segunda-feira, abril 06, 2009

A Storm of Light, no Novo Espaço do Teatro Independente de Oeiras

Foi um concertaço, não me vou alongar muito.

Katabatic teve momentos muito bons, mas pecou por ser repetitivo e por estar muito preso ao género que querem explorar. Algo ali está a precisar de ser limado, mas assim que se descobrir o quê estou certo de que podem deixar uma marca importante.

Process of Guilt foi surpreendente. Se não fosse o facto de o vocalista estar sempre a gritar antes de começarem uma música, diria que as músicas estavam mesmo no ponto. Doom do bom, de riffs sujos, com momentos muito ambientais e muito peso.

A Storm of Light... bem, apenas digo que, além de uma presença incrível da banda em palco e da música que tocam, pesadíssima e simples, mas cheia de força e de uma intensidade arrebatadora, ainda tiveram os vídeos de Josh Graham a passar nas suas costas - e que vídeos, meus amigos, que vídeos!!! Não eram vídeos do género "vamos passar umas imagens enquanto tocamos, eram vídeos que valiam por si só, arte corrida, manipulada para estar no seu melhor! Arte! E a sincronia que tinha com a música, a intensidade de ambos juntos... Cacete! Valeu bem a pena!

Se não fosse a fumarada durante o concerto de Process of Guilt, diria que tinha sido uma noite perfeita. (vocês não fazem mesmo ideia daquilo que é não ver a banda em palco, com tanto fumo que estava dentro da sala). Foi mesmo bom, e no Porto não pode ter sido pior.

5 comentários:

oaktree disse...

Katabatic, não me manifesto, porque sou suspeita... Mas foi muito bom. :)
Process of Guilt não me enchem as medidas. Não vou aqui explanar os meus motivos, apenas notar dois pormenores incontestáveis e, quanto a mim, deveras incómodos: o excesso de fumo (que me valeu um valente ataque de alergia e ranhoca anexa) e o som absurdamente alto (que me valeu uma valente dor de cabeça).
A Storm of Light foi irrepreensível (grandioso, mesmo) em termos de execução instrumental e performance artística. Em termos de execução vocal, foi sofrível. Cheguei a pensar que pudesse ser só um delírio meu, mas no final do concerto era opinião consensual que o Josh Graham não tem voz. Valeram os samples de voz. Aquele da introdução foi arrepiantemente perturbador e aqueles femininos mais para o final (que eu suponho serem da voz da bela Julinha) eram deliciosos.
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André Forte disse...

sim, ele não tem voz. Mas quando grita a coisa é menos má :P

Katabatic acho que tiveram grandes momentos, mesmo. Só que a música tendia a ser repetitiva. Acho que assim que limarem algumas coisas, têm material para deixar uma grande marca na cena.

Process of Guilt confesso eu que foi o efeito surpresa. Quando os gajos se saíram com aquilo quando eu estava à espera de uma banda de Hardcore... E gosto daquele tipo de metal, o que ajuda à festa. Mas também precisam de repensar algumas coisas, principalmente o começarem todas as músicas com um grito. É algo parvo.

oaktree disse...

Eh pá, é que eu acho que nem quando ele grita se safa. Estava a debater essa questão com o Zé dos Katabatic no final do concerto, e ambos concluímos que a voz dele é demasiado aguda (vulgo, 'voz de gaja') e nem para o berro dá.

Por acaso não reparei nesse pormenor mimoso do berro no início das músicas dos PoG (confesso que, devido ao pouco interesse que o concerto suscitou em mim logo desde início, não prestei grande atenção ao desenrolar do dito. E note-se que também eu sou grande apreciadora 'dum-dum'), mas quando falaste nisso, achei-o bastante cómico-parvo.
Só reparei que o vocalista sofria do Síndrome do Berro À Mauzão, mas que, de repente, abichanava. Também achei esta situação bastante cómica.

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oaktree disse...

Esqueci-me de referir que "deixar uma grande marca na cena" é uma belíssima expressão! Vou apontar. :)
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André Forte disse...

é bela e vaga ^^

Mas não digo que o gajo de PoG gritasse sempre, mas no mínimo três vezes aconteceu. Eu cá me ria, mas como estava tão alto o som o pormenor ficou para mim.