará nos melhores de 2009, mas não nos precipitemos e esperemos por Dezembro para elegermos o pódio deste ano. Entretanto, fiquem com uma versão ao vivo da saborosa Brother Sport.

Música fenomenal? É, sim.

Movido por uma enorme curiosidade, provocada pelos concertos em devir da Amplificasom, dei por mim a vasculhar o Two Hunters dos Wolves in the Throne Room. Ouvi-o, e na primeira repetição encalhei numa música: 'Behold the Vastness and Sorrow', a segunda do álbum.

Tenho a dizer que é fantástica. Eu não sou fã de Black Metal, até porque normalmente não percebo o que é que se toca (salvas raras excepções, bandas pouco dark que gostam, efectivamente, de produzir o que gravam e de gravar com qualidade - bonecos, portanto), mas tenho de tirar o chapéu perante este furacão de sensações: esta música é daquelas que nos leva enquanto rebenta com tudo em volta, sabem?; daquelas que só se imaginam através dos mais apocalípticos cenários de sei lá o quê que nos leva aos extremos. É um turbilhão de melodias, sempre a rebentar, mas melancólicas. Muito bom, mesmo. Negro, muito muito negro. Ouçam, que é uma mais valia, mesmo que se ponham com aqueles argumentos do "não gosto de berros". Não se tropeça em música assim com muita facilidade.

Agora, se me permitem, vou só ali queimar uma capela.

sexta-feira, janeiro 16, 2009

Mitos e Música

Com algumas conversas apercebi-me de que as há mitos que condicionam os gostos e opiniões das pessoas em relação à música. Não é nada fantástico - afinal não se trata de uma letra dos DragonForce, em que um unicórnio luta contra um dragão num cenário de vulcões no meio do polo norte -, bem pelo contrário, são noções simples e quase ridículas daquilo que é a música.

Vejamos aqueles de que me lembro ou que decido considerar mitos:
1. "Os Keane são bons porque são três." Isto é o que se chama de absurdidade absurda. Considero a banda foleira, sem sal e sem pinga de originalidade; respeito gostos, podem gostar de Keane que a mim não me chateia. Agora, se me quiserem demonstrar a sua qualidade não argumentei que a sua qualidade se prende com o facto de serem três rapazes a fazerem música, que isso não convence ninguém - ou pelo menos nunca me convenceu a mim. Há mesmo quem diga que são "tão poucos e fazem tanto barulho." Então os Lobster são a melhor banda do mundo e encerra-se a questão.

2. "Se uma banda dura, é porque é boa." Ora, Scorpions, Europe, Guns 'n' Roses, Xutos e Pontapés... são o cúmulo do anacronismo! Nenhuma destas bandas pode ser boa comparada com o que se faz agora: estão fora de tempo. Ou podemos pôr esta questão em termos que levem quase toda a gente, e certamente todos os humoristas, a dar-me razão: os Delfins fizeram 25 anos.

3. "É genial porque morreu." Eu respeito o Carlos Paião, por exemplo, e consigo achar alguma piada às músicas dele - mas longe de mim elevá-lo ao estatuto de génio. Falo nele porque, agora com esta nova compilação, anda por aí na moda ouvir e curtir a cena dele (e confesso sem problemas que com um tratamento actualizado, as músicas dele ficaram com um aspecto mais aprumado e interessante, quase de apetecer levar a passaer pelo leitor de mp3). A verdade é que se ele ainda estivesse vivo, como está o José Cid que até fez um álbum incrível e de culto, seria tão desprezado como é o nosso "rainha do Rock". E por isso é que eu tenho medo dê um treco à Amy Winehouse, não vão as pessoas dizer que "ela era genial e inspirava-se na sua vida madrasta." Isto de fazer música não só é andar na coca e cantar bem. E certamente que não é preciso morrer para se ser genial.

4. "Porquê que não canta em português? Em português é melhor." Ou não. Depende de muita coisa. Mas vou pôr as coisas nestes termos: música é uma linguagem universal e tem valor próprio. As vozes são mais um instrumento, que pode ser muito importante, ou ser puramente secundário (ouço muitas bandas que não entendo patavina do que eles dizem, confesso que não me chateia minimamente). Dá-se demasiada importância à voz, se calhar por ser o instrumento que nasce connosco e com o qual estamos mais familiarizados, no entanto, é mais um entre outros belos e perfeitos tantos. Mas, uma vez mais, depende de muita coisa.

Há mais mitos, certamente. Alistei, anotei e postei estes por duas razões: antes que me esqueça (acreditem que é mais do que provável provável); assim vou fazendo um arquivo deles. Depois, um dia, escrevo um livro do género "os 100 mitos da música popular: parvoices minhas e dos outros." Esperemos que ninguém aceite tal negócio.
Ajudas são bem-vindas, claro.

terça-feira, janeiro 13, 2009

Coisas que, felizmente, não se entendem

Eu sei, apenas, que os Cinematic Orchestra mudaram, foram para outros caminhos - felizmente, também, não se esqueceram do que faziam antes e ainda recorrem a isso. Mas, que se há-de fazer, eu gosto destas novas coisas. O álbum de 2007 estava uma delícia. Igualmente bom parece estar este:


Mesmo que seja para fazer a banda sonora de um documentário da Disney, a coisa está com bom aspecto sonoro.

Löbo colocam nova música online

É pesada, é lenta - e eu gosto, não sei se isso serve de referência, mas eu digo-o na mesma.

Palavras para quê? Vejam por vocês mesmos AQUI. E, uma vez lá, ouçam.

No blogue do Myspace anunciaram o mais recente elemento do grupo, Renato Sousa (guitarrista e compositor da banda de Metal Progressivo Monogono), que se ocupará do baixo e das programações, e o alinhamento do EP de estreia, sendo que a música que colocaram online ("Aqui em baixo a alma mede-se com mãos cheias de pedras" é o seu título) está integrada neste primeiro registo. Eis, então, a lista das músicas que fazem parte do EP Alma:

1 - Aqui em baixo a alma mede-se com mãos cheias de pedras
2 - Carne e sombra
3 - Matei os meus mestres - Silenciei os meus ídolos
4 - Por fim só. Livre

Recorde-se que em Fevereiro estes rapazes de Setúbal vão dar um pequeno passeio pelo Norte do país, para fazer a primeira parte de um concerto de Catacombe em Vale de Cambra e para fazer a primeira parte do concerto de Wolves in the Throne Room no Porto, concerto agendado pela Amplificasom.

sábado, janeiro 10, 2009

Coisas para rir que às vezes encontramos na Blitz

Acho que não convém dizer nada.



De nada.

quinta-feira, janeiro 08, 2009

Tomem lá, editoras e chouriços!!!!

Trent Reznor protagoniza outro destruidor golpe contra a velha e acabada indústria musical. Vejamos, todos souberam que ele queria editar um DVD da última tour que fez, onde figuravam músicas dos mais recentes Ghosts e The Slip. Mas uma editora torceu-lhe o nariz e o senhor não gostou.

Como contornar isto?

Disponibilizando, assim como quem não quer a coisa, torrents com cerca de 400 GB (!!!!!!!!!!!!) de filmagens em HD (!!!!) desses concertos para os fãs fazerem a edição como quiserem.

Parece mentira? Então, vejam por vocês mesmos no nin.com, que vos há-de reencaminhar para este LINK e para este OUTRO E FENOMENAL LINK, onde se podem encontrar os ditos torrents - façam favor e agradeçam ao Reznor.

A editora fez fita porque os Nine Inch Nails são independentes, mas algo me diz que isso não é um problema, porque, pelo ambiente que paira, assim vão continuar; independentes e a fazer o que lhes apetecer com a sua música.

E três vivas para a liberdade, raisparta! \oo/

Carboniferous


Apesar de ainda faltar mais de um mês para a sua edição via Ipecac (será a estreia dos italianos na editora de Patton), o álbum já circula. Aproveitem, que esta é daquelas bandas que vale a pena. Tem "André's Digest".

Led Zeppelin com um senhora em vez de Plant?

Sim, mas pelo menos não será o vocalista dos Creed. Safa!

quarta-feira, janeiro 07, 2009

Pureza Musical

Um pequeno artigo sobre o Guitar Hero publicado na edição online da Mojo Magazine:

"The new generation of music games are sounding a widdly-widdly death knell for rock’n’roll, argues MOJO’s Mick Farren.

SATURATION YULETIDE ADVERTISING has finally convinced me that virtual music games like Guitar Hero and Rock Band, in which participants attempt to “play” classic metal solos by following flashing light sequences on guitar-shaped plastic peripherals, pose an even greater threat to the future of rock’n’roll than Simon Cowell.

For confirmation that these games are an unpleasant victory for short-attention commercial exploitation, we need look no further than a South Park episode titled Guitar Queer-o, in which Stan and Kyle become Guitar Hero heroes, and, when Stan’s dad attempts to teach the fourth graders to actually play a real guitar, Cartman scathingly responds that “real guitars are for old people”.

What’s being exploited here is as old as rock’n’roll itself. Few of us have not, at some time in our lives, or perhaps as recently as this morning, played clandestine air guitar or posed in front of a mirror pretending to be Elvis, Jimi, Joe Strummer, or even Joe Satriani. But the global electronic game corporations who have co-opted this youthful narcissism into a competitive game of manual dexterity, with plastic reproductions of Gibsons and Fenders, are having a negative impact on music’s future. OK, so we tolerated Tom Cruise dancing around in his underwear to Bob Seger in Risky Business, but enough is, culturally speaking, enough.

Guitar Hero and Rock Band broaden the perceived gulf between performer and audience by pandering to the most juvenile extremes of rock’n’roll idol worship. Worse than that, they betray the great populist promise of rock’n’roll – which has held good from the days of The Shadows – that any garage band with a set of cheap instruments and perfunctory chops can achieve icon status if it gets the breaks and is sufficiently relentless.

Equally unpleasant is the unseemly rush by many of our current guitar “heroes” to lease their music for inclusion. Among the shameless are Aerosmith, Metallica, Motorhead, AC/DC and the Sex Pistols, while The Beatles and the Jimi Hendrix estate are reportedly ready to deal. Whether or not this is more heinous than flogging one’s songs for TV commercials is open to debate, but the basic absurdity is underscored by the song Thunderhorse by DethKlok – the fictional death metal band from the US TV cartoon show Metalocalypse – being incorporated in Guitar Hero II.
At a time when musical education in schools has become a cause célèbre, the promotion of video games that offer nothing more than a closed loop of virtual experience, devoid of creativity, does nothing to help. A spokesman for the game makers has claimed that they teach “sensitivity to rhythm, as well as develop the dexterity and independent hand usage necessary to play the instrument”, but this seems disingenuous when the games do nothing to impart the real fundamentals of music.

And just to add injury to insult, an outfit called Mad Catz in San Diego, California will retrofit a perfectly good Fender Telecaster, replacing strings, pickups and fretboard with the input controls for Rock Band.

Is nothing sacred?"


Claro que este texto do blogger Mick Farren parece-me bastante exagerado. Vejamos, nunca foi objectivo de ninguém substituir as verdadeiras guitarras por comandos com formas guitarrescas para destronar o Rock do seu lugar cultural. O objetivo de jogos como Guitar Hero e Rock Band continua a ser entreter, pura e simplesmente.
Mas algo me pode estar a escapar. Vejamos, será que a música se resume a tocar coisas dos outros, a seguir os passos ícones Pop com que nos identificamos e possuir certos símbolos de grandiosidade, como uma guitarra Fender ou Gybson? Eu ainda sou daqueles (ou se calhar já sou desses) que considera realmente prazeiroso na música o processo criativo, de fazer algo novo, o privilégio de descobrir algo que soe diferente, de ver expectativas correspondidas... Há um mundo para além da Pop, e é um mundo bonito, com grandes campos cheios de flores bem cheirosas e borboletas esvoaçantes. Qual será a reluntância em encará-lo?
Sem falar, claro, que o Guitar Hero leva boa música a pessoas que nem tinham interesse em procurá-la (assim de repente lembro-me que Black Rebel Motorcycle Club, Interpol e Tool aparecem na última edição do jogo).

Tenhamos calma; não é como se cada Guitar Hero ou Rock Band consumidos contribuam para que se comprem menos instrumentos musicais.

segunda-feira, janeiro 05, 2009

Bruxo

Um senhor dos Vampire Weekend disse isto em Março do ano passado: "A nossa música não parece a música de uma tribo africana". Eu acrescento que de Africano tem mesmo quase nada - talvez as escalas, que são pentatónicas como quase toda a música Pop, e talvez algum som solto.

Foi o contributo positivo da Blitz. É o que se chama começar o ano com o pé direito.

Impressionante, no mínimo

Os Nine Inch Nails sempre tiveram um espectáculo com uma produção absurda e fenomenal, daquelas que envergonha a Madonna (não me venham com tretas, que o Reznor está sempre a inventar, inovar e a arrepiar qualquer gajo com as suas mariquices e a "diva" limita-se a torrar rios de dinheiro em coisas megalómanas). Só que agora, Trent Reznor ainda foi mais longe. Andava eu AQUI a debater umas coisas com a Raquel - depois de alguns incidentes -, e ela deixa-me um vídeo que, eventualmente, me deu ligação a este:


Repararam na classe com que a música começou? Com o senhor que acredito ser o Josh Freeze a clicar em quadradinhos específicos para aquilo dar o sonzinho que ele quer ao tempo que ele quer? Repararam? Se não, vejam novamente.

Para contextualizar, eis o vídeo que explica tudo (e que eu tenho de agradecer à Raquel pelo link).

Trent Reznor, quem não te conhece que te compre, que leva uma bela peça para casa...

sexta-feira, janeiro 02, 2009

O Guia de lançamentos da Pitchfork

Cá está ele, neste LINK. A lista é enorme, por isso não a coloco aqui.

É sempre bom ver uma lista que nos dá a maravilhosa notícia de um novo álbum dos Jackie-O Motherfucker e outro dos Mastodon.

Uma verdadeira e acumulada perda de tempo

Há mesmo gente que perde tempo com nada. Um desses estúpidos fui eu, que me dei ao trabalho de ver o absurdo da seguinte notícia e de lê-la. Para não me sentir sozinho, deixo o texto praticamente na íntegra aqui, para o caso de alguém querer perder estúpida e ridiculamente o tempo que tem, assim como eu o fiz.

"A expressão matemática que Mariah Carey utilizou para o seu último disco, "E=MC2" tem causado polémica junto de alguns especialistas e, de acordo como estes, a equação está errada.

O matemático David Leslie afirma que a interpretação que a cantora quis dar colocando «emancipação ["emancipation"] igual a Mariah Carey vezes dois» não está certa. Isto porque, segundo o matemático, «a forma como o dois está colocado na equação simboliza que é o C que está elevado ao quadrado e não o MC a ser multiplicado por dois».

«A leitura correcta da equação é E=MCC», explica, continuando «por isso talvez a re-interpretação de Mariah [Carey] devesse ter sido «emancipação igual a Mariah Carey Carey»."

Não só eu perdi tempo com uma notícia cujo título é "Mariah Carey 'chumba' a matemática" simplesmente pela absurdidade da questão e, precisamente, por ela não interessar ao menino Jesus - e não por esperar ver uma qualquer fotografia da menina, diga-se (afinal, tratando-se do Cotonete, eu não esperava tal coisa) -, como ainda perdi tempo a fazer um texto sobre ela e sobre o facto de ela ser perfeitamente dispensável. Para agravar a situação, ainda faço com que alguns de vocês leiam o texto...

Pelo menos não fui eu quem a escreveu. Isso, sim, seria má sorte.

quinta-feira, janeiro 01, 2009

As primeiras listas do ano (e, provavelmente, as minhas últimas)

Agora que 2008 acabou, faço eu a minha retrospectiva sobre a assunto e chuto para aqui as minhas listas, sem qualquer ordem ou grande ponderação. Vou fazê-las de cabeça, por isso se quiserem desmontar a sua forma ou conteúdo, sintam-se à-vontade. Pode ser que eu me lembre de algo mais para acrescentar.

Álbuns que me encheram as medidas:
Guapo - Elixirs
Intronaut - Prehistoricisms
Silver Mt. Zion - 13 Blues for Thirteen Moons
Nine Inch Nails - The Slip
Emiliana Torrini - Me and Armini
Cult of Luna - Eternal Kingdom
Grails - Doomsdayer's Holiday
Akimbo - Jersey Shores
Evangelista - Hello, Voyager
Earth - The Bees Made Honey in The Lion's Skull
UFOmammut - Idolum
Riding Pânico - Lady Cobra
Mão Morta - Maldoror
Wovenhand - Ten Stones
Jackie-O Motherfucker - Freedomland
Van Der Graaf Generator - Trisector
Mouth of the Architect - Quietly

Concertos que me encheram as medidas:
Nadja + Catacombe @ Fábrica de Som, Porto - 5/12
The Mars Volta @ Razzmatazz, Barcelona - 1/03
Thievery Corporation @ Paredes de Coura - 3/08
Lydia Lunch @ Galeria Zé dos Bois, Lisboa, 15/02
The Mae Shi @ Paredes de Coura - 31/07
Caribou @ Paredes de Coura - 3/08
Silver Mt. Zion @ Galeria Zé dos Bois, Lisboa - 30/10
Damo Suzuki c/ Loosers @ Galeria Zé dos Bois, Lisboa - 1/11
Icos + Crushing Sun @ Fábrica de Som, Porto - 31/08
Colleen @ Teatro Académico Gil Vicente, Coimbra - 3/04
Riding Pânico @ Xuven, Coimbra - 4/04
Mão Morta, apresentando o Maldoror @ Teatro José Lúcio da Silva, Leiria - 13/03
Rage Against the Machine @ Alive! 08 - dia 10/07

Músicas que me encheram as medidas (e que não passa de uma desculpa para meter outras bandas que não referi nas listas de cima, e ainda para servir o propósito primeiro de mencionar músicas muito boas - na minha singela opinião):
"The Awkward Windwheel" - Kayo Dot
"A Grave is a Grim Horse" - Steve Von Till
"I Know You Know" - Esperanza Spalding
"Honey" - Erykah Badu
"Dânaca" - Löbo
"Batcat" - Mogwai
"Attack of the 40ft. Wave" - Zechs Marquise
"Jeroen Van Aken" - Gregor Samsa
"Sign-Expressions" - Nadja
"Wanga Doll" - Red Snapper
"What You Don't Know is a Frontier" - Asva
"Of The Lesser" - Ocean (e não the Ocean)

ReActualização: acrescentei dois álbum e uma música que se me escaparam de forma ignóbil.

Isto é classe:



Peter Gabriel mais os Hot Chip a darem uma revisão numa das músicas dos Vampire Weekend que goza com o ex-vocalista dos Genesis. Eu gosto muito mais desta versão, porque não está exageradamente alegre e tem, realmente, mais riqueza sonora do que a original; mas continuo a odiar a música, precisamente por não ser aquilo a que se propõe e continuar a ser tão fácil de ouvir que enjoa (não escondo que os Vampire Weekend são, provavelmente, o meu mais recente ódio de estimação).

Uma coisa é certa, o Peter Gabriel está de tal maneira a marimbar-se que goza com ele mesmo. Isto, meus amigos, é classe!