É possível que o blogue não seja imediatamente actualizado, visto que depois de Paredes de Coura vai toda a gente dispersar com um belo repouso como fim. Os possíveis serão feitos. É, também, possível que se façam várias reviews desse tal de festival, pois, garantidamente, ninguém da bela equipa de mergulhadores viu exactamente os mesmo concertos que os restantes membros.
No entanto não posso deixar de adiantar algumas coisas, muito categoricamente e sem grandes avarias, ainda que haja muito espaço para a polémica - tão natural em afirmações curtas.
Paredes de Coura
Melhores concertos - algo no género "Uau!!!": Caribou, Thievery Corporation (algo que me atrevo a considerar quase unânime).
Concertos bons: Editors, dEUS, X-Wife (estes últimos num nível mais abaixo que os outros dois, certamente).
Boas surpresas: The Mae Shi foi A Surpresa, acompanhados por uma actuação extremamente simpática dos Ra Ra Riot e por outra de umas felicíssimas Au Revoir Simone.
Desilusões: o concerto de Mars Volta ficou muito aquém daquilo que eles tão naturalmente fazem (não foi um mau concerto, foi simplesmente pior do que já vi deles e muito curto), e o Tributo a Joy Division foi uma alegre tentativa de lembrar a toda a gente que os britânicos existiram, como se os filmes todos que por aí andam não chegassem, e não passou de uma fraca adaptação de todo o 'hype' à cena portuguesa (por ter tocado em pontos tão sensíveis de uma banda tão frágil quanto a de Ian Curtis da pior maneira possível).
Numa onda de "rumores", o terceiro dia do festival sofreu uma valente reviravolta, daquelas mesmo de pôr muita gente doida: porque os Mars Volta tinham de estar no dia seguinte em Los Angeles o concerto deles foi antecipado para o início da noite. Mas aquilo que parecia um desafio incrível para as bandas que actuaram a seguir a Mars Volta acabou por se verificar como algo perfeitamente dentro das suas capacidades. A seguir aos norte-americanos, seguiram-se os belgas dEUS, ficando o fecho do palco principal nas mãos dos Wraygunn, que passaram a ocupar a posição de cabeças de cartaz. Ambos os concertos foram bons - o de dEUS tem o selo de garantia "André Forte" e o de Wraygunn vem com "Readers Digest Tiago Estêvão" visto eu não ter assistido ao concerto. Ficam as questões mais óbvias em relação a este aparato - tão óbvias que até vos deixo advinhá-las.
O concerto de Primal Scream não foi nada mau, também, mas como teve uma setlist manhosa (perdoem-me a expressão) a coisa não resultou tão bem quanto eu esperava. Sex Pistols foi histórico e mau. Lemonheads parece ter passado ao lado do festival todo. AH!, claro: as Au Revoir Simone são tão queridas e afáveis que se tornam irresistíveis.
A verdade é que este Paredes de Coura teve um organização de deixar muito santo nos limiares da loucura, com esta troca a meio do festival, muitos actuações canceladas e imensos problemas com os transportes. Adiante... Vou descansar, que bem mereço. Depois farei uma mais bonitinha para quem estiver interessado.
No entanto não posso deixar de adiantar algumas coisas, muito categoricamente e sem grandes avarias, ainda que haja muito espaço para a polémica - tão natural em afirmações curtas.
Paredes de Coura
Melhores concertos - algo no género "Uau!!!": Caribou, Thievery Corporation (algo que me atrevo a considerar quase unânime).
Concertos bons: Editors, dEUS, X-Wife (estes últimos num nível mais abaixo que os outros dois, certamente).
Boas surpresas: The Mae Shi foi A Surpresa, acompanhados por uma actuação extremamente simpática dos Ra Ra Riot e por outra de umas felicíssimas Au Revoir Simone.
Desilusões: o concerto de Mars Volta ficou muito aquém daquilo que eles tão naturalmente fazem (não foi um mau concerto, foi simplesmente pior do que já vi deles e muito curto), e o Tributo a Joy Division foi uma alegre tentativa de lembrar a toda a gente que os britânicos existiram, como se os filmes todos que por aí andam não chegassem, e não passou de uma fraca adaptação de todo o 'hype' à cena portuguesa (por ter tocado em pontos tão sensíveis de uma banda tão frágil quanto a de Ian Curtis da pior maneira possível).
Numa onda de "rumores", o terceiro dia do festival sofreu uma valente reviravolta, daquelas mesmo de pôr muita gente doida: porque os Mars Volta tinham de estar no dia seguinte em Los Angeles o concerto deles foi antecipado para o início da noite. Mas aquilo que parecia um desafio incrível para as bandas que actuaram a seguir a Mars Volta acabou por se verificar como algo perfeitamente dentro das suas capacidades. A seguir aos norte-americanos, seguiram-se os belgas dEUS, ficando o fecho do palco principal nas mãos dos Wraygunn, que passaram a ocupar a posição de cabeças de cartaz. Ambos os concertos foram bons - o de dEUS tem o selo de garantia "André Forte" e o de Wraygunn vem com "Readers Digest Tiago Estêvão" visto eu não ter assistido ao concerto. Ficam as questões mais óbvias em relação a este aparato - tão óbvias que até vos deixo advinhá-las.
O concerto de Primal Scream não foi nada mau, também, mas como teve uma setlist manhosa (perdoem-me a expressão) a coisa não resultou tão bem quanto eu esperava. Sex Pistols foi histórico e mau. Lemonheads parece ter passado ao lado do festival todo. AH!, claro: as Au Revoir Simone são tão queridas e afáveis que se tornam irresistíveis.
A verdade é que este Paredes de Coura teve um organização de deixar muito santo nos limiares da loucura, com esta troca a meio do festival, muitos actuações canceladas e imensos problemas com os transportes. Adiante... Vou descansar, que bem mereço. Depois farei uma mais bonitinha para quem estiver interessado.
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