domingo, novembro 30, 2008

God is an Astronaut em Portugal


Os irlandeses God is an Astronaut devem parar por Portugal em 22 e 23 de Maio do próximo ano. As datas, a aguardar confirmação, já se encontram no myspace da banda onde, aliás, se podem ouvir algumas músicas do álbum homónimo, recentemente lançado.

O tropeção do semestre

Estava hoje a passear-me pela net, a pesquisar algumas coisas sobre Ephel Duath (não é que eles agora têm um vocalista novo que, curiosamente, é jogador de poker profissional) e tropecei nos The Ocean. Finalmente, diga-se. Andava há séculos a procurar coisas deles na net para ouvir e nunca tinha encontrado. Pura azelhice, diga-se. Mas facto é que nunca tinha ouvido nada deles.

Até hoje...

E, bolas, que coisa apocalítica e destrutiva. Fiquei devastadamente feliz por ter encontrado algo assim. É bom! Mesmo! Eu sei que sou um pouco entusiasta da música e que dou ar de que qualquer coisa me parece boa, mas este não é o caso, definitivamente. E, de qualquer forma, não sou assim tão entusiasta. A verdade é que há projectos muito bons por ái. The Ocean é, pelo muito pouco que ainda ouvi (o conteúdo do Myspace, basicamente), excelente.

Bem, é uma opinião à procura de consolidação. Se alguém tiver algo a dizer, é bem-vindo.

sábado, novembro 29, 2008

Entrevista a Black Bombaim



No Ponto Alternativo.

Karma to Burn

Não sou muito experimentado no Stoner Rock. Aliás, um grande defeito meu é não ser experimentado em nada, visto que tento conhecer de tudo... É um objectivo para o futuro, conhecer de tudo e ser experimentado, conhecedor. Mas não sendo eu experimentado no género, qualquer coisa me pode parecer boa. Vou, no entanto, acreditar no meu discernimento e chutar para a blogosfera um valente "Karma to Burn é bom como o cacete!"

Estes americanos de West Virginia ainda tiveram um álbum com voz - tenho de ceder e admitir que a capacidade vocal do senhor do microfone era ranhosa -, mas cedo perceberam que a cena deles é mesmo o Stoner instrumental. E aqui, incontornável, é uma banda de se tirar o chapéu e fazer uma grande vénia. Têm composições tão equilibradas, com riffs tão trabalhados e bem conseguidos, que arrepiam o mais resistente pelo de venta - até porque não se limitam ao Stoner.

Mas palavras para quê? Há dois exímios exemplares do seu trabalho no Myspace. Vejam o que os Karma to Burn conseguem fazer.

sexta-feira, novembro 28, 2008

Guapo e Grails

É impressão minha as bandas mais "progressivas" e especializadas em quebrar barreiras começam a mostrar um "soft-spot" pela música oriental? O Elixirs dos Guapo e algumas músicas do Doomsdayer's Holiday dos Grails demonstram essa queda.

A sorte deles é que os álbuns são bons na mesma.

(Mas o Five Suns é que me deixou de queixo caído, isso sim!)

quarta-feira, novembro 26, 2008

Banda do Casaco

Fez agora, em 2008, 20 anos que este projecto editou uma compilação que reúne os seus melhores temas (vista pelo prisma dos próprios mentores).

Por mero acaso tropecei nessa edição homónima deveras interessante, de dois volumes, nos "arquivos" lá de casa e, confesso, fiquei algo esmagado. Um grupo que surgiu em 1974, no pós-25 de Abril, e cujo espírito crítico não se tece através de letras directas a falar de revolução, mas antes a falar do país em que realmente vivem, da sua realidade social, não podia fazer mais sentido do que neste caso, tendo em conta a sonoridade que exploram.

É, aliás, esta que me arrepiou verdadeiramente. Estes optaram por explorar a música tipicamente portuguesa segundo padrões característicos da pop de então e, de forma assustadoramente visionária, através de formas que lembram o Post-Rock actual (há passagens das músicas que me lembraram Silver Mt. Zion, uma banda que não propriamente revivalista). Tocar música transmontana com um contra-baixo tocado com arco a dar corpo, enquanto que guitarras clássicas fazem a melodia e a percussão típica faz o seu papel, eleva a música para patamares que são somente audíveis.

A Banda do Casaco é um projecto fantástico, que reúne nomes que não deixam ninguém indiferente, como Celso Carvalho, Zé Nabo, António Pinho, Nuno Rodrigues e Jerry Marotta, apenas para citar alguns, que prova, à grande!, a qualidade de algumas coisas que se fazem no nosso cantinho, no rabo da Europa. Eu fiquei siderado.

terça-feira, novembro 25, 2008

Quem é a boa alminha que traz Hrsta a Portugal?

Ninguém? Eu não pesco nada de agricultura, nem tão pouco de agendamentos (ou qualquer que seja o termo técnico para "organizar concertos"), senão trazia cá o Mike Moya e amigos de certeza. Eles estão em tour pela Europa e acho que não diriam que não a uma proposta decente.

Recorde-se que Mike Moya não é só uma das mentes que criou os míticos Godspeed You! Black Emperor, como é também o mentor de Set Fire To Flames, destes Hrsta, e tem participações em projectos como Molasses e, se não me engano, Jackie-O Motherfucker. Não é um menino de coro, de certeza.

Pondere-se esta hipótese muito seriamente, faz favor!

segunda-feira, novembro 24, 2008

John Lennon transferido do Inferno para o Céu

A equipa do Éden contratou o antigo músico dos Beatles que actuava pelo Inferno, através de uma absolvição do Vaticano. A equipa técnica do Santa Sé perdoou John Lennon por blasfemar em 1966 com a mítica «Os Beatles são mais populares que Jesus Cristo», transferindo-a dessa forma do Limbo para o Paraíso. Segundo a Cotonete, «a 'absolvição' foi publicada num artigo do jornal L'Osservatore Romano, dedicado às comemorações dos 40 anos sobre a edição do histórico "The Beatles", mais conhecido por "White Album".»

Trocando esta óptima notícia por miúdos, não só o Vaticano tentou arrecadar fãs através da contratação de alguém que é mais popular que o seu deus, como ainda o fez para festejar a grandeza desse(s) Deus(es) da música que é (são) Lennon (e companhia).

domingo, novembro 23, 2008

Amplificasom apresenta


Amplificasom apresenta:

Nadja
Catacombe
Fábrica de Som, Porto
5 de Dezembro, Sexta
22h
6€

"Os Nadja são Aidan Baker e Leah Buckareff, duo da cidade de Toronto, Canadá. Nos últimos anos têm demonstrado uma vitalidade criativa impressionante. Aidan Baker tem ainda uma vasta discografia a solo, sendo um nome muitas vezes referido quando se fala do drone e música ambiental da actualidade. Em Nadja os riffs do Doom Metal são moldados até criarem uma tempestade que pode passar pelo Post-rock e terminar no Noise. O duo vai além das tonalidades graves dos Sunn 0))), acrescentando algo de novo a cada lançamento. São pesados, usam o feedback, reverb, vibrações graves, criam uma muralha sonora experimental e psicadélica. Os Nadja agarram o nosso subconsciente e deixam-nos a relaxar em longos instrumentais. Drones hipnóticos que tanto têm em comum com o andamento fúnebre dos Esoteric, como da luminosidade dos Jesu. A sua sonoridade titânica aproxima-os ainda de grupos como Growing, Earth ou Khanate.www.myspace.com/nadjaluv



Os Catacombe são o projecto de Pedro Sobast, um rapaz de Aveiro, que lançou recentemente o primeiro trabalho em forma de EP, fruto da maturação de ideias e influências que afloravam no seu universo musical, é a prova de que não são precisos os melhores meios para se atingir o fim desejado. Integralmente composto, tocado e produzido pelo próprio no seu "home studio", demonstra uma fluidez extraordinária, resultante da plácida manifestação de emoções transversal aos diferentes retalhos sonoros. Ele conhece os territórios em que se move, e a assunção de influências não é vergonhosa nem deslustra o resultado final, sente-se a expressão instrumental delicada de Isis, Explosions in the Sky, Katatonia, Cult of Luna ou Red Sparowes, num vocabulário familiar que transforma o som em imagem e estimula diferentes sentidos. Pedro rodeou-se de amigos e materializou os Catacombe num formato banda para se apresentar ao vivo pela primeira vez no próximo dia 5 de Dezembro na Fábrica de Som.www.myspace.com/catacombeband"

Que grande noite que foi...


quarta-feira, novembro 19, 2008

Fase complicada (parte 1)

Bem, tem sido complicado manter o estaminé como antes, sempre aprumadinho e bonito para os visitantes. Houve mesmo momentos em que até punhamos uma musiquinha a tocar para os convidados. Agora andamos todos meio ocupados, por isso eu venho declarar que até à próxima semana a coisa vai andar meio desarrumada.

Depois será a limpeza de natal! Vamos abrir as janelas, meter os tapetes a arejar e tudo vai cheirar bem.

(é só porque agora não tenho como me mexer).

Até para a semana e peço desculpa a todas as boas almas que perderam tempo a ver se nós davamos notícias.

quinta-feira, novembro 13, 2008

A notícia do mês:

MOGWAI EM PORTUGAL, CACETE!
Os escoceses vão actuar na Aula Magna, no dia 5 de Fevereiro em 2009!
Batcat, The Hawk Is Howling, Young Team, etc.

Resumindo: NOTÍCIA DO MÊS!

segunda-feira, novembro 10, 2008

Asian Dub Foundation em Portugal

Porreiro. É pena ser caro. Azar é o dos promotores.

Grails e o Artwork do novo álbum:

A Alarm Magazine colocou online uma pequena conversa com o guitarrista de Grails, Alex Hall, que é quem se ocupa da Artwork dos álbuns desta banda.

Eis um excerto:

«How did you go about creating the artwork for Doomsdayer’s Holiday?

All of the album art belongs to the found-collage realm. It’s an incredibly powerful medium to work in. I’m not an illustrator, so it allows us to visually express exactly what we want to, rather than relying on some party external to the process.

Was there a design philosophy behind the art?

If there’s a design philosophy, it’s probably just one of anti-design. The goal is to come up with images that are compelling enough to be left alone. Images that can be presented and then just left for the viewer to deal with.

I totally love the archival vibe that records used to have, like the way all of my Epic Records tapes when I was a kid had that same ugly blocky red font on the spine, you know? Album art that’s too slick and over-designed just seems to reveal that the music is striving only to be a consumable product.

Where did the cover image come from?

I have no idea where the main cover image came from. It’s been sitting in a cracked picture frame in [drummer Emil Amos'] living room for several years. We always knew that it would be made into a record cover when the time came.»

Artigo completo AQUI. Além do artwork completo do mais recente Doomsdayer's Holiday, há também uma pequena lista de capas de álbuns que marcaram Alex Hall. Interessante.

Sickoakes - Seawards

Há uns meses andava por aí na net (literalmente, de mãos nos bolsos e a assobiar David Fonseca) e cruzei-me com uns valentes suecos - bendito país nórdico, exportador de música fabulosa - que se mexem pelo Post-Rock com um bocadinho de Shogaze e muito ambiente. Apesar da qualidade inquestionável destes Sickoakes e do seu Seawards, tenho mesmo de admitir que aquilo que me deixou boquiaberto foi mesmo a mais longa música, em todos os aspectos, de seu título "Wedding Rings & Bullets In The Same Golden Shrine", que tem momentos capazes de reproduzir a sensação única de ouvir Godspeed You! Black Emperor.

No entanto, este álbum não se resume, definitivamente, a uma cópia barata de GY!BE. Pelo contrário, há uma forma muito própria de estar na música por parte destes rapazes, nomeadamente no uso dos delays para compor as melodias e na presença de sopros para fazer a ambiência.

Pelo que tenho vindo a acompanhar, os Sickoakes estão a prepara um novo álbum desde Junho (não estou certo) e, pelo que têm colocado no Youtube, a coisa vai definitivamente bem. Aguarde-se.

quarta-feira, novembro 05, 2008

Hole In The Earth

Ontem e hoje decidi-me a pegar no Saturday Night Wrist, o álbum que os Deftones lançaram há dois anos - acho que um novo está para chegar também.

Este está longe de brilhante, mas leva-me a consolidar uma opinião que já me passeia pela cabeça há algum tempo: da geração de bandas Nu-Metal, os Deftones são aqueles que verdadeiramente resistem, não porque têm muitos fãs e muita visibilidade, mas porque são a banda mais actual de todas as do género. Concretizo: são a única banda do género que não teve de modificar a sua sonoridade para não ser completamente anacrónica ou apenas um produto para os que cresceram com o Nu-Metal, actualizaram-se dentro daquilo a que se propuseram desde o princípio.
White Pony e Deftones ainda são álbuns arrepiantes e que ainda agora fazem todo o sentido - qualidade que não estendo com tanta facilidade aos álbuns anteriores. Saturday Night Wrists reforça essa ideia, mas deixa-nos com saudades da banda de há algum tempo. Há músicas fenomenais, claro, o trabalho de bateria continua com um som brutal e inconfundível, mas este álbum, ao contrário dos dois anteriores vive apenas com algumas músicas (que são, pura e simplesmente, Deftones no seu melhor).
Esperemos que, para o álbum que aí vem, Chino Moreno e companhia estejam mais inspirados e que voltem à excelente forma de há 4 ou cinco anos para nos brindarem com álbuns bons.

Eis a música que me marcou mais nesta audição de Saturday Night Wrists, Hole In The Earth:


Nota: vi agora que o baixista destes senhores, Chi Cheng, esteve envolvido num acidente de viação e que, apesar de estável, se encontra em estado grave. Esperemos que melhore, que agora é que me daria prazer ver os Deftones por cá - e não quando os vi há três anos, que estava completamente vidrado com Tool.

segunda-feira, novembro 03, 2008

A prova de que os Silver Mt. Zion são do cacete:



Cortesia dos senhores do Amplificasom. E anda um zumzum por aí sobre o concerto noutros formatos...

Uma coisa é certa: estes canadianos são levados da breca!

domingo, novembro 02, 2008

Damo Suzuki & Loosers

Foi fenomenal. Já muitos cabelos brancos existem naquela cabeça e nenhum para demonstrar jarretice - apenas muitos e muitos anos de experiência. O homem começa a cantar, a falar, a recitar e cai-nos tudo. Foi fantástico.

É caso para se dizer "domo arigatoo, Suzuki-sama".

sábado, novembro 01, 2008

Sim, é a verdade

Silver Mt. Zion foi fenomenal, deve estar a ser fenomenal em Leiria e vai ser fenomenal no Porto. Depois daquilo que vi na quinta-feira, parece-me mais que certo.

Foi simplesmente bom. E o "simplesmente" desempenha um papel crucial na frase anterior, pois o concerto não podia ter sido mais genuíno e diferente do que se espera. As novas músicas soam bem, parecidas ao álbum, mas as outras, ao vivo, são incrivelmente bem e espantosamente diferentes (ainda que se mantenham as mesmas músicas) do que o que se espera. Novamente, mas com mais ênfase, foi muita bom!

Se conseguir safar algumas fotografias, coloco-as aqui.