domingo, abril 19, 2009

Xutos Políticos?

Quando há porrada e a polícia está envolvida talvez. A nova música daqueles que, na minha opinião, já deviam ter arrumado as botas e as palhetas é tão política quanto as músicas de Tara Perdida (que não o tentam ser, sublinhe-se). Isto se tivermos em conta a ingenuidade com que a letra está (mal) escrita. Pronto, é Xutos e Pontapés, têm de fazer qualquer coisinha e desta vez tentaram meter os dedos nas várias feridas que nos têm vindo a abrir pública e desavergonhadamente. Acho importante, a sério que acho, o esforço, apesar de o resultado final ser tão parco em qualidade.

Claro que é um esforço que perde todo o valor quando no fim se saem com um "eu quero acreditar que esta vai mudar" (destruído e adornado - só os Xutos para o conseguirem - com um mítico "espero vir a ter uma vida bem melhor" sem sequer darem espaço para digerir a frase anterior), que não é nada mais nada mesmo do que um "estou revoltado mas fico à espera que mudem isto porque senão fico chateado, apesar de não planear fazer mais nada em relação a isso". Mas admiro o tal esforço na mesma.

Fica aqui uma banda que lhes pode servir de exemplo para futuros investimentos na arte da política:


PS: e o melhor é que demorei uma boa meia-hora para escolher a música dos RATM para escolher aqui... Há muito por onde pegar, caramba!

4 comentários:

Tiago Estêvão disse...

Toda aquela música é de um refinamento fora de série. De uma subtileza equiparável à de um paquiderme

André Forte disse...

senhor paquiderme. dumbo.

Pajó disse...

Sim tiveram oportunidades históricas para fazer verdadeiro intervencionismo em momentos muito mais tenebrosos e acobardaram-se.

Oportunismo mediático e folclore.

Subscrevo na integra.

www.antixutos.blogspot.com

André Forte disse...

nunca faria um movimento anti-xutos (pobres coitados, andam a ganhar dinheiro o melhor que sabem - ficou provado o quanto sabem há muito tempo, apesar de o Zé Pedro se safar no que toca a gostar de música - o "problema" está em quem continua a ouvi-los, em quem teima em não procurar coisas novas), mas tu e eu temos um ódio em comum, Pajó. Olá, se temos.

:)

E podias mesmo começar um livro a dizer os nomes monossilábicos deles, tinha muita classe.