sábado, dezembro 27, 2008

1000 Albuns para ouvir antes de morrer

Depois de vários ensaios deste género no mundo do cinema, do teatro e da literatura, chega agora a vez da música. O autor deste livro chama-se Tom Moon e não há muito mais a dizer, a não ser que é uma senhora lista, bem completa, com variados estilos e sonoridades.

Destaca-se também a presença portuguesa - com o inevitável Fado - de Amália Rodrigues e dos Madredeus.

De resto, vejam a lista completa no site oficial. Acho que vão ficar agradavelmente surpreendidos.

P.S. - por falar em listas, Tom Moon também faz uma do ano de 2008 - esta com alguns nomes, na minha modesta opinião, bem mais fraquinhos.

sexta-feira, dezembro 26, 2008

Os melhores do ano para o Público

Público, o jornal. Num dos seus suplementos, o Ípsilon, foi feita uma lista dos melhores do ano. Que decidi postar porque é uma revista com a sua qualidade, com uma aceitável abertura de horizontes e explorando mais que, por exemplo, a Blitz.

Fiquem com esta curiosidade:

1 - Vampire Weekend - Vampire Weekend
2 - Gang Gang Dance - Saint Dymphna
3 - Portishead - Third
4 - High Places - High Places
5 - Buraka Som Sistema - Black Diamond
6 - Tiago Guillul - IV
7 - Fujiya & Miyagi - Lightbulbs
8 - Buika - Niña de Fuego
9 - Cass McCombs - Dropping the Writ
10 - Camané - Sempre de Mim

Se são fãs de metal ou post ou de algo mais refinado esqueçam esta lista. Mas para publicações mainstream portuguesas não é uma aberração.

terça-feira, dezembro 23, 2008

Pirataria não te leva a tribunal, apenas te desliga do mundo

Não condeno a pirataria (como quem lê o blogue pode imaginar), por isso não queria que interpretassem mal o título da posta. Com ele, queria apenas realçar uma certa parte da notícia avançada pelo Cotonete, que diz que "A associação que regula a indústria musical nos EUA, a Recording Industry Association of America (RIAA), anunciou que vai deixar de processar quem faz downloads ilegais de música. Num comunicado recente, a RIAA anunciou que vai dedicar-se mais à prevenção do que à punição da pirataria."

Confesso que não sei o que quer isto dizer, quando depois acrescentam que "em vez disso, vai emitir avisos através dos servidores de internet a quem estiver a fazer donwloads ilegais. Se a pessoa não ligar aos avisos, arrisca-se a punições que podem passar pela desconexão do seu serviço de internet."
Ou seja, não podes ser preso, mas podes ficar 'isolado' (sem ligação à Net, entenda-se).

Esta notícia tem ainda outra análise, mais positiva: as próprias editoras já perceberam que não há muita coisa que possam fazer e este recuo só demonstra a sensatez da sua acção. Não tarda para caírem em si, felizmente.

Lusitanian Metal

Peço desde já desculpa aos fãs mais aficionados dos Moonspell, caso fiquem ofendidos pelo que vou dizer. Aproveito também para esclarecer que gosto muito destes portugueses e da música que fazem. E garanto que ao vivo é um concerto do mais profissional que vi nos últimos tempos, com a ajuda da qualidade das músicas... é um espectáculo bem porreirinho.

Tem, claro, muitas coisas ridículas, principalmente o aparato todo - começo a achar que é destas bandas de metal mais conhecidas -: um bode feito de borracha que abana de forma ridícula, uma ventoinha para o cabelo do teclista esvoaçar (tendo em conta que este tem um suporte para toalhas a servir de apoio para as teclas), entre bastantes coisas mais...
Agora, a ajudar a esse ridículo todo, eles ainda escolhem o pior nome de sempre (possivelmente; senão pode sempre substituir-se esta expressão por "o pior nome do ano") para um álbum/DVD: Lusitanian Metal. Vou repetir. Lusitanian Metal. Caramba, "Vampiria", "Night Eternal," "Memorial"... tudo nomes perfeitamente enquadrados no aparto ridículo deles, pelo que faz sentido. Agora Lusitanian Metal não só transcende o ridículo deles, como tem uma boa porção de azeite.

Pronto, quero só salvaguardar, novamente, que gosto dos Moonspell e que, garanto, "In and Above Men" foi um daqueles inícios de concerto que me pôs logo aos saltos por dentro. Mas acho que vocês vão compreender este desabafo...

Fora isso, é ver o belo do DVD. Dá sempre gosto.

domingo, dezembro 21, 2008

Dirty Pretty Things dizem adeus

E foi com este alinhamento que a banda, ontem em Londres, o fez:

Wondering
Doctors & Dealers
Buzzards And Crows
Bloodthirsty Bastards
Kicks Or Consumption
No Signal, No Battery
Best Face
Come Closer
Tired Of England
The Enemy
Chinese Dogs
Gentry Cove
Plastic Hearts
Blood On My Shoes
Last Of The Small Town Playboys
Gin & Milk
Deadwood
Truth Begins
B.U.R.M.A
Bang Bang You’re Dead
You Fucking Love It

Recordo que os Dirty Pretty Things fizeram a sua única visita ao nosso país em 2006, no festival Lisboa Soundz.

Correcção: Estiveram também, no mesmo ano, no Santiago Alquimista

sábado, dezembro 20, 2008

Sound of Typewriters + Löbo

Acabei de chegar de uma longa viagem (raisparta ao trânsito em Lisboa) ao Bairro Alto, que culminou com um concerto dos Sound of Typewriters, com os pesadíssimos Löbo a aquecer os poucos presentes (os muitos que faltaram não sabem bem o que perdem).

De Löbo digo apenas que foi pesado, imensamente, e negro. Do bom. Espero que o Porto Rio seja uma sala bem escura, para dar ambiente à coisa destes rapazes.

Sound of Typewriters é a segunda vez que vejo. É uma viagem interessante e, quando pondero bem a coisa, acho que os Nadja tiveram um boa primeira parte em Bragança. Do Post-Rock a momentos quase Punk, muito Noise, sempre com camadas de som em Loop. E, claro, o baixista a mexer na sua imensa pedaleira é quase hipnotizante.

É bom apanhar a música portuguesa em boa forma, a sério. É por estes tipos que vale a pena dizer "apoiem a música tuga." Mas continuo a dizer "morte à (outra) música portuguesa," aquela que tira pessoas ajuizadas do sério.

segunda-feira, dezembro 15, 2008

Fucked Up - The Chemistry Of Common Life

Já tinha saudades de uma boa punkalhada. Era mesmo isto que se pedia. Dão concertos que são autênticos festivais de insanidade e violência. É um grande álbum punk, dos melhores que ouvi ultimamente. Quem disse que os canadianos são frouxos?

domingo, dezembro 14, 2008

Andava a ver os arquivos aqui de casa...

...e dei por a mim a ouvir Zappa. Já tinha andado por estas andanças há algum tempo, mas a experiência de Frank Zappa ao vivo, aquele em que me aventurei primeiro, é completamente diferente de em álbum, tanto por ser um relativo segundo passo no processo de composição, como por não se poder separar a teatralidade ou mesmo o momento em que foi o concerto (mais ou menos fácil de localizar tendo em conta as pessoas com que ele decidia gozar) da própria música.

Eu, desta vez, concentrei-me no último álbum da fase Mothers of Invention, One Size Fits All. É practicamente inintelígivel, no entanto é arquitecturado ao mais infimo pormenor - e isso é Frank Zappa. Este álbum tem uma descrição que, na minha opinião, é a mais eficaz e estupidamente simples: One Size Fits All envergonha muitos dos considerados génios do Rock Progressivo. Tanto porque tem melodias complexas e imprevisíveis (ao máximo!!!), como ainda tem espaço para os solos todos e consegue ter músicas Rock, do puro. Isto sem esquecer a componente nada séria do maestro-compositor, que tem sempre de fazer alguém mandar uma gargalhada com as letras absurdas ou com vozes super esganiçadas. É música no seu expoente máximo: o gozo mais sincero!

sábado, dezembro 13, 2008

LEGO Covers

Vi agora na Pitchfork as versões LEGO de algumas capas conhecidas de álbuns. Umas melhores que outras, mas estão giras de uma maneira geral. Podem ver mais aqui e aqui. Deixo-vos com 3 delas:

The Strokes - Is This "Brick"

The Smiths - Meat Is Murder

Nirvana - Nevermind

Animal Collective - Merriweather Post Pavillion

Há quem diga já que é um clássico, devido aos diversos leaks que andam por aí. Eu, como sempre, espero pelo lançamento, dia 20 de Janeiro do próximo ano. Panda Bear diz que este é o melhor álbum alguma vez lançado pela banda. Como sempre, muitas das faixas já foram tocadas ao vivo (se calhar até eu já ouvi algumas no concerto no Porto este ano!). De qualquer modo, o único aperitivo que vos posso dar, caso não queiram ir à caça de leaks, é uma simples review de quem já ouviu. O alinhamento é o seguinte:
  1. In the Flowers
  2. My Girls
  3. Also Frightened
  4. Summertime Clothes
  5. Daily Routine
  6. Bluish
  7. Guys Eyes
  8. Taste
  9. Lion in a Coma
  10. No More Runnin
  11. Brothersport

sexta-feira, dezembro 12, 2008

Os tops das bandas da Suicide Squeeze


Também conhecidos como a maior lista do mundo, estão no blogue recentemente criado pela editora. Para os curiosos, é ESTE o endereço.

Não sei se já ouviram Zu


Mas deviam ouvir. Gosto de chamar metal-senil àquilo que tocam - com grande qualidade, diga-se.

O novo álbum chega a 20 de Fevereiro. Fiquem com o Myspace, só para terem uma ideia daquilo que se trata - com grande excelência, sublinhe-se.

Fonte: Alarm Magazine.

quinta-feira, dezembro 11, 2008

Blur a limpar o pó e a começar a olear a máquina

É verdade, passado o período de especulação sobre a possível reunião dos Blur (não é bem reunião, apenas o término de um hiato bastante longo), os britânicos vão mesmo para a frente com a ideia e têm já agendados vários concertos no Reino Unido e é muito provável que venham a adicionar ainda mais datas a essa série de concertos, segundo declarações da banda. Isto tudo servirá de aquecimento para o concerto a ser realizado em Hyde Park (Londres), primeiro concerto anunciado após uma grande pausa. Restaurada a amizade entre Graham Coxon, que não participou no álbum Think Tank, e Damon Albarn, todos os elementos originais da banda estão aptos para este regresso. No que me diz respeito, espero apenas que o entusiasmo aumente gradualmente com os concertos e que uma tour europeia se venha a realizar, com uma passagem pelo nosso jardim incluída claro.

quarta-feira, dezembro 10, 2008

Nova música de Isis? É verdade...

Vejam por vocês mesmos (cortesia do Amplificasom, que já cortejou um senhor antes - eu aproveito para cortejar o senhor que inventou a máquina fotográfica com captação sonora decente para que nós nos possamos deliciar):

Amplificasom domina a cena

Depois de uns grandiosos Nadja no último fim-de-semana (muito bem acompanhados pelos Catacombe de Vale de Cambra) - e foi um concerto à maneira, mesmo - os colegas blogueiros e senhores com muito bom gosto já revelaram os concertos para o ano que vem:

7 de Fevereiro, sábado
Wolves in the Throne Room (usa)
Löbo (pt)
Porto-Rio, Porto

31 de Março, terça - com Lovers & Lollypops
Earth (usa)
TBC
Passos Manuel, Porto

15 de Abril, quarta
This Will Destroy You (usa)
Without Death Penalty (pt)
Passos Manuel, Porto

1 de Maio, sexta (feriado)
Amplificasom Special @ SWR Barroselas: Year of No Light (fr) + TBC


A sublinhar que todos estes concertos são, infelizmente, datas únicas em Portugal. E, claro, não se esqueçam dos Monarch que actuam no próximo fim-de-semana.

Com isto resume-se o óbvio: EARTH, RAISPARTA! EARTH EM PORTUGAL!!!!; e coloca-se uns quantos pontos de interrogação para grande parte das outras bandas, as quais desconheço mas que, tendo em conta tudo o que estes senhores têm trazido, merece sempre uma bela de uma audição.

terça-feira, dezembro 09, 2008

The Dodos

Os Dodos são um duo americano de São Francisco, cujos membros são Meric Long (voz e guitarra) e Logan Kroeber (bateria). Tocam um folk-indie muito à base de melodias simples, ajudadas pela voz melancólica de Meric Long, intercaladas com ritmos rápidos impostos pela bateria de Logan Kroeber e pela percussão secundária de um terceiro membro nas tours. Se à partida o género não carrega uma premissa prometedora, ao vivo os Dodos são uma banda viciante. E foi isto que se comprovou na passada sexta-feira, aquando do seu concerto no Salão Brazil, em Coimbra.

Os Dodos apresentam-se como uma banda humilde, que pouco mais pode oferecer para além do singer/songwriter Meric Long e o simples baterista Logan Kroeber. No entanto, a partir do momento em que impõem o seu ritmo ao público, dificilmente alguém deixa de bater o pé: as músicas dos álbuns ganham toda uma nova força ao vivo, contagiando a plateia de forma uniforme. O terceiro membro, Joe Haener, é responsável na tour pelo vibrafone e pelo caixote (sim, um simples caixote de metal). Por muito insignificante que este último pareça, o estalo estridente provocado quando a baqueta nele embate é das partes rítmicas mais cativantes ao vivo, ao passo que no álbum passa despercebida.

Com 3 álbuns na bagagem - Beware Of The Maniacs (2006) e Visiter (2008) - os Dodos apenas este ano se fizeram notar pelo mundo fora, tendo o último álbum recebido muito boas críticas. Conseguem destacar-se de toda a fornada indie que está a ser lançada, e ao vivo conseguem enaltecer toda a sua criatividade e destreza musical. Escusado será dizer que foram várias as ovações e as palmas contínuas em Coimbra.
Deixo-vos com um vídeo do grande concerto no Salão Brazil.


The Dodos from Lugar Comum on Vimeo.

segunda-feira, dezembro 08, 2008

Regresso para 2009

Falo do Festival Ilha do Ermal. "Já" há um blog oficial, a promotora é a desconhecida CE-Dream&Seduction e promete um cartaz de rock pesado, com nomes estabelecidos e para um público "mais maduro". E promete também mais novidades para "breve".

Será um regresso com o peso devido?

É sempre bom quando o Post-Rock é bem feito

E quando não é cliché atrás de cliché, é ainda melhor. Caso disso, brilhante por sinal, são os Do Make Say Think que o ano passado presentearam muita gente mundo fora com um excelente You, You're a History in Rust - um dos melhores do ano, de longe. Esta música é apenas um exemplo do que se estas cabeças fazem:

A Tender History in Rust

domingo, novembro 30, 2008

God is an Astronaut em Portugal


Os irlandeses God is an Astronaut devem parar por Portugal em 22 e 23 de Maio do próximo ano. As datas, a aguardar confirmação, já se encontram no myspace da banda onde, aliás, se podem ouvir algumas músicas do álbum homónimo, recentemente lançado.

O tropeção do semestre

Estava hoje a passear-me pela net, a pesquisar algumas coisas sobre Ephel Duath (não é que eles agora têm um vocalista novo que, curiosamente, é jogador de poker profissional) e tropecei nos The Ocean. Finalmente, diga-se. Andava há séculos a procurar coisas deles na net para ouvir e nunca tinha encontrado. Pura azelhice, diga-se. Mas facto é que nunca tinha ouvido nada deles.

Até hoje...

E, bolas, que coisa apocalítica e destrutiva. Fiquei devastadamente feliz por ter encontrado algo assim. É bom! Mesmo! Eu sei que sou um pouco entusiasta da música e que dou ar de que qualquer coisa me parece boa, mas este não é o caso, definitivamente. E, de qualquer forma, não sou assim tão entusiasta. A verdade é que há projectos muito bons por ái. The Ocean é, pelo muito pouco que ainda ouvi (o conteúdo do Myspace, basicamente), excelente.

Bem, é uma opinião à procura de consolidação. Se alguém tiver algo a dizer, é bem-vindo.

sábado, novembro 29, 2008

Entrevista a Black Bombaim



No Ponto Alternativo.

Karma to Burn

Não sou muito experimentado no Stoner Rock. Aliás, um grande defeito meu é não ser experimentado em nada, visto que tento conhecer de tudo... É um objectivo para o futuro, conhecer de tudo e ser experimentado, conhecedor. Mas não sendo eu experimentado no género, qualquer coisa me pode parecer boa. Vou, no entanto, acreditar no meu discernimento e chutar para a blogosfera um valente "Karma to Burn é bom como o cacete!"

Estes americanos de West Virginia ainda tiveram um álbum com voz - tenho de ceder e admitir que a capacidade vocal do senhor do microfone era ranhosa -, mas cedo perceberam que a cena deles é mesmo o Stoner instrumental. E aqui, incontornável, é uma banda de se tirar o chapéu e fazer uma grande vénia. Têm composições tão equilibradas, com riffs tão trabalhados e bem conseguidos, que arrepiam o mais resistente pelo de venta - até porque não se limitam ao Stoner.

Mas palavras para quê? Há dois exímios exemplares do seu trabalho no Myspace. Vejam o que os Karma to Burn conseguem fazer.

sexta-feira, novembro 28, 2008

Guapo e Grails

É impressão minha as bandas mais "progressivas" e especializadas em quebrar barreiras começam a mostrar um "soft-spot" pela música oriental? O Elixirs dos Guapo e algumas músicas do Doomsdayer's Holiday dos Grails demonstram essa queda.

A sorte deles é que os álbuns são bons na mesma.

(Mas o Five Suns é que me deixou de queixo caído, isso sim!)

quarta-feira, novembro 26, 2008

Banda do Casaco

Fez agora, em 2008, 20 anos que este projecto editou uma compilação que reúne os seus melhores temas (vista pelo prisma dos próprios mentores).

Por mero acaso tropecei nessa edição homónima deveras interessante, de dois volumes, nos "arquivos" lá de casa e, confesso, fiquei algo esmagado. Um grupo que surgiu em 1974, no pós-25 de Abril, e cujo espírito crítico não se tece através de letras directas a falar de revolução, mas antes a falar do país em que realmente vivem, da sua realidade social, não podia fazer mais sentido do que neste caso, tendo em conta a sonoridade que exploram.

É, aliás, esta que me arrepiou verdadeiramente. Estes optaram por explorar a música tipicamente portuguesa segundo padrões característicos da pop de então e, de forma assustadoramente visionária, através de formas que lembram o Post-Rock actual (há passagens das músicas que me lembraram Silver Mt. Zion, uma banda que não propriamente revivalista). Tocar música transmontana com um contra-baixo tocado com arco a dar corpo, enquanto que guitarras clássicas fazem a melodia e a percussão típica faz o seu papel, eleva a música para patamares que são somente audíveis.

A Banda do Casaco é um projecto fantástico, que reúne nomes que não deixam ninguém indiferente, como Celso Carvalho, Zé Nabo, António Pinho, Nuno Rodrigues e Jerry Marotta, apenas para citar alguns, que prova, à grande!, a qualidade de algumas coisas que se fazem no nosso cantinho, no rabo da Europa. Eu fiquei siderado.

terça-feira, novembro 25, 2008

Quem é a boa alminha que traz Hrsta a Portugal?

Ninguém? Eu não pesco nada de agricultura, nem tão pouco de agendamentos (ou qualquer que seja o termo técnico para "organizar concertos"), senão trazia cá o Mike Moya e amigos de certeza. Eles estão em tour pela Europa e acho que não diriam que não a uma proposta decente.

Recorde-se que Mike Moya não é só uma das mentes que criou os míticos Godspeed You! Black Emperor, como é também o mentor de Set Fire To Flames, destes Hrsta, e tem participações em projectos como Molasses e, se não me engano, Jackie-O Motherfucker. Não é um menino de coro, de certeza.

Pondere-se esta hipótese muito seriamente, faz favor!

segunda-feira, novembro 24, 2008

John Lennon transferido do Inferno para o Céu

A equipa do Éden contratou o antigo músico dos Beatles que actuava pelo Inferno, através de uma absolvição do Vaticano. A equipa técnica do Santa Sé perdoou John Lennon por blasfemar em 1966 com a mítica «Os Beatles são mais populares que Jesus Cristo», transferindo-a dessa forma do Limbo para o Paraíso. Segundo a Cotonete, «a 'absolvição' foi publicada num artigo do jornal L'Osservatore Romano, dedicado às comemorações dos 40 anos sobre a edição do histórico "The Beatles", mais conhecido por "White Album".»

Trocando esta óptima notícia por miúdos, não só o Vaticano tentou arrecadar fãs através da contratação de alguém que é mais popular que o seu deus, como ainda o fez para festejar a grandeza desse(s) Deus(es) da música que é (são) Lennon (e companhia).

domingo, novembro 23, 2008

Amplificasom apresenta


Amplificasom apresenta:

Nadja
Catacombe
Fábrica de Som, Porto
5 de Dezembro, Sexta
22h
6€

"Os Nadja são Aidan Baker e Leah Buckareff, duo da cidade de Toronto, Canadá. Nos últimos anos têm demonstrado uma vitalidade criativa impressionante. Aidan Baker tem ainda uma vasta discografia a solo, sendo um nome muitas vezes referido quando se fala do drone e música ambiental da actualidade. Em Nadja os riffs do Doom Metal são moldados até criarem uma tempestade que pode passar pelo Post-rock e terminar no Noise. O duo vai além das tonalidades graves dos Sunn 0))), acrescentando algo de novo a cada lançamento. São pesados, usam o feedback, reverb, vibrações graves, criam uma muralha sonora experimental e psicadélica. Os Nadja agarram o nosso subconsciente e deixam-nos a relaxar em longos instrumentais. Drones hipnóticos que tanto têm em comum com o andamento fúnebre dos Esoteric, como da luminosidade dos Jesu. A sua sonoridade titânica aproxima-os ainda de grupos como Growing, Earth ou Khanate.www.myspace.com/nadjaluv



Os Catacombe são o projecto de Pedro Sobast, um rapaz de Aveiro, que lançou recentemente o primeiro trabalho em forma de EP, fruto da maturação de ideias e influências que afloravam no seu universo musical, é a prova de que não são precisos os melhores meios para se atingir o fim desejado. Integralmente composto, tocado e produzido pelo próprio no seu "home studio", demonstra uma fluidez extraordinária, resultante da plácida manifestação de emoções transversal aos diferentes retalhos sonoros. Ele conhece os territórios em que se move, e a assunção de influências não é vergonhosa nem deslustra o resultado final, sente-se a expressão instrumental delicada de Isis, Explosions in the Sky, Katatonia, Cult of Luna ou Red Sparowes, num vocabulário familiar que transforma o som em imagem e estimula diferentes sentidos. Pedro rodeou-se de amigos e materializou os Catacombe num formato banda para se apresentar ao vivo pela primeira vez no próximo dia 5 de Dezembro na Fábrica de Som.www.myspace.com/catacombeband"

Que grande noite que foi...


quarta-feira, novembro 19, 2008

Fase complicada (parte 1)

Bem, tem sido complicado manter o estaminé como antes, sempre aprumadinho e bonito para os visitantes. Houve mesmo momentos em que até punhamos uma musiquinha a tocar para os convidados. Agora andamos todos meio ocupados, por isso eu venho declarar que até à próxima semana a coisa vai andar meio desarrumada.

Depois será a limpeza de natal! Vamos abrir as janelas, meter os tapetes a arejar e tudo vai cheirar bem.

(é só porque agora não tenho como me mexer).

Até para a semana e peço desculpa a todas as boas almas que perderam tempo a ver se nós davamos notícias.

quinta-feira, novembro 13, 2008

A notícia do mês:

MOGWAI EM PORTUGAL, CACETE!
Os escoceses vão actuar na Aula Magna, no dia 5 de Fevereiro em 2009!
Batcat, The Hawk Is Howling, Young Team, etc.

Resumindo: NOTÍCIA DO MÊS!

segunda-feira, novembro 10, 2008

Asian Dub Foundation em Portugal

Porreiro. É pena ser caro. Azar é o dos promotores.

Grails e o Artwork do novo álbum:

A Alarm Magazine colocou online uma pequena conversa com o guitarrista de Grails, Alex Hall, que é quem se ocupa da Artwork dos álbuns desta banda.

Eis um excerto:

«How did you go about creating the artwork for Doomsdayer’s Holiday?

All of the album art belongs to the found-collage realm. It’s an incredibly powerful medium to work in. I’m not an illustrator, so it allows us to visually express exactly what we want to, rather than relying on some party external to the process.

Was there a design philosophy behind the art?

If there’s a design philosophy, it’s probably just one of anti-design. The goal is to come up with images that are compelling enough to be left alone. Images that can be presented and then just left for the viewer to deal with.

I totally love the archival vibe that records used to have, like the way all of my Epic Records tapes when I was a kid had that same ugly blocky red font on the spine, you know? Album art that’s too slick and over-designed just seems to reveal that the music is striving only to be a consumable product.

Where did the cover image come from?

I have no idea where the main cover image came from. It’s been sitting in a cracked picture frame in [drummer Emil Amos'] living room for several years. We always knew that it would be made into a record cover when the time came.»

Artigo completo AQUI. Além do artwork completo do mais recente Doomsdayer's Holiday, há também uma pequena lista de capas de álbuns que marcaram Alex Hall. Interessante.

Sickoakes - Seawards

Há uns meses andava por aí na net (literalmente, de mãos nos bolsos e a assobiar David Fonseca) e cruzei-me com uns valentes suecos - bendito país nórdico, exportador de música fabulosa - que se mexem pelo Post-Rock com um bocadinho de Shogaze e muito ambiente. Apesar da qualidade inquestionável destes Sickoakes e do seu Seawards, tenho mesmo de admitir que aquilo que me deixou boquiaberto foi mesmo a mais longa música, em todos os aspectos, de seu título "Wedding Rings & Bullets In The Same Golden Shrine", que tem momentos capazes de reproduzir a sensação única de ouvir Godspeed You! Black Emperor.

No entanto, este álbum não se resume, definitivamente, a uma cópia barata de GY!BE. Pelo contrário, há uma forma muito própria de estar na música por parte destes rapazes, nomeadamente no uso dos delays para compor as melodias e na presença de sopros para fazer a ambiência.

Pelo que tenho vindo a acompanhar, os Sickoakes estão a prepara um novo álbum desde Junho (não estou certo) e, pelo que têm colocado no Youtube, a coisa vai definitivamente bem. Aguarde-se.

quarta-feira, novembro 05, 2008

Hole In The Earth

Ontem e hoje decidi-me a pegar no Saturday Night Wrist, o álbum que os Deftones lançaram há dois anos - acho que um novo está para chegar também.

Este está longe de brilhante, mas leva-me a consolidar uma opinião que já me passeia pela cabeça há algum tempo: da geração de bandas Nu-Metal, os Deftones são aqueles que verdadeiramente resistem, não porque têm muitos fãs e muita visibilidade, mas porque são a banda mais actual de todas as do género. Concretizo: são a única banda do género que não teve de modificar a sua sonoridade para não ser completamente anacrónica ou apenas um produto para os que cresceram com o Nu-Metal, actualizaram-se dentro daquilo a que se propuseram desde o princípio.
White Pony e Deftones ainda são álbuns arrepiantes e que ainda agora fazem todo o sentido - qualidade que não estendo com tanta facilidade aos álbuns anteriores. Saturday Night Wrists reforça essa ideia, mas deixa-nos com saudades da banda de há algum tempo. Há músicas fenomenais, claro, o trabalho de bateria continua com um som brutal e inconfundível, mas este álbum, ao contrário dos dois anteriores vive apenas com algumas músicas (que são, pura e simplesmente, Deftones no seu melhor).
Esperemos que, para o álbum que aí vem, Chino Moreno e companhia estejam mais inspirados e que voltem à excelente forma de há 4 ou cinco anos para nos brindarem com álbuns bons.

Eis a música que me marcou mais nesta audição de Saturday Night Wrists, Hole In The Earth:


Nota: vi agora que o baixista destes senhores, Chi Cheng, esteve envolvido num acidente de viação e que, apesar de estável, se encontra em estado grave. Esperemos que melhore, que agora é que me daria prazer ver os Deftones por cá - e não quando os vi há três anos, que estava completamente vidrado com Tool.

segunda-feira, novembro 03, 2008

A prova de que os Silver Mt. Zion são do cacete:



Cortesia dos senhores do Amplificasom. E anda um zumzum por aí sobre o concerto noutros formatos...

Uma coisa é certa: estes canadianos são levados da breca!

domingo, novembro 02, 2008

Damo Suzuki & Loosers

Foi fenomenal. Já muitos cabelos brancos existem naquela cabeça e nenhum para demonstrar jarretice - apenas muitos e muitos anos de experiência. O homem começa a cantar, a falar, a recitar e cai-nos tudo. Foi fantástico.

É caso para se dizer "domo arigatoo, Suzuki-sama".

sábado, novembro 01, 2008

Sim, é a verdade

Silver Mt. Zion foi fenomenal, deve estar a ser fenomenal em Leiria e vai ser fenomenal no Porto. Depois daquilo que vi na quinta-feira, parece-me mais que certo.

Foi simplesmente bom. E o "simplesmente" desempenha um papel crucial na frase anterior, pois o concerto não podia ter sido mais genuíno e diferente do que se espera. As novas músicas soam bem, parecidas ao álbum, mas as outras, ao vivo, são incrivelmente bem e espantosamente diferentes (ainda que se mantenham as mesmas músicas) do que o que se espera. Novamente, mas com mais ênfase, foi muita bom!

Se conseguir safar algumas fotografias, coloco-as aqui.

sexta-feira, outubro 31, 2008

Não sei o quê das bruxas



Halloween é noite de góticos, por isso, depois desta pequena partida (os doces podem ser enviados para a minha humilde morada, rua...), deixo-vos a grande "Dark Entries", pelos enormes Bauhaus:

quinta-feira, outubro 30, 2008

Eu cá não reparei, e vocês?

Mas a verdade é que É O DIA! Agora numa pose menos 'groupie', queria só sublinhar que a partir de hoje, até Sábado, Thee Silver Mt. Zion Memorial Orchestra & Tra-la-la Band vão andar a espalhar ideias amigavelmente revolucionárias um pouco por todo o país. Começa na Galeria Zé dos Bois (louvados sejam), passa amanhã por Leiria (porreiro) e depois pelo Porto (mais uma vez, louvados sejam os senhores do Amplificasom e que continuem o mui bom trabalho).

Estejamos atentos, sob pena de sermos considerados herejes e condenados à surdez.

terça-feira, outubro 28, 2008

Quem disse que o Hardcore era mau?


Se há quem ponha as coisas nestes termos, que se deixe de macacadas e ponha os preconceitos para trás - de qualquer coisa, seja das costas, da cama em que os avós dormem, etc. Eu, apesar de ouvir algum Hardcore (muito, muito pouco), tropecei completamente ao acaso nos Akimbo - que lá se dizem do Hardcore - e garanto-vos que é coisa de homens com barba rija e mulheres feministas que queimam sutians.

Vou ser mais explicíto: o último Jersey Shores foi editado pela Neurot Recordings. Não chega? Mais explícito ainda: é bom; é Hardcore?, se eles dizem que sim, é. E também é bom.

Eles entretêm-se a tocar algo que, Hardcore ou não (eles lá dizem que sim...), tem uma onda bastante Stoner, com guitarradas bem melodiosas, balançadas e com peso, sem esquecer os baixos com groove e as baterias enérgicas e, às vezes, lentas o suficiente para se fazer um headbang de curvar toda a espinha (um torsobang, portanto). Em Jersey Shores há mesmo momentos puramente psicadélicos, com alguns delays carregados a fazer ambiente e algumas mudanças do percurso melódico da música capazes de deixar qualquer apreciador de pequenos imprevibilidades bem babado.
Resumindo, Akimbo é bom.

Obrigado, madame Oaktree, pelo tropeção.

segunda-feira, outubro 27, 2008

Faço um apelo!

Há umas semanas disseram-me que The Cross Of My Calling, novo álbum de The (International) Noise Conspiracy, já circulava na net. Eu acreditei e, na minha fé, fui procurá-lo desenfreadamente. A questão é que não o encontrei (e as minhas databases estão a mostrar um defeito, para além de terem muito pouco da discografia de Zappa)! Em lado algum!

Faço aqui um apelo: que uma alma caridosa partilhe comigo a bolacha! Ficar-lhe-ei eternamente grato!

Nota: cool cool, é a música que eles meteram no Myspace.

domingo, outubro 26, 2008

Tenho apenas a declarar...


...que a minha família é tão atenciosa que me ofereceu o Eternal Kingdom, dos Cult of Luna, na sua edição limitada.

Aproveito para partilhar um vídeo com a assinatura dos bons senhores do Amplificasom:

O intenso final da Ghost Trail

sexta-feira, outubro 24, 2008

Doomriders à carga!



Se o regresso de Doomriders aos registos gravados fosse assim... Como eu ficava feliz! Ia logo ali ao meu guarda-fatos buscar o meu casaco de cabedal sintético e punha-me a andar de mota pela margem Sul do Tejo.

Pelo excerto que ouvi do novo Split EP com os suecos Disfear, não me parece que chegue ao power e à intensidade da já mítica "Black Thunder"(que está no vídeo em cima). Já os Disfear me pareceram em melhor forma, mas não os conheço tão bem, por isso aqui está tudo bem. Bem, esperemos por um sucessor para o álbum Black Thunder e com a genica do mesmo.

Para os mais incautos que tropeçaram agora nestes senhores do Stoner, ficam a saber que os Doomriders são um side-project do respeitável Nate Newton, baixista de Converge e guitarrista de Old Man Gloom.

quinta-feira, outubro 23, 2008

Por falar em OVNIs


Cruzei-me com ISTO e lembrei-me DISTO.

A verdade é que os ditos UFOs existem, nem que seja na pele de uns UFOmammut, banda que me surpreendeu imensamente com o mais recente Idolum (o único que conheço deles, de qualquer forma): um trabalho intenso, pesado e psicadélico. Para quem gosta de sonoridades mais Stoner ou Sludge, mas que não dispensa a sua dozesinha diária de psicadelismo, este trio italiano é uma recomendação com "André's Digest".

quarta-feira, outubro 22, 2008

Ah, e para responder a uma posta anterior...

...aproveito e digo quais são as telenovelas preferidas do povo (por terem uma banda sonora com música decente): os Guys From The Caravan têm músicas a passar naquela novela que toldou a juventude, cujo nome envolve fruta e glucose; e noutra que repete novamente o golpe dos irmãos gémeos (só que com o Paulo Pires).

Red Snapper onde?!

Em Portugal! Os britânicos, que vão editar o novo mini-álbum, A Pale Blue Dot, na próxima semana, vão actuar no nosso jardinzinho em Lisboa e no Porto. Os concertos serão, respectivamente, no Santiago Alquimista no dia 6 de Novembro e na Indústria Porto no dia 7 de Novembro.

Já agora, o Myspace deles que apesar de já virem dos anos 90 sabem utilizar a internet decentemente e um pequeno vídeo:

Um festival interessante

É o que se pode, e deve, considerar o Efeito Borboleta. Sim, o festival.

Este evento decorre na vila de Tramagal (perto de Abrantes) no primeiro fim-de-semana de Novembro - nos dias 7 e 8 de Novembro, para ser mais preciso - e, além da tão necessária música, terá workshops e outras actividades paralelas.

O cartaz:
Sexta-feira, 7 de Novembro
- Canker
- Qwentin
- You Should Go Ahead
+ djs (Lgui e Happy)


Sábado, 8 de Novembro
- Murdering Tripping Blues
- Hyubris
- Heavenwood
+ djs (Lovemakers)

E o site do festival.

terça-feira, outubro 21, 2008

Isto está complicado...

As aulas começaram para todos, mas acho que aqui no Stage todos temos a mania de nos ocuparmos demais. Isso reflecte-se por estes lados, mas não vai passar a ser regra. Ou pelo menos não poderá. Havemos de voltar a toda a carga.

Mudando de assunto, aproveito para vos falar da surpresa da minha semana: Zechs Marquise. Sim é a banda dos irmãos do guitarrista de Mars Volta. Não é que eu gostei mais do álbum deles do que do mais recente Bedlam in Goliath? Eu não fiquei muito surpreendido com isto, por uma razão: o último álbum do Omar e companhia está muito bom, mas como está mais orelhudo as músicas fartam mais depressa. Our Delicate Stranded Nightmare dos Zechs Marquise é tudo menos um álbum acessível, tanto pelo excesso de azeite (sim, bastante azeite, virgem extra), como pelos devaneios constantes que vão desde maranços de sobreposição de efeitos a músicas electrónicas super-rápidas e muito estranhas. Mas isto são tudo coisas que acabam por fazer muito sentido no contexto do álbum.
Não é nenhuma obra-prima. Mas foi a melhor forma possível de se dissociarem do trabalho de Mars Volta. Zechs Marquise é o Rock Progressivo que surge das melodias Dub e pode tender para os maiores psicadelismos. É bom, garanto. Mesmo que não entre à primeira - assim como me custou a entrar comigo - é uma boa surpresa quando nos vemos dentro de Our Delicate Stranded Nightmare.

Deixo-vos um vídeozinho...


Lá está, azeite virgem extra, mas do bom!

domingo, outubro 19, 2008

sexta-feira, outubro 17, 2008

Vai Ferver!

Ou pelo menos espero eu que haja alguma discussão, como tem havido por todo o lado. E a questão é uma engraçada petição que anda por aí a circular, que pretende que a canção Movimento Perpétuo Associativo dos Deolinda substitua A Portuguesa como hino nacional português.

A petição é uma crítica mordaz à sociedade actual. Pode estar envolta de alguma ingenuidade - principalmente na exaltação política subjacente - mas pode (e deve) ser encarada com uma gargalhada.

E como isto é o Stage Diving, fiquem com a música:

quarta-feira, outubro 15, 2008

Má publicidade:


Guys From The Caravan em duas novelas da TVI. Desafio-vos a advinharem quais.

Brincadeira à parte, isto são óptimas notícias para os condutores de caravanas. Se quiserem saber mais sobre a banda passem pelo Ponto Alternativo e leiam a entrevista.

domingo, outubro 12, 2008

Teatro Satanico em Portugal


A banda italiana pioneira no Pós-Apocalíptico Experimental no seu país, e até na Europa, (parafraseando a entidade organizadora do evento, HellOutro) vem até Portugal no dia 25 de Outubro. O concerto vai ser na Casa de Lafões, em Lisboa, pelas 21h30.

Especialmente para este concerto, os Teatro Satanico gravaram um pequeno trabalho conceptual, com a duração de 40 minutos, de três faixas originais e inéditas que "explora a percepção da consciência no nosso cérebro mediante a interpretação particular dos Teatro Satanico." Chidakasha, título deste trabalho, vai ser editado pela HellOutro numa edição limitada a 333 números.

Citando a HellOutro, para partilhar algumas informações da banda:
"Aquela que será a primeira visita desta seminal banda Italiana ao nosso país, representa também uma oportunidade imperdível para viver a intensa experiência que é um concerto dos Teatro Satanico – precursores da música Industrial, Pós-Apocalíptica e Experimental no seu próprio país e no panorama Europeu, a sua carreira sempre perseguida pela polémica percorreu também incursões desde o Folk ao Noise, criando uma entidade sonora única que apenas pode ser sentida e experimentada, nunca descrita."

Parece imperdível, não?

Teatro Satanico
HellOutro
Casa de Lafões

sábado, outubro 11, 2008

O primeiro clip da caravana:



"The Guy From The Caravan" dos Guys From The Caravan. E é tudo.

sexta-feira, outubro 10, 2008

Toma lá, Reznor!


Desta vez não foi o mentor dos Nine Inch Nails a despedir alguém, foi alguém que se demitiu! Ahah!

Agora, humor fácil de parte, é realmente uma pena que Josh Freese vá abandonar a banda no final da tour que está a decorrer. O trabalho dele no mais recente The Slip está fenomenal e ao vivo o senhor é um metrónomo com mil sons.

Mas, lá está, o Reznor vai encontrar um tipo tão bom ou melhor, para variar...

quinta-feira, outubro 09, 2008

Música Escrita #6

Há uns meses o Negrão falou dos Bad Plus, certo?

Eis o que a Alarm Magazine tem a dizer sobre eles e os seus míticos covers, num artigo intitulado The Top 10 Cover Songs by The Bad Plus:

"Hard-hitting jazz trio The Bad Plus knows how to pen pieces of proprietary gold. But its three members are also known for their genre-leaping renditions of rock songs, propelled by the chops of pianist Ethan Iverson, bassist Reid Anderson, and drummer David King. Here are the group’s ten best covers (in order of release).

1. Nirvana: “Smells Like Teen Spirit” (These Are the Vistas)

This cover of Nirvana’s massive hit features super-scaling runs and occasionally dissonant harmonies from Anderson in one of the final choruses. It ends brilliantly with the quick piano tinkling of Cobain’s famed bridge: “And I forget just what it takes, and yet I guess it makes me smile. I found it hard; it’s hard to find. Oh well, whatever…never mind.”

2. Aphex Twin: “Flim” (These Are the Vistas)

The original version of “Flim” caught some listeners off guard on the Come to Daddy EP, what with its pretty piano line that evoked thoughts of Willy Wonka’s “Pure Imagination.” This rendition brings Richard D. James’ IDM beats to life under the melodic synchronization of Iverson and Anderson.

3. Ornette Coleman: “Street Woman” (Give)

Coming as a rare occasion, The Bad Plus cover a fellow artist in its genre - and a revered one at that. Originally from Coleman’s 1971 album Science Fiction, “Street Woman” is bouncy, heavy, cheerful, and threatening - all while skillfully alternating rhythms.

4. Pixies: “Velouria” (Give)

If you’re not looking at the track listing to Give, you’ll have no idea that you’re hearing a Pixies song until near the two-minute mark. This version begins soft and somber, spreading out Charles Thompson’s melody over King’s distant jingling and tapping. After the early minutes of building, King breaks into a rock beat for some of Iverson’s mean improvisation.

5. Black Sabbath: “Iron Man” (Give)

After you hear The Bad Plus’ rendition of “Iron Man,” you won’t go back. Far heavier than the original, this version cracks into full gear when Iverson’s low notes thunder over his down-trickling scales, which come raining ominously from the intro. Iverson again grabs the attention over King’s heavy beats, layering together chordal harmonies of Tony Iommi’s famous progression. For the outro, the group employs a gentle quarter-time interpretation of the original’s awesome ending.

6. “(Theme From) Chariots of Fire” (Suspicious Activity?)

Anderson’s grooving bass line clashes nicely as Iverson brings in the song’s inspirational melody. A free-jazz breakdown follows before Iverson resumes the theme over wildness from the rhythm section.

7. Radiohead: “Karma Police” (Exit Music: Songs with Radio Heads)

Soft brush strokes from King lay a delicate setting for the trio’s homage to Radiohead. After some loose rhythms under the main melody, the song gets huge when the piano returns with Thom Yorke’s “for a minute there…I lost myself” vocal theme. Iverson also handles the original’s walking bass line while King plays freeform beats.

8. Rush: “Tom Sawyer” (Prog)

The poster child for radio-friendly prog rock, “Tom Sawyer” gets one of the most “authentic” replications from The Bad Plus. Iverson and Anderson trade off handling Geddy Lee’s vocals on their respective instruments, but they can’t hold out forever - like clockwork, the tune punches in an improvised break before resuming its course.

9. Burt Bacharach / Hal David: “This Guy’s in Love With You” (Prog)

Faith No More also presented a live cover of this chart-topping Herb Alpert song, and though this can’t quite compare to one with Mike Patton’s emotive vocals, it’s just as sensitive as both versions. Randomly, it closes with a quick reprise of the main rhythm from “Physical Cities,” an original Bad Plus tune that comes earlier on Prog.

10. Neil Young: “Heart of Gold”

Without a released recording of Neil Young’s classic hit, The Bad Plus saves “Heart of Gold” for concertgoers. It often begins with an abstract intro and ends with the three joining together for a harmonized a cappella chorus."

quarta-feira, outubro 08, 2008

Para quem gosta de lagosta...



Os Lobster vão andar a passear-se pela nossa península. Uma (ou várias) óptima oportunidade para ver um (ou vários) óptimo concerto.

Eis as datas:
11 OUT / Sáb // Portugal, Cidadela de Cascais, Modalisboa
12 OUT / Dom // Portugal, Porto, Casa Viva
13 OUT / Seg // Portugal, Coimbra, Artes Jah Nasce
16 OUT / Qui // Espanha, Valencia, Red Shoe
17 OUT / Sex // Espanha, Madrid, Tba
18 OUT / Sáb // Espanha, Zaragoza, C.S.A. Arrebato
19 DEZ / Sex // Portugal, Lisboa, Avenida da Liberdade

Confesso que ali o concerto na modalisboa me deixa curioso. Será que vão partir o palco e levar os restos para casa?

segunda-feira, outubro 06, 2008

The Guys From The Caravan e o seu novo álbum

É verdade, os rapazes tão bem conhecidos neste blog vão, finalmente, editar o seu álbum de estreia (ainda que seja por uma editora toda pipi e essas coisas tristes...). Noah's Ark of Pain está por aí, oficialmente, no dia 13 deste mês.

A festa de lançamento é já na próxima sexta, dia 10 de Outubro, no MusicBox em Lisboa.

Música Escrita #5

Para os mais alarmistas: Editors conscientes


Há uns dias, andava eu no metro, deram-me uma revista dessas jovens e gratuita (novidade para mim, mas parece que já anda por aí há algum tempo), com um nome muito jovem do qual eu já não me recordo. Ao folhear o bicho reparei que havia lá um pequena entrevista dos Editors e, naturalmente, li-a. Dela tenho de salientar a última questão e a sua respectiva resposta - que servirá para descansar os mais cépticos (onde me incluo) sobre o que se tem dito em relação ao próximo álbum destes britânicos - a qual passo a transcrever na íntrega:

"O que podemos esperar nesse trabalho?
Tom Smith: Ainda é cedo para dizer. Temos dez temas ainda numa fase preliminar, gravei-os em casa com o meu piano; a guitarra acústica e o meu pequeno sintetizador, entreguei-os à banda. Vamos fazendo ensaios ao longo Verão. Tive várias ideias novas para lhes apresentar e estamos todos bastante entusiasmados, mas ainda é cedo para declarar seja o que for. Vamos ainda experimentar inserir mais sons electrónicos em algumas das músicas. Falámos dos Nine Inch Nails e de Depeche Mode, de como algumas das suas sonoridades criam uma sensação fria com os elementos electrónicos, mas não numa tendência dançante. Em algumas das músicas queremos criar um ambiente gélido e sombrio, mas mantendo-se puro e dinâmico. Seja como for, ainda é cedo, nós só terminaremos o próximo álbum em 2009 e ainda vamos pôr mãos à obra durante o próximo ano e criar novos temas, mas até agora está tudo bem encaminhado."

Acho que já há razões para não fazer grandes ondas em relação ao factor 'electrónico' do novo álbum...

Uma banda a sério no SBSR?


É verdade, os Depeche Mode estão confirmadíssimos para a edição do próximo ano deste festival, no Porto. Vá lá... tardou mas chegou.

sábado, outubro 04, 2008

André volta a voar


Não, não! Nada disso! Não é de mim que falo. Falo, sim, do senhor Andrew Bird que prepara um novo álbum para o início do próximo ano. A mais pura das verdades: o sucessor de Armchair Apocrypha (que eu não me dignei a ouvir e, por isso, evito comentar - mas digo que os anteriores álbuns dele são muito bons, na onda de uns Beatles inspirados e modernizados com muita pinta) sai no dia 27 de Janeira com o título Noble Beast.

E o seu alinhamento é...:
1. Oh No
2. Masterswarm
3. Fitz and the Dizzyspells 4. Effigy
5. Tenuousness
6. Nomenclature
7. Not a Robot, But a Ghost 8. Anonanimal
9. Natural Disaster 10. Confess
11. Souverian
12. On Ho!

sexta-feira, outubro 03, 2008

QUE MELÃO DO CACETE!

Não fazem mesmo ideia... se há alturas em que odeio estudar, esta foi A altura. Só de pensar que não vi Secret Chiefs 3, que vieram aqui mesmo ao pé... Com um escamartilhão empalhado!



O que eu não dava para ter uma maquininha do tempo...
(E aposto que o Tiago concorda inteiramente comigo.)

Ne'rmind the old site, welcome to the new

Drowned in Sound a festejar oito anos (acho eu) com pinta.

Nick Cave lança novo livro


Quase 20 anos após o "And the Ass Saw the Angel", de 1989, Nick Cave tem novo livro no prelo. "The Death of Bunny Munro", cujos direitos para todo o mundo foram adquiridos pela Canongate, deverá chegar às livrarias em Setembro do próximo ano.

Punk?

John Lydon num anúncio a uma manteiga... 

quarta-feira, outubro 01, 2008

Caribou ganham Mercury Prize

E para quem não percebe porquê aconselho vivamente que:

1 - Vejam um concerto deles
2 - Caso não consigam, vejam este vídeo

terça-feira, setembro 23, 2008

"Feels So Unnatural, Peter Gabriel Too"

Sim, os Vampire Weekend repetiram a letra do seu último single no seu novo single. Como se não bastasse repetirem fórmulas que os outros já gastaram nos anos 80, ainda se divertem a gastar a pouca originalidade que têm, pobres meninos.

Talvez se tivessem aprendido alguma coisa com o Gabriel em vez de gozarem com ele...

Sublinho só que o novo single é mais do mesmo.

Música Escrita #4

The Top 10 Parts of The Shape of Punk to Come

Para mim, esta é a maior obra do Hardcore (assinalo que não sou muito treinado neste mundo quanto isso, mas conheço a minha porção de coisas). Marco o género, foi um prazer destrutivo de procurar fazer algo do início - conseguiram. A Alarm Mag escolheu as dez melhores partes deste marco histórico e rasgo de genialidade dos suecos Refused; são dez escolhas decentes:

"Just prior to an acrimonious breakup, Swedish hardcore group Refused released its magnum opus, The Shape of Punk to Come: A Chimerical Bombination in 12 Bursts. It was as much an assault on capitalist philosophy as it was a striking stylistic evolution, and it did its best to advance hardcore in the way that its titular influence, Ornette Coleman’s The Shape of Jazz to Come, did with jazz.

Here are the album’s best moments, in (loose) chronological order"

Para complementar a boa leitura, aconselho vivamente a audição do álbum - algo que considero obrigatório.

segunda-feira, setembro 22, 2008

Música Escrita #3

Brendan Canning, um novo clip e um álbum novo de Broken Social Scene no Horizonte

Deixo-vos uma entrevista, interessante mas nada de extravagante, da Pitchfork com Brendan Canning, dos canadianos Broken Social Scene (que, recordo, deram um concerto e peras em Paredes de Coura). Em jeito de 'spoiler' posso dizer-vos que fala do próximo clip, dos próximos tempos de concerto e da forma como se vêem os álbuns e o estúdio, arranhando a possibilidade de um novo registo dos BSS - mas sem outros novidades, além desta.


Pitchfork: Is it true that "Churches Under the Stairs" was written during a "Juan's Basement" shoot for Pitchfork.tv last fall?

Brendan Canning: That was definitely the first time that it was played. It's a bass line I had, and we were doing the Pitchfork thing, so yeah, that was essentially the first time I busted it out and Kevin [Drew] said, "Hey, here's a vocal idea I have," and as soon as we got off that tour, I was still working on my record.

Pitchfork: So the idea occurred to you at that shoot?

BC: You know what, I had the idea in a sound check. Then we were looking for a jam, [and I was] like, "Well here's something easy. Here's a bass line that everyone can understand quickly, and it's got a good hook." Yeah, that was the first time I busted it out.

Pitchfork: Did it come together pretty quickly after that?

BC: You know what, it didn't. It wasn't recorded with that same band lineup in the studio, just because I was trying to finish a record, trying to wrangle up Broken Social Scene. Like, [guitarist] Jimmy Shaw from Metric was in on that jam. You know, it wasn't even Justin [Peroff] playing the drums in the Pitchfork thing because he wasn't even there that day. It was actually our front-of-house sound engineer Marty Kinack. So he's in the video, even though he actually doesn't play on the recorded track.

Pitchfork: In the official video for the song, you mean, not the "Juan's Basement" video?

BC: Yeah, the video is me, Justin, Kevin, Sammy [Goldberg], and Marty.

Pitchfork: From the stills, the video looks like it's sort of a "dueling bands" thing?

BC: Yeah. Kevin's got one band on one side, and I've got the other band on one side. You know, the video is still getting flushed out. It was an idea that my friend Jamie Dagg had for the song, and he actually used the song in his short film [Sunday --Ed.] that just premiered at the Toronto Film Festival. It's about a guy who eventually self-combusts. He starts to realize slowly throughout the film, catching fire here and there.

Pitchfork: How did you and Kevin pick your bands for the "Churches Under the Stairs" video? Was it like kickball, with you each getting to pick one guy at a time?

BC: Ah, no. It's the same band on either side, just different outfits. But there were 90 people that came out for the video that day. George Vale directed it, my former roommate, who has worked on lots of videos under the Experimental Parachute Moment moniker. That's the video team.

But you know, it's kind of cool that the birthplace of the song definitely was "Juan's Basement". I had come back [home], and Kevin came up to the studio one night and was like, "Oh, this song." I just was like, "Well, fuck, let's just start recording it," and then I added some guitars on it and he showed up [and said], "Yeah, all right, I'll just lay down some vocals."

Pitchfork: Do you know what the lineup on the upcoming Broken Social Scene tour is going to be?

BC: As far as who is in the band? Yeah, it's Kevin, myself, Justin, Charles [Spearin], Andrew [Whiteman], Sam Goldberg, Leon Kingstone, and we got Liz Powell from Land of Talk because they're the support act on the tour, so she's kind of handling the female vox. She's great.

Pitchfork: When you guys play live, does it feel different to play the songs from your and Kevin's solo records, or do they feel like Broken Social Scene songs?

BC: No, they sound like-- they're not a huge departure from what the band sounds like, and we're not going out and playing 12 songs from my record. We're going out and playing five or six tunes from my record and a whole handful of tunes from Kevin's record and some old Broken Social Scene favorites. We're going to put together a different program than when we were touring this summer on the festival [circuit], different shows than we had all summer long.

Pitchfork: I'm not sure when it started, maybe between You Forgot It in People and the self-titled record, but people used to paint Broken Social Scene as this bunch of studio geeks and perfectionists who took a long time to release records. You guys have been more prolific recently, and it seems like that's because of these solo records, like everyone can say, "Hand this one off to Kevin. Hand this one off to Brendan."

BC: Yeah, I feel like we spent too much time in the studio, sort of tweaking.

Pitchfork: On the solo records?

BC: Yeah, and on records in general. We're all guilty of that.

Pitchfork: Still, it seems like it's been easier for you all to release records at a consistent clip. Handing over leader duties for one at a time seems to make it that way.

BC: I think it's just kind of necessary-- just to understand yourself a little bit more. Whether I'm learning about myself making my record or Kevin is [while] making his record, [it's about] finding out about your strengths and your weaknesses, being happy to collaborate with your bandmates again, and [being] thankful for them rather than resenting each other, which will ultimately lead to the demise of any band.

Pitchfork: Do you feel any more ownership over the songs on your record than you do on full group songs?

BC: It's different, because it's got my name featured prominently on the album [laughs]. Yeah. They're slightly more my creations or my directive than most of the times with Broken Social Scene records. I'm really happy the way the collaboration went down. It's all relatively personal music at the end of the day.

Pitchfork: What's next? Do you have anything else going on?

BC: Maybe another Broken Social Scene record.

Pitchfork: Any details you care to share about that?

BC: Not right now, no. If I had some, I would share them, but, like I said, we're just trying to put another show together for a fall tour.

Pitchfork: Are people going to hear the new songs on the tour?

BC: Yeah, I think we could at least throw in two or three. We have some songs that aren't recorded, and whether they make a record or not is anyone's guess. You never really know 'til you sit down, start writing, kind of figure out what shape and size the record is going to come in.

Pitchfork: Do you guys have definite plans to write? Do you write in collaboration?

BC: Sometimes, yeah.

Pitchfork: Have you made those plans?

BC: Tentatively. December, maybe? That being said, come December, we might all need a break. It hasn't been full-on this year, but we've been on the road since February. We've had time off here and there, but no long lengths of time away from each other. It's been pretty steady. But it's been a good year.

Pitchfork: Is there anything else you want to get off your chest that we didn't cover?

BC: [Laughs] No, no I think that I'm good. I just got off another video shoot for another song, so I'm a little tired.

Pitchfork: Which song is that?

BC: "Love Is New". That's the next one coming down the pipe...so everyone's sick of music videos. We just keep making them.

Pitchfork: Apparently not you!

BC: No, no! I'm having fun.


Assinalo só que o álbum deste senhor está muito BSS, ou seja, muito porreiro e curtido.

Não sou grande fã do novo álbum de TV On The Radio

Ainda não o ouvi com toda a atenção do mundo. Isto é só uma primeira impressão. Gosto mais dos anteriores...

Mas a "Golden Age" tem 'feeling'.

Baterista de Mogwai e um problema cardíaco

Já que estamos numa destes acidentes menos bons, adianto que o baterista de Mogwai, Martin Bulloch, foi hospitalizado por causa do seu problema de coração, o que levou ao cancelamento da actual tour dos escoceses pela América e à colocação de um gigantesco ponto de interrogação na próxima tour europeia.

Acontece que o pacemaker deste senhor tem dado alguns problemas e ele foi recambiado para casa para tratar disso (acho muito bem que o faça!) - obviamente, depois de ter sido hospitalizado. Este será um Pacemaker que os Mogwai não vão vender no eBay - já venderam os anteriores dois de Bulloch para que os resultados da venda revertessem para uma associação de cardiologia escocesa. Bons tipos.

Aproveito para sublinhar esta grande Batcat:



Principalmente esta interpretação animada da música:

domingo, setembro 21, 2008

Travis Barker Gravemente Ferido

Travis Barker - baterista dos Blink 182 e dos +44 - esteve envolvido num grava acidente de aviação e encontra-se gravemente ferido, nomeadamente com queimaduras de 2º e 3º grau. Nunca fui apreciador quer dos Blink, quer dos +44, e não tenho simpatia pela figura em questão. Por várias razões. Mas há coisas que faz com a bateria que mereciam ser mais exploradas e que até chegam a meter medo.

A recuperação vai ser, certamente, demorada. Que regresse.

Como é bom NÃO ser criança

Quem não inveja aquela inocência livre de problemas e preocupações que só os rebentos de ser humano? Por uma vez, eu não.

Hoje madruguei. Tinha de fazer algo que precedia a continuação do meu sono reparador e, portanto, depois de acabar as coisas todas e antes de adormecer, isto é, naquele tempo morto em que ligamos a televisão para ficar com sono, deparei-me com coisas nada bonitas:

A música que as nossas crianças ouvem. É triste saber que os programas de televisão para elas já nem se preocupam muito com pedagogia. É verdade, eu perdi tempo a ver aquela coisa da Floribela que já não é Floribela e garanto-vos que algo está mal ali. Não só as músicas não ensinam nada (as letras são terríveis, a falar de "sonhar não é proibido" e "como a borboleta abrir as asas e voar"), pois as coreografias são erradas para rebentos que ainda não têm consciência da sua sexualidade.
O grande problema disto é que estas bestas ainda editam CDs e depois os pais compram para os filhotes. Eu sei que com 7 anos ir para a escola a cantar Moonspell é capaz de ser prematuro (sempre fui prematuro, é verdade... ainda hoje acho muita piada à Opium), mas não é bonito saber que as músicas que as crianças andam a cantar agora são encabeçadas por uma miúda cheia de silicone com um decote gigantesco e que são claramente inadequadas para a sua idade. Será que ninguém percebe que a música que a rapariga faz não é para crianças? Querem insistir e fazê-la tocá-las num programa para menores só porque não lhe querem dar uma visibilidade séria? Acham que as crianças são o futuro da música de caca? Qual é o filme desta gente?!

Hoje tive aquela sensação de que ia odiar ser criança nestes dias em que a música mediática não faz sentido nenhum. Depois adormeci.