quinta-feira, janeiro 24, 2008

Música de Intervenção?

Portugal é um país onde despontaram grande nomes daquilo a que se convencionou chamar de música de intervenção. Nomes como Zeca Afonso ou José Mario Branco vão ser sempre lembrados - embora não só - desta forma. Nunca pondo em causa a sua qualidade musical (que é, em muitos dos casos, superior), é pela mensagem que a maioria das pessoas reconhece este autores.

Hoje em dia, no nosso país, despontam nomes que são apontados como uma nova geração de intervenção. A sua música é diferente. Maioritariamente hip-hop. E é disso que quero falar aqui. Aproveitando esta catalogação, Valete fez uma "música de intervenção" sobre...futebol. Sobre Paulo Bento. E insultuosa. Vejam por vocês mesmos:



Será este o caminho? Será isto a chamada nova geração de musicos de intervenção? Se for, estamos num mau caminho...

26 comentários:

André Forte disse...

vamos lá ver... não há uma definição certa para "música de intervenção", nem nada que especifica onde é que se faz a intervenção. e todos sabemos que o sporting precisa de uma intervenção... logo, não vejo mal nenhum nisso.

e falando a sério - mesmo que aquilo tenho muito de verdade - não há muita música de intervenção em portugal que diga algo de jeito, como dizia antes. é uma hábito que, mesmo dentro do hip-hop, se perdeu para o mainstream. há ainda o sam the kid, por exemplo, mas é preciso gostar do que ele diz (que é uma condicionante que, no meu caso, não abona a favor dele, mas coiso).
os vicious five, ainda que não se incluam directamente nisso, eu consigo inclui-los pelo que dizem nos concertos, nas letras e por atitudes como a que tomaram em relação ao álbum - isso é intervenção, combater estruturas opressoras.

e por aí fora...

António Pita disse...

Exacto, e não ponho isso em causa. Este post foi uma maneira rebuscada que encontrei de dizer que me rio muito quando os "especialistas" referem ESTE hip-hop como sendo música de intervenção, deixando para trás bandas como, e deste um óptimo exemplo, os Vicious Five.

Eduardo Negrão disse...

"baza correr c'o Paulo Bento..."

:D

Anónimo disse...

Isto não é música de intervenção.. na melhor das hipóteses chama-se beef. Não tem a ver com intervenção ou não... geralmente quando um Mc ou um Crew tem problemas...com outro/a... andam a facada.. :D e não só'... fazem batalhas de freestyle... ou fazem beef's..que são musicas a gozar/humilhar /manar recados chamem-lhe o que quiserem... depois obtém a resposta..neste caso Paulo Bento não é Mc... mas respondeu-lhe a letra..Quando disse que publicidade a custa dele e' que não..(no fim da faixa... valete faz publicidade... a uma mixatape que o Regula já tem à venda, e o lançamento de um álbum do Asagaia.
O Valete é bom Mc, tem algumas músicas que podemos claramente considerar de intervenção como o fim da ditadura, o anti-herói e serviço público... no entanto. Esta música perfila-se como um hino ao desespero...

Tiago Estêvão disse...

Epá, sim, Vicente pode ser um beef, mas para mim esta música personifica tudo o que desgosto no hip-hop. O hip-hop enquanto forma de expressão, aceito. Posso não gostar, mas respeito. Porém, quando se usa a música como arma de arremesso, como forma gratuita de insulto e quando se prende com banalidades de tal calibre, perde-se qualquer tipo de respeitabilidade que se pudesse auferir de outra forma.
O hip-hop, tal como todos os géneros musicais devem ser encarados como forma de expressão. Não se devem prestar a tais trivialidades. Para além do mais que coisa é esta? Fazer uso de uma métrica manhosa, rimar "pó" com "djaló", vir fazer discurso de treinador de bancada para a praça publica... É graças a seres como estes que acaba por se conotar o hip-hop com acefalia profunda. E pessoas como tu, Vicente, deviam ser os primeiros a insurgir-se contra este tal de Valete.

(para além do mais este mc é o único que conheço que pode ser associado à prática da sueca, o que, só por si, me deixa inebriado. Eu só espero que ele não tenha escolhido o nome de guerra de "Valete" por ser o que está acima da dama)

António Pita disse...

E outro fenómeno que me deixa intrigado. Eu até acho que há bom hip-hop. Mas cá em Portugal...[movimento da cabeça à la Scolari]

Anónimo disse...

A métrica manhosa de que falas 'e uma realidade no beef. Critico Valete porque fez um beef, contra alguém que não pertence ao meio, mas não o posso criticar se ele fizer contra um mc. Porque isso seria desvirtuar uma cultura que já vem de trás. (era como acabar com as praxes.). O Valete teve mal, sendo sportinguista e apreciador de hip hop, acho que o Valete teve pessimamente.
No entanto também te digo que se quiseres ouvir bom hip hop português ouve de 2005 para baixo..anos 90 sobretudo... porque o fenómeno morangos com açucar aka merda conseguiu (com a ajudinha da merdosa radio cidade) banalizar o hip hop e transforma-lo em música pré-mediocra .

Anónimo disse...

e eu curto jogar à sueca :P

Tiago Estêvão disse...

Epá, não entremos pela questão das tradições e da praxe, Vicente. O hábito não foi nem nunca será argumento válido. Não esqueçamos que todas as tradições são inventadas. E que, se por um lado, podem ser consideradas importantes para uma sociedade, por outro, devem ser devidamente questionadas. Será a questionação destas um desvirtuar de uma cultura?

Acho que ficamos num impasse.

Abraço

Anónimo disse...

A tradiçao corresponde a um habito..e todo hábito tece em torno de nós uma teia de grande solidez...

e nao deixando de citar o meu ilustro
Friedrich Nietzsche..

''Não foi a luta de opiniões que tornou a história tão violenta, mas a luta da fé nas opiniões, isto é, nas convicções.''

Abraço :D

Tiago Estêvão disse...

Epá, há é que não confundir argumento com ataque pessoal. O que vês nas beefs são trocas de insultos. Pegando na Filosofia, tal é descrita como uma falácia informal verbal, mais propriamente um argumento ad hominem. A maior parte das vezes não são os argumentos que são postos em cheque por uma argumentação decente, mas sim procura-se ridicularizar o indivíduo em questão e, consequentemente, desvalorizar o que ele diz.

Quanto às teis e os hábitos só tenho uma pergunta: essa teia não será o pensamento acrítico, que nos enreda e aprisiona?

Anónimo disse...

não me parece... pois o pensamento acrítico como tu o chamas é quase igual a uma noção para 'empty organism', que tenh a certeza que vais ter um prazer no segundo semestre..em sociologia da comunicação.ás vezes não é algo optativo apenas uma cedência inata. Não te esqueças, para ser bom, um argumento deve ter as premissas menos discutíveis que a conclusão, e a maioria quer queiramos quer não essa é uma realidade a que não podemos fugir.

vou jantar

Tiago Estêvão disse...

Repara, Vicente, a partir do momento em que as tradições não são questionadas por serem algo a que estamos acostumados, algo está mal. Não digo que elas não sejam importantes para a construção de uma identidade, mas aceitá-las todas só porque é hábito é algo que vejo como um comportamento no mínimo acritico.

Quanto ao facto de eles não se basearem na argumentação mas no insulto, podes dizer muita coisa, mas não contrarias nada do que eu disse. É uma cedência inata... come on. A música é algo trabalhado. Ela é pensada. Isso faria sentido e seria justificável se fosse fruto de algo do momento. Se fosse uma battle, por exemplo.

(já agora, e falar de música?)

Abraço

António Pita disse...

Vocês já se estão a perder em demagogias em em discussões meramente teóricas e ideológicas. E acho que vão ficar na partida. Este post tinha várias intenções. O primeiro era criticar a infeliz acção do Valete. A segunda era questionar as pessoas que dizem que estes senhores são os novos críticos do sistema e os novos intervencionistas. Isto não é uma regra geral. Vai caso a caso. Em terceiro lugar mostrar que não percebo nada de hip-hop, apenas que não acho o português tão bom como o americano, por exemplo. Mas lá está, não conheço o hip-hop underground português, o tal hip-hop de 2005 para trás, década de 90.

Mas gerei uma discussão catita, já foi bom.

André Forte disse...

As tradições, mesmo que representações rituais, existem e são formas que culturas têm de se identificar. O Valete falhou nisso, como disse o Vicente, ao fazer um beef a quem não pode responder. O hip hop vive muito desta dinâmica de "insultos improvisados" mas que podemos, muito bem, observar enquanto construtivos.

Vejamos, há estudos feitos em frança que retratam, precisamente, aquela realidade "8 mile" em que se junta uma multidão para observar os insultos ritmados de duas pessoas. A questão aqui levantada era em relação ao tipo de relação que havia entre pessoas que praticavam violência verbal como rito cultural. E, depois de terminado o rito (quando falo em rito... é tão ritual quanto eu escrever aqui, neste momento, pois venho cá todos os dias com uma intenção) eles davam-se bem, conviviam de forma saudável.

Quanto ao Hip Hop... tenho de admitir que sou mais uma pessoa de Rap, mas de vez em quando também me meto nessas coisas :P E confirmo que antes de 2005 (talvez não de forma tão redonda) havia hip hop bom em portugal. Relembro o álbum, que para mim se pode considerar uma "obra", tanto a nível de produção como lírico, "Microlandeses" dos Micro. Há mais exemplos, claro, e eu cresci a ouvir deles com qualidade - como são os primeiros dois álbuns de Mind da Gap. Apesar de nunca ter ouvido Valete muito intensamente, sei que é um tipo consciente e que tem músicas com letras claramente intervencionistas - as quais me sinto incapaz de nomear, mas gosto de acreditar que o Vicente acertou nelas. Esta pode ter sido um falhanço, mas nem todo o músico é perfeito. Não tento, sequer, atenuar a coisa, porque sou muito crítico em relação a esta situação e acho que o Valete falhou claramente.

No entanto continuo a preferir o hip hop original, dos estados unidos. Não estou a denegrir o hip hop português, e reconheço a dificuldade em escrever letras em português (pela complexidade da lingua) e respeito quem o faz. Mas há que reconhecer que é uma importação, não é algo natural e, neste momento, acho que há alguma dificuldade em adaptar essa realidade à nossa - mesmo que não se tenha sentido antes.
Para quem quiser, aconselho a ouvir o "Blazing Arrow" dos Blackalicious, que é das melhores coisinhas que já se fez.

Tiago Estêvão disse...

Sim, também já tive a minha fase em que ouvia hip-hop português. Os Mind da Gap foram de facto os grandes responsáveis, principalmente devido ao "A Verdade". Quanto aos Micro é engraçado ver como, entretanto, o Sagas conseguiu descer tanto no nível da sua produção, mas pronto, também foram bons momentos de hip-hop português.

Por acaso tenho pena de nunca ter ouvido o Rapública. Sendo a primeira compilação de hip-hop português teria o seu interesse.(Se alguém o tiver que diga qualquer coisa)

Diogo Duarte disse...

Não tenho nada contra o que o Valete fez. Independentemente de ter músicas boas, mesmo a nível lírico, já tinha percebido que temos noções diferentes de intervenção. No entanto, isto é uma forma de intervenção, seja beef, bitoque ou frango com batatas (o alvo é que não é de facto o melhor, e a musica então é tão má que até me dá arrepios). Quando se fala de um político numa letra também não se espera que ele responda: é uma figura pública, e
sabe que nessa condição terá sempre imensa gente a falar dele a quem não poderá responder.
De qualquer forma, falaram tanto de hip-hop como musica de intervenção (o que não é na sua maioria, embora seja indiscutível que tem uma componente de crítica social, seja ela pobrezinha ou até interessante), e acabaram por não mencionar alguém que está no topo nesse aspecto, bastante activo para lá do meio musical (para além de ter muito boa musica!): Chullage.

Sobre os Vicious Five, acho que o Valete até podia fazer uma música sobre o plantel inteiro do Sporting que continuava a ser mais musico de intervenção do que os Vicious Five, que empacotam um conjunto de ideias da "revolução pela revolução" e as "pregam" de forma puramente abstracta. Aliás, é pura masturbação, já que os próprios nem têm interesse em divulgá-las ou sequer de viver de acordo com elas. Isto não é uma crítica, é uma constatação.

André Forte disse...

É um bom ponto. Acabaste por dizer aquilo que eu, em tom mais ou menos a brincar, disse no primeiro comment.

Quanto aos Vicious Five, pode-se dizer que, realmente, por ser algo tão vago é menos intervencionista que Valete, mas acho que, em certas situações, eles apelam a pequenas coisas que podem fazer alguma diferença e para as quais é mais fácil chamar a atenção.

Chullage... teria de ouvir. Conheço muito pouco.

António Pita disse...

Bom, isto agora começamos a afundar um bocadinho mais e começamos a ver a "careca intelectual" aqui do pessoal. Não sou um tipo preconceituoso, e não digo isto por o Diogo ouvir hip-hop. Eu ouço (embora não seja o que goste mais) e tenho bons amigos e colegas que ouvem e tenho o maior respeito por isso. Assim como qualquer música. Antes ouvir alguma coisa do que não ouvir nada. Assim como ler. Antes ler Carolina Salgado do que não ler. Mas bom, a tal "careca" é esta. Há aqui alguma falta de informação, ou, se quisermos, estudo. Isto tudo que falamos aqui, música, é um processo cultural. É uma construção cultural. Que não deve ser tirado à letra. Exemplo mais concreto: um escritor que escreva livros sombrios, pesados, "a vida é uma merda", pode não ser uma pessoa assim. Ou pode ser. Não interessa. Os humoristas não estão sempre a rir e a contar piadas. O Marylin Mason não anda sempre naquela figura na rua. Os Vicious Five cantam aqueles principios. Não cumprem. Ok, pronto, é a decisão deles. É hipócrita? Hmm, nem por isso, porque a imagem artística deles é sempre a mesma. E um artista são sempre dois. A pessoa e o artista.

Só umas ideias gerais...

André Forte disse...

touché!

Diogo Duarte disse...

Acho que não percebeste nada do meu post. Eu não disse, nem tão pouco acho, que os Vicious Five são hipócritas. Se formos por essa lógica então considero mais facilmente o Valete hipócrita, pois os Vicious Five não são nem querem ser de intervenção, e o Valete considera-se músico de intervenção e tem atitudes aparentemente contraditórias com o seu epíteto. De qualquer forma, não oiço hip-hop, apesar de apreciar algumas coisas, e prefiro mil vezes Vicious Five a Valete, portanto, não estava a defender estilos musicais.
Sobre a música ser um processo cultural, acho que se entrarmos por esse tipo de relativismo fica cada um a falar para o seu lado e “tudo vale”. Até porque na realidade, tudo é um processo cultural. O que não implica que se por exemplo falarmos de questões sociais profundas, que é algo inerente a esse rótulo de “artista de intervenção, a ética tenha que ser relativista como a cultura, apenas porque é determinada ou mediada por esse tal processo. Certamente que um artista cria a sua imagem ideal, procura transformar-se de certa forma num produto que atraia os “consumidores”, assim como, por outro lado, a sua imagem também é socialmente construída, ou seja às vezes as pessoas vêm-na da forma contrária à desejada pelo próprio. No entanto, nem por isso temos que aceitar como válido ou não hipócrita que um músico que se diga defensor dos animais pontapeie um cão porque este lhe mijou na roda do carro, porque afinal a “vida artística” e a “vida quotidiana” são diferentes. Percebes a lógica? Dá pano para mangas.
Seja como for, neste caso concreto, do Valete e dos Vicious Five, eu pelo menos posso garantir que não estamos a falar de entidades com identidades separadas e artisticamente "inventadas", pois garanto-te que o que eles são em palco, são-no também, numa certa medida, fora do palco.

André Forte disse...

touché-back

António Pita disse...

Sobre o primeiro parágrafo estamos de acordo.
Sobre o resto, bom, também, em certa medida. Mas essa imagem que se cria é errada, der por onde der. Um exemplo: sou enorme fã dos The Mars Volta, e acredito mesmo que eles façam aquilo que dizem e que "pregam". Mas tenho algum receio de os conhecer pessoalmente e de me desiludir. Desilusão essa que seria sempre relativa, mas pronto. É uma expectativa errada essa que temos sobre os artistas. Expectativa, atenção. Acontece no Brasil actores de novelas serem sovados na rua, só porque são os maus da fita.
Mas compreendo perfeitamente essa visão, que é aliás muitas vezes a minha. Mas às vezes água na fervura é bom para ambas as partes.

Anónimo disse...

a maior parte de voces que opinam aqui nem aconpanham o hip hop nem sabem muito bem o que é... dizem que sabem, poem e despoem...

meus amigos Hip Hop é Liberdade.(ponto final)

o Valete como bom Mc que é, só se limitou a fazer o que quis fazer e pronto.

"parece que cá em portugal ninguem pode sair da linha..."

cambada de alinhados

André Forte disse...

Mas... toda a música é liberdade. Aliás, é isso que a caracteriza enquanto arte. E repara que nós aqui não opinámos sobre o Hip Hop em si, mas sobre a atitude do Valete enquanto músico de intervenção, e isso são dois patamares completamente distintos.

Naturalmente que o Valete, como bom Mestre de Cerimónias, tem todo o direito de usar da sua liberdade para opinar em relação ao que bem lhe apetecer.
A grande questão que aqui surgiu foi mesmo em relação ao facto de podermos ou não considerar esta música de Valete como sendo de intervenção. E repara que se para ele aquilo foi intervir, eu considero que foi um acto perfeitamente infrutífero, já que não vai nutrir resultado algum. Aliás, acho que há situações em Portugal a exigirem um pouco menos de 'alinhamento', e aí estamos de acordo: há que sair da linha.

Se leres com mais atenção mais alguns textos, vês que aqui somos pouco alinhados e se calhar muito menos convencionais que o Valete. Provavelmente temos é outro tipo de preocupações e consideramos importante que se faça intervenção a outros níveis.

E agora falo a nível pessoal: Eu acompanho o Hip Hop, só que desmarco-me da cena portuguesa. Não é que lhe tire qualidade, e já disse isto em cima, simplesmente tenho como exemplo artistas como Blackalicious, The Roots, Roots Manuva, Mos Def e Mobb Deep, algo que me faz perder a vontade de ouvir o que se faz cá, pois sei que dentro do género não me desperta tanto interesse. E é realmente caricato, isto, pois eu sei que cá tenta não se fazer como se faz nos EUA; de qualquer forma, o que salta à vista são fenómenos como 50cent e Eminem, que são mesmo coisas sem interesse e acho muito bem que os Mcs portugueses tentem diferenciar-se disso.

António Pita disse...

Bom, aqui a questão, como já mencionou o André, é a do post ser em torno da problemática de ser ou não ser de intervenção. Aí é que reside o ponto essencial do meu post.

Outra questão. Liberdade não é fazer o que se quer. Eu matar alguém não é liberdade. Um exemplo hiperbólico mas que se aplica.

Acho que aqui no blog todos já saímos, pelo menos uma vez, da linha. Mas bom quem sou eu para dizer o que é a linha...

Quanto à cambada de alinhados, nunca fui muito de insultos. A violência, já se viu, não é o caminho. Tanto a física como a verbal. Ainda por cima quando é uma guerrilha, que neste caso é o escudo do anonimato.

Espero que continues a ler e a comentar (de preferência assinado). Nós por cá vamos tentar mudar a tua opinião.