domingo, abril 26, 2009

Sim, eu gosto de Genesis

Eu sempre tive um problema com quase toda a gente que gosta de música: os Genesis. Começo a falar de música com alguém, a conversa ganha uma dinâmica interessante até se falar em clássicos. Zeppelin, Doors, Beatles, Pink Floyd, Black Sabbath, Frank Zappa, vale tudo até eu dizer "Genesis, até 75, são uma daquelas bandas incontornáveis." É neste momento que os outros costumam ficar espantados e incrédulos. Fazem mesmo aquele ar de "este tipo gosta de Phil Collins?!" E é aqui que está a questão: odeio tanto o Phil Collins, enquanto cantautor, quanto qualquer pessoa 'decente'.

Em 1975, o Peter Gabriel, um senhor que nos últimos 10 anos definiu uma sonoridade brutal - isto para quem não gostar de toda a carreira a solo dele, que é brutal -, saiu dos Genesis, fazendo com que o Phil Collins deixasse a bateria para cantar. Isto não só ditou a morte dos Genesis enquanto banda de Rock Progressivo, como foi também o início do fim da carreira do Collins enquanto músico de culto. O Gabriel saiu dos Genesis logo depois de terem feito uma das obras-primas do Rock Progressivo: The Lamb Lies Down On Broadway. Saiu depois de terem esgotado a sonoridade da banda, parece-me; pois fez muito bem, que saiu em grande.

Bem, vou-vos dar um cheirinho daquilo de que gosto nos Genesis:








Sim, os primeiros dois têm algumas azeitices. No entanto, acho que é claro porque é que gosto dos tipos - não se esqueçam de balizar o espaço temporal, faz favor. Mas façam favor de não se precipitarem em ideias sobre eu gostar de Phil Collins.

4 comentários:

Tiago disse...

Eu também gosto de Genesis. :D
E gostar de Genesis não implica papar tudo deles, e como dizes e bem têm azeitices, como tantas bandas têm.
Já agora, o Phil Collins é um baterista do cacete.
Por outro lado, e enquanto papel de vocalista, Peter Gabriel>Phil Collins. E mesmo em trabalho a solo, o Gabriel leva uma enorme vantagem.
E dito isto, vou ouvir o Selling England By The Pound, que fiquei com vontade. :)

Tiago disse...

Já agora, André, és um tipo com quem dá gosto falar de música. :p

André Forte disse...

subscrevo tudo o que dizes quanto aos Genesis, Tiago. Phil Collins tocava muito bateria; o Gabriel era um vocalista brutal e dava uma cena teatral às músicas incontornável - algo que o Collins nunca conseguiu (sempre que o ouço/vejo a cantar a Carpet Crawlers doi-me o coração...). Já no trabalho a solo, eu cresci a ouvir Peter Gabriel, mas os últimos dois álbuns dele colocaram-no no meu top de músicos/compositores preferidos.

E sinto-me lisonjeado com tal observação. Felizmente as nossas "conversas" não são unilaterais ^^

Tiago disse...

Sim, ele tinha uma forma muito teatral de se manifestar, verdade. :)
O Phil mete pop a mais. Isso reflecte-se muito na sua maneira de trabalhar a solo.
O Gabriel é outro nível. E é o gajo que mete Robert Fripp, Tony Levin e afins a gravar com ele. :) Resumindo, sempre altos músicos.
Grande compositor, mesmo!

Hehe, com unilateralidade não se expande o conhecimento. :)