Ainda é um EP, apenas uma amostra, a primeira, do que este duo é capaz. E devo dizer que é uma amostra de muito boa qualidade. Pela primeira música divulgada no Myspace dos One Day As A Lion percebemos imediatamente que De La Rocha não estava disposto a prescindir da sua faceta interventiva; é essa mesma "Wild International" que abre o EP homónimo da banda e esclarece que o objectivo é claro - ainda há muito para dizer, muitos motins par provocar, muitos problemas a mudar, muita diferença a fazer. Sobre esta questão, que não restem dúvidas. Sobre a eficácia? Não parece haver espaço para elas: a voz de Zach continua provocativa - ainda que ele cante mais -, os seus teclados estão enervantes e as baterias de Jon Theodore são no mínimo perfeitas para toda a envolvência, umas vezes mais complexas, outras vezes simples para manter todo o feeling.
Deste EP há uma música que merece um claro destaque, pela musicalidade, pela força, pela complexidade. "Last Letter" começa com baterias carregadas de contra-tempos que esperam pela entrada da melodia e da voz contagiantes, às quais não se consegue ficar indiferente. Ao início parece-se apenas mais uma música de um bom EP, mas, ouvindo a bateria com toda a atenção, vemos que se trata de alguém que come o pequeno-almoço de faca e garfo, reparando na força com que a música nos arrasta, percebemos que não resultou de uma simples tentativa de fazer outra faixa. "Last Letter" é, certamente, a música que menos lugar para indiferenças deixa, que mais parece deflagrar um incêndio dentro de nós.
É somente um EP, o primeiro, por isso vou guardar as mais arrojadas para a altura do lançamento do álbum. Mas algo é possível de assegurar: este é um bom começo para uma banda que correspondeu às expectativas - até agora. Vejamos como fará o duo de ora em diante.
6 comentários:
Não sei porquê, mas não puxou por mim. O intervencionismo está lá, sim senhor, mas não consigo explicar. Não gostei muito.
não és o primeiro que vejo dizer isso :)
eu gostei, como se pode ver. mas uma vez mais, estou à espera do álbum para poder consumar opiniões.
Concordo com o Luís, dá sono.
então sou eu que gosto de coisas chatas ^^
O senhor Zack precisava de um novo emprego, já que os zilhões de dólares do RATM estavam acabando. Ou seja, tudo pela grana, ficou anos dizendo que iria lançar e nada, agora em plena turne que eles (RATM) estão fazendo, e olha que disseram que não a fariam, ou seja, nada como uma bela data para lançar um EP???? que horror! Será que o RATM vai fazer algum show lá no IRAQUE, ou quem sabe lá no Haiti, ou na Georgia??????
Hoje em dia fazer protesto, ou se dizer que faz dá muita grana, e põem grana nisso.
Belo blog!!!!!
Salut Compas
também não vamos desejar um emprego ao rapaz, que não é preciso tanto :D
mas sim, foi oportuno o regresso de RATM e a edição deste EP. eu, pessoalmente (e falo como fã de RATM),percebi que estava qualquer coisa mal neste regresso. ou estavam a ficar com pouco dinheiro ou precisavam de promover alguma coisa. e o zack aproveitou, pois claro... não é de estranhar, é marketing bem feito ^^
obrigado pelo comentário :)
volta sempre ;)
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