segunda-feira, julho 28, 2008

Death Metal para meninos


São mesmo os Eagles of Death Metal. Estão de volta, sim. Em Outubro um novo álbum vai andar por aí a chatear e a enervar os ouvidos de toda a gente, da melhor forma possível (obviamente). O novo Heart On da banda de Jesse “Boots Electric” Hughes e de Joshua “Babyduck” Homme será editado no dia 21 desse famoso mês.

domingo, julho 27, 2008

Eis as novidades:

Quase todo o clã Stage Diving parte amanhã para o Minho, sendo que alguns já lá estão. Alguns hão-de ir mais tarde, mas, salvo o erro, ninguém fica para actualizar o blogue. Não é negligência. A verdade é que trabalhamos para isto sempre que podemos, o que implica quase 365 dias por ano e 366 dias por ano bissexto. Não é fácil, por isso, desculpem-nos, estaremos de férias.

Macacadas à parte, quando for possível, o Stage Diving será actualizado - até porque eu vou estar por estes lados até terça-feira e se conseguir colocar aqui alguma coisa, 'zás'.

Paredes de Coura começou (não-oficialmente).

sábado, julho 26, 2008

Guilty Pleasure

Tenho de confessar algo: tenho uma paixão estranha por pedais de Loop usados com muita pinta. Paixão essa que começou quando me mostraram o mestre Jaco Pastorius a fazer uma jam sozinho, num concerto da Joni Mitchell, graças a um belo pedalzinho desses. Percussão, base melódica e harmónica, para depois improvisar por cima com toda a classe. E pronto, digamos que perante coisas assim eu fico parvinho da vida.

Há uns tempos descobri a senhora do vídeo em baixo a partir a tudo mais ou menos da mesma forma. Hoje lembrei-me disso e lá fui ver outra vez... Admitamos: 'ganda feeling!' Ou então admito eu sozinho, como quiserem.

KT Tunstall - Black Horse and The Cherry Tree


(Ah e - momento Blitz online - também reparei que, curiosamente, este refrão da KT Tunstall me lembra o daquela música da Amy Winehouse, com a diferença de que este tem um groove do caraças e é muito menos chato)

sexta-feira, julho 25, 2008

Isis em estúdio!


É verdade, a banda de Aaron Turner está de volta para gravar novas músicas. A única coisa que os Isis adiantaram, via Myspace, é que estão a trabalhar no duro neste quinto álbum. E posso garantir que há uma onda de nervoso a remexer destes lados... Venha o bicho!!!

Para quem quiser acompanhar a banda, há mais notícias: os 'side-projects' dos Isis estão a andar e bem. Zozobra, a banda do baterista Aaron Harris, já tem os álbuns prontinhos a serem editados; o novo projecto de Aaron Turner, senhor da Hydrahead, também está bem encaminhado, ainda que nome não tenha sido divigulgado, pois já se sabe que nos inícios de 2009 já há-de estar disponível.

Para mais informações dêem um saltinho aqui.

J.P. Simões na 2

Estreia amanhã as 19:30 o programa Quilómetro Zero (KM0), conjunto de 14 programas documentais de 25 minutos de duração sobre novas bandas portuguesas. As 39 bandas, seleccionadas pelo próprio J.P. Simões, Micael Espinha e José Luís Rei pretendem retratar diversos géneros musicais (da popular à experimental) e diferentes realidades geográficas.
Aqui fica o trailer do tão aguardado programa:


Trailer Km0 from quilometro.zero on Vimeo.

Como não podia deixar de ser o primeiro programa começa em Coimbra, terra natal do músico (quão desprestigioso seria chamar-lhe apresentador). As bandas apresentadas serão as seguintes:
Man & Bellas, The Guys From the Caravan, Anaquim, Peixe : Avião, Smix Smox Smux, Monstro Mau, La La La Ressonance, Nikouala, Gnomon, MadMan Underground, The Clits, Canal 0, Kromo di Ghuetto, Zieben, Kumpania Algazarra, Carlos Peninha, Fadomorse, Montecalvo 146, Peltzer, Waste Disposal Machine, U-Clic, Stowaways, Cenáculo, PZ, Gueixa, Cacique 97, München, Dr.Estranho Amor, Projecto Fuga, Oxalá, João Frade, JazzTaParta, Nanook, 2008, The Weatherman, Mimical Kix, Norberto Lobo, Lobster e Mikado Lab.

segunda-feira, julho 21, 2008

As emissoras de rádio prefiguram na TV

Novo álbum de TV On The Radio já tem nome e data de lançamento


O sucessor do grande Return to Cookie Mountain (2006) já tem edição agendada para Setembro, mais precisamente para o 22º dia desse bendito mês (que já conta com os novos dois trabalhos de Mogwai na lista de bichos novos), sob o nome Dear Science.

Querida ciência, queridos TV On The Radio, estamos todos ansiosos pelo terceiro álbum da banda!

The Sounds em Paredes

Está confirmado. The Sounds actuam em Paredes de Coura dia 1 de Agosto, em substituição dos The Long Blondes

sábado, julho 19, 2008

China proibe actuações de artistas "que violem a política religiosa ou as normas culturais"

Concerto de Björk em Shangai no epicentro da controvérsia

No seu último concerto em Shangai Björk aproveitou a sua "Declare Independence", do novo registo Volta, para preceder com um "Tibet" os versos "raise your flag, higher, higher". A atitude revoltou os reponsáveis do regime chinês, tendo levado o Ministério da Cultura a declarar no seu site oficial que não serão admitidos quaisquer grupos artísticos ou indivíduos que estejam envolvidos em actividades que ameacem a soberania nacional.
O regime que tem sido duramente criticado pelo "genocídio cultural" levado a cabo no Tibete recebe este ano os Jogos Olímpicos.

Em baixo o vídeo do momento do concerto que despoletou toda a situação:

Dois gigantes à mesma hora

Lou Reed

Leonard Cohen

Leonard Cohen no Passeio Marítimo de Algés, Lou Reed no Campo Pequeno. Dois gigantes da música em simultâneo, separados por poucos quilómetros.

sexta-feira, julho 18, 2008

Native Korean Rock & The Fishnets


Ou, para os amigos, somente Native Korean Rock. Qual a relevância que tem? Diria que o simples facto de contar com a presença da senhora mais orgásmica dos últimos anos da música "alternativa mediática", isto é, Karen O.

Sim, é verdade. Karen O regressa, depois de um grande (graaaaaaaaaaaaaande mesmo) Is Is EP, mas desta vez sem os restantes Yeah Yeah Yeahs. O primeiro concerto deste 'side project' está marcado já para segunda-feira, em Nova Iorque. Segundo a própria Karen, as músicas desta banda são de amor, resultado de dois anos de composição sua, e, por isso, serão interpretadas com muito drama (como se isso lhe fosse difícil) num ambiente muito íntimo. Esperemos que, caso venham cá, tudo isto seja aplicável e, claro está, verificável.

Para os mais curiosos, para os fãs da senhora, ou simplesmente para quem tenha algum interesse mínimo alternado com uma vontade mórbida de saber tudo o que se passa na vida de pessoas estrangeiras que já passaram por Portugal sob o olhar de mais de mil pessoas, deixo-vos o Myspace dos Native Korean Rock. Aproveitem...

The Teenagers em Paredes

Franceses substituem Pigeon Detectives, actuando no dia 2 de Agosto.

Aguarda-se o nome dos substitutos dos Long Blondes.

quinta-feira, julho 17, 2008

Músicas do Mundo arrancou hoje


Quinta-feira, 17 de Julho

Siba e a Fuloresta (Brasil), 19h00, Ruas do CAS
Bassekou Kouyaté & Ngoni Ba (Mali), 22h00, Auditório do CAS
Serra-lhe Aí!!! & Os Rosais (Galiza), 00h00, Ruas do CAS


Sexta-feira, 18 de Julho

A Naifa (Portugal), 21h30, Porto Covo
Herminia (Cabo Verde), 23h00, Porto Covo
Hazmat Modine (EUA), 00h30, Porto Covo


Sábado, 19 de Julho

Flat Earth Society meets Jimi Tenor (Bélgica / Fin.), 21h30, Porto Covo
The Last Poets (EUA), 23h00, Porto Covo
Enzo Avitabile & Bottari (Itália), 00h30, Porto Covo


Domingo, 20 de Julho

Danças Ocultas (Portugal), 21h30, Porto Covo
Asha Bhosle (Índia), 23h00, Porto Covo
A Tribute to Andy Palacio feat. Special Guests (Belize / Honduras), 00h30, Porto Covo


Segunda-feira, 21 de Julho

Moscow Art Trio (Rússia / Noruega), 22h00, Auditório do CAS
Lo Còr de la Plana (Occitânia), 23h30, Auditório do CAS
Danae (Portugal), 01h00, Ruas do CAS


Terça-feira, 22 de Julho

Iva Bittová (Rep. Checa), 22h00, Auditório do CAS
Moriarty (EUA / França), 23h30, Auditório do CAS
Dead Combo (Portugal), 01h00, Ruas do CAS


Quarta-feira, 23 de Julho

Waldemar Bastos (Angola), 21h30, Castelo
Justin Adams & Juldeh Camara (R. Unido / Gâmbia), 23h00, Castelo
Kasaï Allstars (RD Congo), 00h30, Castelo
Anthony Joseph & The Spasm Band feat. Joe Bowie (Trinidad / R. Unido / Estados
Unidos), 02h30, Av. Praia


Quinta-feira, 24 de Julho

Mandrágora & Special Guests (Portugal / Bretanha), 19h30, Av. Praia
Marful "Salón de Baile" (Galiza), 21h30, Castelo
Toto Bona Lokua (Antilhas Fr./Camarões/Congo), 23h00, Castelo
Orquestra Baobab (Senegal), 00h30, Castelo
Silvério Pessoa (Brasil), 02h15, Av. Praia
Toubab Krewe (EUA), 03h45, Av. Praia


Sexta-feira, 25 de Julho

Rachel Unthank & The Winterset (Reino Unido), 19h30, Av. Praia
Asif Ali Khan & Party (Paquistão), 21h30, Castelo
KTU (Finlândia/EUA), 23h00, Castelo
Cui Jian (China), 00h30, Castelo
Firewater (EUA), 02h15, Av. Praia
Nortec Collective presents Bostich and Fussible (México), 03h45, Av. Praia


Sábado, 26 de Julho

The Dizu Plaatjies' Ibuyambo Ensemble (África Sul), 19h30, Av. Praia
Koby Israelite (Israel / Reino Unido), 21h30, Castelo
Rokia Traoré (Mali / França), 23h00, Castelo
Doran - Stucky - Studer - Tacuma (Irl. / Suíça / EUA), 00h30, Castelo
Antibalas (EUA), 02h30, Av. Praia
Boom Pam (Israel), 04h00, Av. Praia

quarta-feira, julho 16, 2008

O Single

Está a rodar o single do tão aguardado projecto One Day as a Lion, de Zack de la Rocha e Jon Theodore. Chama-se Wild International, tem 3:47, e pode ser ouvida no myspace do projecto.

O trabalho desta dupla maravilha, o One Day as a Lion EP, está nas lojas já no próximo dia 22 de Julho (estar nas lojas é metafórico, pois em Portugal nunca se sabe...).

Gogol Bordello voltam em Dezembro


Depois da mítica actuação em Sines, depois da mítica actuação em Paredes de Coura, depois da menos mítica actuação no Alive! - por sinal na última quinta-feira - a mais conhecida banda cigana (ou serão os Gipsy Kings?) volta a Portugal. O concerto é já no dia 10 de Dezembro, para nos aquecer o Natal. Contudo, é no infame Campo Pequeno. Dependendo das hipóteses, que com certeza surgirão, não deixa este de ser um bom último concerto do ano.

Vamos ver então se vou deixar crescer o meu bigode e juntar-me ao pagode.

P.S. - Tiago, visita isto.

Mais uma coluna do social!

E sai mais uma notícia, que confesso que nem li, mas logo à partida me deixa indignado. Vou passar à leitura da mesma.

(...)

E pronto, é ESTA, e há um sujeito que compara o Heath Ledger ao Ian Curtis.

Manta 2008 - Centro Cultural Vila Flor


Começa amanhã. A 10 euros o dia e a 25 euros o geral vale bem a pena aproveitar.

Novidades Sudoeste 2008

Sam Sparro cancela. Arnaldo Antunes, Coldfinger e Natiruts confirmados.
Sam Sparro, um dos nomes mais falados dos últimos tempos, cancelou a sua actuação no Sudoeste deste ano. Em contrapartida a organização confirmou os nomes de Arnaldo Antunes, conhecido do grande público pela sua participação nos Tribalistas, os Coldfinger, banda portuguesa prestes a completar dez anos de existência e os Natiruts, banda brasileira de reggae.

terça-feira, julho 15, 2008

Long Blondes cancelam Paredes


Toda a tour de Verão dos Long Blondes foi cancelada devido a doença desconhecida de Dorian Cox, guitarrista da banda. É uma nova dor de cabeça para os responsáveis do festival que, não tendo um cartaz particularmente forte, se arriscam a perder mais um forte ponto de interesse.

Aguarda-se com expectativa qual a banda anunciada para os substituir.

Rua Sésamo e a menina Feist

A ensinar crianças a contar até 4 com uma voz deliciosa. Sim senhora...


Esta posta fica na secção infantil do blogue.

segunda-feira, julho 14, 2008

Optimus Alive! 08 - Dia 10


Depois da versão do André sobre a mítica "Super Quinta-Feira 10" cabe-me agora a vez de dar a minha visão sobre o meu primeiro dia de Alive!, aquele que na minha opinião foi sem dúvida alguma o mais grandioso de todos. E reparem que dado o cartaz deste ano do Alive! isso por si só já quer dizer muito. Feita a introdução aqui ficam umas sucintas linhas sobre o que vi:


Kalashnikov
A escolha para abrir o dia dificilmente poderia ter sido mais feliz. Rápidos, fortes, deram o mote para o dia da "Battle of Lisbon", cativando um público pronto a gritar as (não) letras da banda pioneira do "wartime rock" e a entrar num bom mosh, com pouca gente e muito espaço, como se exige.
Mosh desde o primeiro minuto, boa assistência dada a hora do concerto e duas bonitas "wall of death" dizem tudo. O que se perdeu em qualidade musical ganhou-se em diversão. Kalashnikov? "Oh yeah motherfucker"!


Sons of Albion
Quando uma banda é descrita como "a banda do filho de Robert Plant" algo está mal. E bastou ouvir metade do concerto para perceber porquê. Um som sensaborão, daqueles que só serviu mesmo para acompanhar a bela da fatia da pizza.


Spiritualized
Duas músicas chegaram. Num concerto não basta a música (que já por si, não me agrada particularmente). Para isso há cds, vinis, mp3, por aí fora. Convém também haver uma certa dinâmica que, ali, faltou de todo. Já vi defuntos com mais vivacidade.


Vampire Weekend
Cheguei já na recta final do concerto. A tenda estava à pinha, cantarolando alto e bom som as letras dos senhores do momento. Como o André explicou (mas mal) eu não sou grande fã da lógica do souvenir. Por souvenir entendo algo que é feito para quem é estranho a determinada realidade, que tem como intuito ser algo que genuinamente nos lembre de determinado local. Acontece que, no fim de contas, nada tem a ver com o espírito do que visitámos. É algo artificial. E, invariavelmente, sempre que ouço Vampire Weekend fico com a impressão de estar perante uma pop misturada com um souvenir de África. Assim se percebe a minha relutância em me dirigir até à Metro on Stage. Segundo consta, perdi um dos melhores concertos que passaram na tenda secundária. Dado que no outro palco estava uma banda de bidons talvez tivesse valido a pena vê-lo todo.


The National
Esta era uma das bandas que mais aguardava para este dia. Depois dos relatos do concerto da Aula Magna a expectativa era mais que muita. Porém punha-se a questão: seriam eles capazes de fazer de dia, horas antes de Rage Against the Machine, num palco principal, um concerto à altura? A resposta foi um inequívoco "sim". Matt Berninger, no seu estilo inconfundível, arrastou uma simpática multidão para uma contemplativa melancolia que só muito a custo se foi esbatendo com a prestação de Gogol Bordello. Quem cria tal intimidade num evento de massas merece, sem dúvida alguma, ser visto pelo menos uma vez em nome próprio. Um concerto absolutamente fantástico, capaz de apagar definitivamente o fantasma do Sudoeste do ano passado.


Gogol Bordello
Depois de The National vieram os Gogol Bordello. O seguimento não foi o mais feliz mas perdoa-se. Só mesmo um punk cigano meio tresloucado podia avivar as hostes depois de uns absurdamente bons The National. Foi um concerto bastante bem conseguido, uma verdadeira festa, que dificilmente terá deixado alguém indiferente. Não terá atingido o grau de miticidade do concerto de Paredes mas cumpriu bastante bem. Por muito que se desgoste da sua música a seco, a verdade é que em palco são verdadeiros demónios.


The Hives
Aos The Hives cabia a mais ingrata tarefa de todas: anteceder a banda que motivou a ida da maior parte ao Passeio Marítimo de Algés. Dado o facto de a grande maioria das pessoas que integrava as primeiras linhas do público se acotovelar para ganhar um espacinho para ver Rage só posso considerar como obra de pura mestria a forma como este concerto foi conduzido. Não sendo a música a melhor e antecedendo quem antecederam ainda hoje me questiono como conseguiram eles domar uma audiência tão adversa. Quanto à música nada há a dizer. Faz-me comichão no cabelo e lembra-me que a surdez às vezes pode ser uma bênção. Mas é inegável que Pelle Almqvist é um entertainer como há poucos e deu uma verdadeira lição de como interagir com o público, obra de antologia a ser estudada.


Rage Against the Machine
Quando as sirenes soam o calafrio é inevitável. A multidão entra em modo de combustão avançada, acotovelando-se até à exaustão. Berra-se a plenos pulmões, gritos indiscriminados, durante sete anos contidos. A estrela vermelha em fundo não deixava dúvidas: eram os Rage de sempre, com a entrada de sempre, o gérmen revolucionário que inspirou toda uma geração de inconformados, comunistas ou não. Começaram-se a sentir as ondas da mole humana, incontroláveis, movendo-nos para trás e para a frente como nunca vira. Finalmente, os primeiros acordes da Testify. Em questão de segundos forma-se um mosh monstruoso, algo épico, indiscritível. Todos gritam as letras como se a revolução disso dependesse. Ninguém está parado e o suor corre em bica, luta-se para não se cair, para não se ser pisado, faz-se das tripas coração. Perdem-se pessoas no meio da multidão, encontram-se outras. É certo desde início que neste é cada um por si. Uma viagem interna aos anos passados a ouvir Rage Against the Machine comungada por todos numa gigantesca manifestação de força.
A atitude da banda não deixou ninguém indiferente. Tom Morello, conhecido pela sua impenetrabilidade, perdeu o chapéu logo na primeira música e Zack de la Rocha mostrou o porquê de ser o profeta da revolução. Uma prestação explosiva, um daqueles concertos que queremos voltar a ver, vezes sem conta, uma e outra vez. Todos quanto estiveram presentes sabem que um concerto assim é, provavelmente, coisa de uma vez na vida. As t-shirts, camisas e chinelos sem dono no meio do chão são prova disso. Ficou bem claro que "The Battle of Lisbon" não era apenas um slogan.

domingo, julho 13, 2008

Rage Against The Machine e outros tantos em Oeiras...

Peço, desde já, desculpa pelo silêncio. Depois de momentos tão felizes, foi necessário tempo de clausura para organizar ideias, daí tanto tempo sem que nada se dissesse.

Pegando no início do festival (do tal de Alive!08), um início fucking belo, temos de falar dos grandes Kalashnikov, que apareceram por entre uma nuvem roxa de fumo e deram início às hostilidades, com muita pinta e muito espírito bélico. E confesso que nunca tinha ouvido tanto "Fuck Tibete!" junto, nem "Africa!" e "War!" com tamanha alegria. Foi um concerto de genuína paixão pela arte da guerra, movido por uma sede de sangue a que Fernando Ribeiro, dos Moonspell, ajudou com uma participação em "Warriors of the Hezbollah". Um concerto mítico e violento.

Sabendo o que me esperava, aproveitei o concerto dos Galactic para fazer um reconhecimento do recinto e encher o depósito. Pelo meio lá parei um pouco em Spiritualized - algo que durou duas parcas músicas; foi até me aperceber que eles nem iam tirar os óculos de sol nem mexer os pés do chão - e visitei os Vampire Weekend. Estes últimos foram chatinhos - eu não gosto da sonoridade, algo que condiciona grandemente esta opinião. O público estava a adorar, e nesse sentido pareceu-me um concerto bom, com a tenda do palco secundário a abarrotar de gente feliz por ouvir o Rockzinho dos nova iorquinos. Não conseguirei concordar com as auto-descrições feitas, que defendem a influência da música africana na banda, porque isso é algo que mal se verifica (parafraseando o bom e muito nosso Tiago, "eles seguem a lógica do souvenir: vão a África, compram uma lembrança e levam para os ensaios para se sentirem inspirados"), o que faz dos Vampire Weekend mais uma banda fugaz do "alternativo-mediático". Apesar de ter sido um concerto com muita adesão, aposto que poucos se vão lembrar do que se passou ali...

A surpresa da noite, para mim, foi The National. Aquele que seria o concerto a ver motivado por mera curiosidade tornou-se num dos melhores da noite, com muita força, muita intensidade e uma tristeza imensa - de tal forma que Gogol Bordello me caiu mal com o jantar e eu tive de me sentar com a minha melancolia momentânea, só, abandonado pelo mundo e distante do palco principal. Ainda que a banda não se mostrasse muito viva em palco, Matt Berninger prestou uma boa actuação enquanto tinha o microfone na mão (pobre senhor, embriagado de todo, não sabia que fazer quando não estava a cantar, por isso vagueava solenemente, algo que até ajudou um bocado ao ambiente transmitido pela banda) arrecadando todas as luzes para a sua pessoa; mas verdade seja dita, não era de saltos que o concerto precisava, visto que a tristeza que rondava aquele palco só ia ficar chateada se alguém lá em cima se decidisse a correr de felicidade, ou algo semelhante. Disseram-me, em conversa, que "The National foi realmente muito bom... fiquei contente pelo concerto. Quer dizer, fiquei muito triste, mas gostei" - e não encontrei melhor resumo que esta opinião.

O concerto dos Hives foi, novamente, aproveitado para descansar os joanetes, já começava eu a imaginar o apocalipse a chegar em forma de concerto de Rage Against The Machine. Mas ainda vi um bom bocado para perceber o óbvio: continuam irritantemente convencidos e chatos, estupidamente enérgicos e com músicas muito Rock-Punk muito semelhantes ao que soavam no álbum. Esta pode ser uma boa forma de descrever um concerto dos Hives. Mas certamente que não é a melhor, porque resume-se a dizer o óbvio.


Rage Against The Machine

Mas chegou o momento dos momentos... passavam dez minutos da meia noite, e nervosismo de se sentir o aproximar do momento histórico do ano, com envergadura para apagar as actuações de Bob Dylan e de Neil Young juntas (é possível que esteja a exagerar, mas acreditem que levo esta afirmação muito seriamente), já percorria o público que se rendeu mal as sirenes anti-aéreas começaram a soar e a avisar do ataque revolucionário que se aproximava, enquanto a estrela vermelha sobre fundo negro subia lentamente. Mal Zach De La Rocha se apodera do microfone, toda a gente se apercebeu de que era verdade, de que estava a acontecer o que muito se esperava que acontecesse: "We are Rage Against The Machine, from Los Angeles, California", era a apresentação mítica, o início de sempre dos concertos destes senhores do Rock... "Testify" fez as honras para o gigantesco mosh pit de 40 mil pessoas, que não deu hipótese de ninguém cruzar os braços. Tinha começado o concerto do ano. De todos os vídeos que já vi de Rage Against The Machine (RATM), nunca vi o senhor De La Rocha a sorrir daquela forma, nunca vi um Tom Morello com tanta energia. Eles estavam imparáveis, e o público acompanhou-os.
Durante a "Sleep Now In The Fire", o senhor Tim (mais conhecido como 'o baixista') e o Brad Wilk fizeram a versão RATM de uma Jam Session, cheia de groove e de balanço, enquanto aguardavam para que os restantes membros do quarteto recuperassem o fôlego - e bem que precisavam, visto que sozinhos faziam a festa do palco -, e a grande "Know Your Enemy" ficou marcada pelo sing-along final, em que todos os presentes gritaram "all of which are american dreams" de uma forma assustadora. Teria sido um concerto só de pontos altos, não fosse a triste ovação que houve quando o Zack falou de um "irmão que nasceu em Portugal, mas que agora é de todo o mundo", mais conhecido como José Saramago - foi mesmo um momento triste: ele dedicou a "Freedom" ao senhor Saramago, como normalmente dedica a figuras importantes e, normalmente, de esquerda, e ouviu-se o mais triste e baixinho "yeaaah" de sempre, sob o olhar estupefacto do vocalista que traduzia um misto de "isto devia ter pegado..." e de "serão analfabetos", algo que não abonou a favor de ninguém.
Quando se fala de Rage Against The Machine, temos sempre em conta uma banda que se tornou mediática pelas piores razões - tendo em conta a lógica Pop -: foram presos por tocarem nus a "Fuck The Police", dos Public Enemy, em frente ao departamento de polícia de Los Angeles; organizaram debates sobre presos políticos; estiveram por detrás de manifestações que resultaram em muito sangue; e poderia continuar a lista, naturalmente. Tudo isso esteve implícito no concerto de dia 10. Foram tão corrosivos que apontaram no público os maiores defeitos da sociedade que criticam. Zach gritou bem alto, mas simplesmente para quem quisesse ouvir, "DON'T sleep now in the fire", "YOU got a bullet in the head", "and now YOU do what they told ya", sempre de sorriso irónico bem cravado na face e de dedo bem esticado para todos os presentes. Fizeram soar o hino da I Internacional durante a pausa que fizeram, deixaram sempre o Che Guevara no amplificador do Tom... Provaram que, apesar de não estarem preocupados com a composição de músicas novas (principalmente porque têm outros projectos em mente, nomeadamente One Day As A Lion e Nightwatchman), não precisam de novo material, pois tudo o que têm ainda é actual, ainda é real e ainda é aplicável na prática.
Este foi um concerto inesquecível, por imensas razões. Para pessoas como eu, que pensavam não ter nascido para ver Rage Agaisnt The Machine, foi a realização de um sonho de juventude; para quem não teve oportunidade de os ver em 1997, foi recuperar uma hipótese perdida; para quem já os tinha visto, quase que aposto que foi melhor do que o concerto que estava na memória e que este vai brilhar muito mais enquanto recordação. Tão marcante quanto uma revolução; pena é que muito desse ambiente revolucionário se tenha dissipado mal o concerto acabou, o que diz muito sobre a artificialidade do sentimento que se sentia no ar - e a culpa não é da banda, definitivamente.

quarta-feira, julho 09, 2008

Última Hora

Cansei de Ser Sexy Cancelados


Na véspera do Festival Optimus Alive!, os CSS cancelam a sua actuação marcada para as 21:10. As razões avançadas são alheias à organização do festival, e prendem-se com compromissos de promoção do novo álbum por parte dos brasileiros. Assim sendo, os MGMT e Peaches vão ver o seu tempo de actuação alargado.

Aqui fica o comunicado oficial da banda (em inglês!):
“Due to the promo commitments the band have been promoting their new album, the band are very disappointed to have to miss this festival, but cannot wait to come back later in the year to play headline shows. They also hope that they can play Optimus Alive Festival again in the future."

Não será birrinha pelo palco secundário?

É já amanhã

Pois é, é já amanhã que começa o Optimus Alive! deste ano. As razões para ir são muitas, como podem ver abaixo. Mas pronto, se as bandas não vos chegarem lembrem-se: há sanitários de porcelana.

segunda-feira, julho 07, 2008

Cult of Luna - Eternal Kingdom


Eternal Kingdom marca uma importante viragem no percurso que os Cult of Luna pareciam estar a tomar. Desde The Beyond (2003) que os trabalhos destes suecos pendiam cada vez mais para a música instrumental em que a melodia era fundamentalmente uma exploração de um riff, descurando o peso que era característico à banda. Este último é álbum não é o regresso à música muito pesada, como é uma exploração de tudo o que foi feito pelos Cult of Luna anteriormente e a procura de novas formas de compor. Eternal Kingdom é uma lufada de ar fresco, mas não deixa de soar a Cult of Luna.

A primeira grande novidade, e a mais importante, é a história por detrás do álbum. Este trabalho é baseado num diário, escrito por um homem que afogou a mulher, que a banda encontrou no local onde ensaia, um velho manicómio abandonado ao desuso, e que se chama “Tales of the Eternal Kingdom”. Através do diário, que descrevia um mundo povoado por criaturas sombrias e dominada por um homem-coruja, o autor procurou provar a sua inocência. Desta forma, Eternal Kingdom é uma audaz proposta de retrato de uma história extremamente perturbadora, que será impossível de dizer se é fidedigna ou não, mas que é indubitavelmente uma grande obra de música.
As músicas estão fortes, pesadas e imprevisíveis, de uma forma muito progressiva. Têm mudanças bruscas e bem ponderadas na melodia, são adornadas de formas muito bem conseguidas com pormenores que lhes dão uma intensidade fenomenal e, acima de tudo, têm um ambiente muito negro, digno do que se sabe das “Tales of the Eternal Kingdom”. E no que toca a essa ambiência assombrosa, os interlúdios – outra importante novidade –, de que a banda abusa, têm um papel importantíssimo, recriando uma sensação à parte das músicas e que enquadra muito melhor a audição; para ouvir e aproveitar Eternal Kingdom, é preciso ouvir todas as faixas se excepção, mesmo aparte das letras, pois elas são a ilustração da história e o segmento mais importante do processo de adaptação.
Uma vez mais, a bateria tem um papel fundamental nas músicas e resultam imensamente bem com os riffs caracterísicos e demorados dos Cult of Luna. Esta colaboração entre o compositor Johannes Persson e o baterista Thomas Hedlung não deixa de dar bons frutos, e este é fruto excelente. As baterias, dentro da sua aparente simplicidade, actuam visceralente nas músicas e são um complemento indispensável às guitarras muito bem orientadas.

Eternal Kingdom é, certamente, um dos álbuns do ano. É um trabalho intenso, bonito, pesado, muito pesado e muito bem conseguido, características correntes na obra dos Cult of Luna, mas desta vez esmeradas de uma forma imensa.

domingo, julho 06, 2008

Mogwai - alinhamento do novo álbum

The Hawk is Howling

... e o seu alinhamento:

01 I’m Jim Morrison, I’m dead
02 Batcat
03 Danphe and The Brain
04 Local Authority
05 The Sun Smells Too Loud
06 Kings Meadow
07 I Love you, I’m Going To Blow Up Your School
08 Scotland’s Shame
09 Thank You Space Expert
10 The Precipice

O link dá acesso à música, divulgada pela banda através de stream. Ou seja, não é a coisa, é apenas um aperitivo.

Finalmente, notícias da Suécia! - The (International) Noise Conspiracy


Depois de uma longa espera, que se pode dizer de um ano, os suecos The (International) Noise Conspiracy dão notícias sobre o novo álbum. No blogue do Myspace, a banda adiantou já alguns pormenores sobre o novo álbum, os quais se encontravam entre notícias que abalam todo e qualquer ideal democrático (já coloco essa informação em anexo). O novo trabalho dos suecos já foi remisturado e a banda está a negociar com a editora uma data para o lançamento de The Cross of My Calling.

Entretanto, deixo-vos com algumas fotos, retiradas DAQUI (viste, António, como eu sei fazer links como tu?), que mostram o actual aspecto da banda - visto que de álbum para álbum eles escolhem roupas diferentes, por exemplo - e que podem dar um cheirinho do que, se tudo correr bem, está para vir.






Em relação às notícias que tanto entristecem esta grande banda, e com alguma razão (para não dizer "toda e mais alguma"), eis o que se passa: o governo sueco decidiu aprovar a "FRA-law", que basicamente coloca sob vigia todo o tráfego de SMS e e-mail que circule na Suécia para "proteger os cidadãos do terrorismo" - o mesmo discurso hipócrita de sempre; acho que todos estamos familiarizados. The (International) Noise Conspiracy, enquanto banda cujos objectivos principais são políticos e de intervenção, não deixaram de mostrar alguma frustração com um "Welcome to 1984!". E, para não lhes facilitar as coisas, começaram por usufruir da sua liberdade de expressão ao mesmo tempo que chamam a atenção das autoridades com tendências repressivas suecas através de um bombardeamento de palavras no seu Myspace - e passo a citar: "before we leave you we will post some keywords that will get the attention of the internet spies of the Swedish government. Because if our tax money is going to a systematic surveillance of e-mails and text-messages, we want some bang for our buck. So here goes:

BOMB, TERRORISM, REVOLUTION, FREE SPEECH, JIHAD, EXPLOSION, GLOBAL THREAT, OVERTHROW THE SWEDISH GOVERNMENT, COUP, COMMUNISM, CONSPIRACY."

sábado, julho 05, 2008

Neurosis

As minhas divagações pela Internet levaram-me a tropeçar (abençoado acidente!) nestes cinco vídeos dos geniais Neurosis. São cinco músicas - três do mais recente Given to the Rising (2007), uma do álbum The Eye of Every Storm (2004) e outra do Times Of Grace (1999) - captadas durante um concerto em Brooklyn, Nova Iorque. Os vídeos estão com uma qualidade impressionante e merecem que se perca um bocadinho de tempo para os ver.

Given to the Rising (do álbum homónimo)


Hidden Faces (do Given to the Rising)


Water is not Enough (do Given to the Rising)


Burn (do The Eye of Every Storm)


The Doorway (do Times of Grace)



Gostaria só de sublinhar que o senhor careca, conhecido como Steve Von Till, é professor primário. Obrigado.

"Rock in Rio, no nos tomes el pelo"

Foi pelo site da Blitz que cheguei a este texto de Quico Alsedo, de um dos blogs do El Mundo, o Sexo, Drogas y Rock & Blog. E bem, esta é provavelmente das melhores críticas ao tal "maior festival de música do mundo". Vejam por vocês mesmos:

"2 de julio.- Si Paco el Pocero montase un festival de música, le saldría Rock in Rio.

Porque los símiles, una vez transitado el festival un par de días, están a huevo. ¿A qué se parece este supermercado pop? Elija su opción:

  • A un Carrefour de secano. Aparcamiento pedregoso, compra-compra-compra todo lo que te vendemos-vendemos-vendemos, gigantismo en las distancias y un público, con perdón, bastante Carrefour.
  • A una urbanización de los años del pelotazo inmobiliario. Mobiliario urbano chungo, sensación de deshumanización, aires de secarral, horterez por doquier... Faltan los adosados, pero démosles tiempo.
  • A una versión musical de Fitur. Avalancha de marcas, cutreatracciones aquí y allá, impactos publicitarios a cada metro... Y encima hay que pagar para entrar. Brillante.
  • A una Expo aún más absurda que las Expos. Rollo 'vamos a meter aquí a 100.000 de tíos y ya nos inventaremos con qué excusa'.

Ah, es verdad, el gancho es la música. Pero el cartel, de tan ancho, tan familiar y tan para todos los públicos, es un globo flácido a morir, casi sin aire. Neil Young, Bob Dylan, Police y poco más. El resto, música de mayor o menor valor artístico, pero de intención tan comercial como el propio emporio en sí.

La otra coartada asalta al visitante a la entrada: "Por un mundo mejor". Y la cantinela de la sostenibilidad, la ecología, el buenrrollismo y tal.

Más bien por un mundo igual o peor que este: Rock in Rio usa como pantalla la cultura para promover el credo ideológico de los tiempos: no somos ciudadanos, sino consumidores. ¿Quiere vivir? Pague. Sí, por un mundo mejor, pero mejor para el bolsillo de algunos. Un mundo regido por la pasta, y de la mano del egoísmo.

Si algo sabemos a ciencia cierta hoy es que las causas solidarias suelen ser, salvo excepciones, una puta en manos de las industrias culturales. Una treta que, para ellas, es pan para hoy y hambre para mañana: es imposible engañar a todos todo el tiempo. Aún parte del público viejuno podría tragarse el engaño; el joven no tiene excusa.

Dicho lo cual, importante: ¿sobra Rock in Rio? No, Rock in Rio no sobra. Música es música, aunque sea hecha principalmente para forrarse, e igual satisfacción pueden causar Shakira y Dylan en sus respectivos fans. No sobra, también, porque no llega por aquí tanta música como para andar derrochando. Y no sobra porque un centro comercial es un centro comercial, y como tal hay que tomárselo: uno va, compra, y vuelve a su casa.

Pero que no nos camelen. Rock in Rio, bienvenido y tal, pero no nos tomes el pelo.

(Y eso que servidor no presenció la apertura del evento el jueves pasado, con Esperanza Aguirre en plan Madonna castiza y varios cazas surcando los aires, según me cuentan. Esta crónica me habría salido más divertida pero, mecachis, no estuve)."

Próximos lançamentos - O mês de Julho

A Pitchfork decidiu fazer um favor aos seus leitores, facilitando procuras, pesquisas e todo o tipo de processos sobre as novidades que estão prestes a atacar. A simpática redacção publicou uma lista de trabalhos a serem editados durante este ano.

Contagiado por este tipo de simpatia e atenção, eu próprio vos deixo a lista para este mês de Julho, retirada, claro está, na integra do site da Pitchfork (e aproveito para sublinhar o que me parece deveras interessante ou curioso - e não aquilo que me parece somente interessante, atenção):

07-07:

Beck: Modern Guilt [XL] [UK release]
Black Kids: Partie Traumatic [Almost Gold] [UK release]
Hercules and Love Affair: "You Belong" single [DFA/EMI] [UK release]
Tricky: Knowle West Boy [Domino] [UK release]
UNKLE: End Titles... Stories for Film [Surrender All] [UK/European release]

07-08:

Alison Moyet: The Turn [Decca]
Architecture in Helsinki: Like It or Not EP [Polyvinyl] [physical release]
A Storm of Light: And We Wept the Black Ocean Within [Neurot]
Abe Vigoda: Skeleton [PPM]
The Baseball Project: Volume 1: Frozen Ropes and Dying Quails [Yep Roc]
Basic Channel: Basic Channel 2 [Basic Channel]
Beck: Modern Guilt [DGC] [North American release]
Black Ghosts: Black Ghosts [IAMSOUND]
Cam'Ron: Harlem’s Greatest [reissue] [Amalgam Entertainment/Sony BMG]
Chicks on Speed: Art Rules [Chicks on Speed]
CocoRosie: "God Has a Voice, She Speaks Through Me" 7" [Touch and Go]
Daedelus: Love to Make Music To [Ninja Tune]
Damon and Naomi: More Sad Hits [reissue] [20/20/20]
Dark Captain Light Captain: Circles [Loaf]
David Bowie: Live in Santa Monica '72 [Virgin/EMI]
The Dutchess and the Duke: She's the Dutchess, He's the Duke [Hardly Art]
Ellen Allien: Sprung/Its 12" [Bpitch Control]
Free Blood: "Royal Family" 12" [DFA]
Goldmund: The Malady of Elegance [Type]
Gun Outfit: On the Beach 7" [PPM]
Albert Hammond, Jr.: ¿Como te Llama? [RCA/RED] [North American release]
Heartthrob: Dear Painter, Paint Me [Minus]
Hero Destroyed: Hero Destroyed [Relapse]
Icy Demons: Miami Ice [Obey Your Brain]
Jean Grae: Jeanius [Blacksmith Music]
Joe Strummer: The Future Is Unwritten DVD [Sony Legacy]
Jucifer: L'autichienne [Alternative Tentacles] [vinyl release]
Leila: Blood, Looms & Blooms [Warp]
Liars: Freak Out EP [Mute] [U.S.digital release]
Lustmord: [Other] [Hydra Head]
Melvins: Nude With Boots [Ipecac]
Noisia: FABRICLIVE40 [Fabric]
Paramount Styles: Failure American Style [Konkurrent]
Party Fowl: Four-song 7" [PPM]
Ratatat: LP3 [XL]
Ron Sexsmith: Exit Strategy of the Soul [Yep Roc]
Saturday Looks Good to Me: Cold Colors EP [Polyvinyl]
Saul Williams: The Inevitable Rise and Liberation of Niggy Tardust [FADERLABEL] [physical release]
Son, Ambulance: Someone Else's Deja Vu [Saddle Creek]
Sunny Day Sets Fire: Summer Palace [IAMSOUND]
Totimoshi: Milagrosa [Volcom Entertainment]
Tu Fawning: Succession EP [Polyvinyl]
U.S. Christmas: Eat the Low Dogs [Neurot]
Various Artists: Notwave 12" [Rong]
Various Artists: Life Beyond Mars – Bowie Covered [Rapster]
Venetian Snares: Detrimentalist [Planet Mu]
Wynton Marsalis and Willie Nelson: Two Men With the Blues [Blue Note]
Xiu Xiu: Fabulous Muscles [Absolutely Kosher] [vinyl reissue]
Xiu Xiu: La Forêt [Absolutely Kosher] [vinyl reissue]
Z'Ev vs. Pita: Colchester [Editions Mego]

07-11:

Patti Smith and Kevin Shields: The Coral Sea [PASK]

07-14:

Annie: "I Know UR Girlfriend Hates Me” single [Island] [UK release]
CSS - Donkey [Warner] [UK release]
The Hold Steady: Stay Positive [Rough Trade] [UK release]
Neon Neon: "I Told Her on Alderaan" / "Trick for Treat" single [Lex] [UK release]

07-15:

Black Devil Disco Club: Eight Oh Eight [Lo Recordings]
David Banner: The Greatest Story Ever Told [Universal Motown]
Free Blood: "Royal Family” single [Rong/DFA]
Hans Joachim Roedellus & Tim Story: Inlandish [North American release] [Gronland]
The Hold Steady: Stay Positive [Vagrant] [North American release]
Lloyd: Lesson in Love [The Inc./Universal Motown]
Nas: Untitled [Jones/Def Jam]
Sic Alps: US EZ [Siltbreeze]
UNKLE: End Titles... Stories for Film [Surrender All] [North American digital release]|
U.S. Girls: Introducing [Siltbreeze]

07-21:

Crystal Castles: "Vanished" 7" [Different Recordings] [UK release]

07-22:

Alva Noto: Unitxt [Raster Noton]
Azeda Booth: In Flesh Tones [Absolutely Kosher]
Bodies of Water: A Certain Feeling [Secretly Canadian]
Black Kids: Partie Traumatic [Columbia] [North American release]
Brendan Canning: Broken Social Scene Presents... Brendan Canning: Something for All of Us [Arts & Crafts, out now digitally]
Cryptacize / Why?: Unusual Animals Vol. 4 7" [Asthmatic Kitty]
CSS: Donkey [Sub Pop / Warner]
Daft Punk: Electroma DVD [Vice]
Dr. Dog: Fate [Park the Van]
¡Forward, Russia!: Life Processes [Cooking Vinyl]
Fuck the Facts: Disgorge Mexico [Relapse]
Fucked Up: Year of the Pig [reissue] [Matador]
Helena Espvall (of Espers) and Masaki Batoh (of Ghost): Helena Espvall and Masaki Batoh [Drag City]
High Places: 03/07-09/07 [Thrill Jockey; out now digitally]
Individuals: Fields/Aquamarine [Bar/None]
Jay Reatard/Deerhunter: "Fluorescent Grey"/"Oh It's Such a Shame" 7" [Matador]
Josephine Foster: This Coming Gladness [Bo'Weavil]
Julie Doiron: Loneliest in the Morning [reissue] [Jagjaguwar]
Lackthereof: Your Anchor [Barsuk]
Loved: Everything, Anything, Nothing [Temporary Residence Limited]
M83: "Kim and Jessie" single [Mute]
Menahan: Street Band [Daptone]
Nico Muhly: Mothertongue [Brassland]
Nine Inch Nails: The Slip [Null Corporation] [CD/DVD release]
One Day as a Lion: One Day as a Lion EP [Anti-]
Paavoharju: Laulu Laakson Kukista [Fonal]
Paul Weller: 22 Dreams [Yep Roc]
PAS/CAL: I Was Raised on Matthew, Mark, Luke & Laura [Le Grand Magistery]
Poni Hoax: Images of Sigrid [Tigersushi]
Prurient: Arrowhead [Editions Mego]
Radio Slave: "Grindhouse" Remixes 12" [Rekids]
The Red Krayola: Fingerpointing [Drag City]
Sonic's Rendezvous Band: Live [Bomp/Alive]
Sunfold: Toy Tugboats [Terpsikhore]
White Savage: TBA 7" [Flameshovel]
Zozobra: Bird of Prey [Hydra Head]

07-28:

Atlas Sound: Let the Blind Lead Those Who Can See but Cannot Feel [vinyl release on Kranky, out now on CD]
Ellen Allien: "Out" Remixes 12" [Bpitch Control] [European release]
Simian Mobile Disco: Sample and Hold [Wichita] [UK release]
Sonic Youth: SYR8: Andre Sider Af Sonic Youth [SYR]

07-29:

Alice Cooper: Along Came a Spider [Steamhammer/SPV]
Arbouretum/Pontiak: Kale [Thrill Jockey] [split LP, vinyl only]
James Jackson Toth: Waiting in Vain [Rykodisc]
JEFF the Brotherhood: The Boys R Back in Torn EP [Infinity Cat; vinyl only]
The Rolling Stones: Shine a Light DVD [Paramount]
Takka Takka: Migration [Ernest Jenning Recording Co.]
Young Jeezy: The Recession [Def Jam/Corporate Thugz Entertainment]

sexta-feira, julho 04, 2008

Independents Day 2008


4 de Julho de 2008, data do primeiro Independents Day. Assim reza a história. Data de celebração das editoras independentes, motivo de celebração para todos os verdadeiros amantes da música. O objectivo é não só chamar a atenção para estas, mas também juntar dinheiro para a comunidade musical independente.

No site do evento estão disponíveis mais informações sobre o evento, a começar na Nova Zelândia e a acabar nos Estados Unidos, incluindo diversas actividades. Chamo a atenção para o disco duplo lançado em celebração da data que inclui bandas como Maximo Park, The Cribs, British Sea Power, entre outros, com covers de bandas que os inspiraram. Há ainda a tal Charity Auction no eBay.

Recomendo ainda no site do evento a The History of Independent Music e no Drowned in Sound o que pensam a Southern Records a Fat Cat e a Wichita sobre "o que é ser indie". Definitivamente, a ler.

Paredes de Coura - Cartaz Fechado

Com as confirmações já aqui anunciadas dos Bellrays e dos Spiritual Front, ficou fechado o Palco Principal. São agora conhecidas as bandas que vão estar nos outros espaços do recinto de Paredes de Coura. Fiquem com o cartaz completo:

31 de Julho
Sex Pistols
Mando Diao
Bellrays
X-Wife
Bunnyranch
Palco Burn After-Hours: The Mae Shi e DJ Amable

1 de Agosto
Primal Scream
Editors
The Rakes
Two Gallants
The Long Blondes
Palco Burn After-Hours: These New Puritans e Optimo DJs
Palco Jazz na Relva: Jazz Resort Soundsystem
Palco Ibero Sounds Fanta Play On: We Are Standard e d3ö

2 de Agosto
The Mars Volta
dEUS
The Pigeon Detectives
Wraygunn
Spiritual Front
Palco Burn After-Hours: Woman In Panic e Surkin
Palco Jazz na Relva: Man-Drax
Palco Ibero Sounds Fanta Play On: Dorian e Sean Riley & The Slowriders

3 de Agosto
Thievery Corporation
The Lemonheads
Biffy Clyro
Tributo a Joy Division
Au Revoir Simone
Ra Ra Riot
Palco Burn After-Hours: Caribou e Twin Turbo
Palco Jazz na Relva: Trio de Afonso Pais
Palco Ibero Sounds Fanta Play On: Layabouts e Komodo Wagon

Como podem ver o cartaz sofreu novas alterações. Por exemplo, as Au Revoir Simone afinal vão mesmo tocar no palco principal, mas no dia 3 de Agosto.
Site Oficial de Paredes de Coura

Ian Curtis Roubado

Não literalmente. Mas a verdade é que a lápide do icone dos Joy Division foi roubada há poucos dias do cemitério de Macclesfield, lá para os lados de Manchester. Não há qualquer suspeito deste acto macabro, mas Stephen Morris, baterista dos Joy Division e dos New Order já mostrou publicamente a sua indignação com o sucedido, pedindo ao ladrão que devolva a lápide.

A pergunta que eu faço é: será que é mesmo bom ter a lápide do Ian Curtis em casa? Quando recebemos visitas apresentamos a casa e dizemos, "isto é a cozinha, isto é a sala, vejam ali na televisão, por cima do naperon, a lápide do Ian Curtis...". Será isto saudável? É que vender uma coisa daquelas penso que não será nada fácil.

SBSR - mesmo nome, festival diferente

Começa hoje o Superbock Superrock 2008. O ano passado era assim

quinta-feira, julho 03, 2008

Mais dois para Paredes

Bellrays a 31

Spiritual Front a 2 de Agosto

quarta-feira, julho 02, 2008

O tal concurso já começou...



Este, portanto. Era giro se votassem em nós. Se não votarem nós também não levamos a mal - até porque não podemos controlar, senão todo o discurso mudava.

De qualquer forma, ficam a saber que EU voto no Stage-Diving porque sou FIXE.

One Day As A Lion, o novo projecto de Zach De La Rocha e John Theodore

Em Setembro passado falou-se neste blogue do regresso tão aguardado do vocalista de Rage Against The Machine (RATM) com um projecto que tem vindo a amadurecer eternamente.
Ora, oito anos depois de decretar um fim a RATM enquanto projecto principal, One Day As A Lion, a nova banda de Zach, prepara-se para invadir o mundo da música com um EP homónimo, que se espera ser tão corrosivo quanto sempre foram as letras e a atitude do autor.

One Day As A Lion é uma colaboração com um dos maiores bateristas da actualidade, o ex-Mars Volta Jon Theodore. O duo descreve-se como "a entrega de um aviso e uma promessa a manter". Esperemos que seja surpreendente.

Aquilo que já circula há algum tempo sobre este projecto é que De La Rocha deverá assumir a posição de vocalista-teclista, com o acompanhamento das baterias de Theodore a dar nós aos ouvidos de muita gente. Fontes próximas do duo dizem que é uma sonoridade que ronda Led Zeppelin com influências Hip Hop. Ou seja, fala-se muito, mas pelos vistos é mais especulação que informação certa. Por um lado, espero que seja mais do que as descrições feitas, senão é quase uma recuperação de Rage Against The Machine; por outro lado, algo me diz que será mais, pois a forma como a banda está disposta - teclas e bateria - é algo curiosa. One Day As A Lion dizem que são "a defiant affirmation of the possibilities that exist in the space between kick and snare. It’s a sonic reflection of the visceral tension between a picturesque fabricated cultural landscape, and the brutal socioeconomic realities it attempts to mask. One Day As A Lion is a recorded interaction between Zack de la Rocha and Jon Theodore".
Outro pormenor abordado pela banda há algum tempo diz respeito à distribuição. De La Rocha falou em procurar a melhor forma de distribuir o álbum (ainda sem título). Por enquanto, a banda assinou com a ANTI-, editora irmã da Epitaph Records, que como se sabe é uma editora independente.

One Day As A Lion EP será editado a 22 de Julho e apresentará o seguinte alinhamento:
01 - Wild International
02 – Ocean View

03 – Last Letter

04 – If You Fear Dying

05 – One Day As A Lion


Site dos One Day As A Lion
Blogue da ANTI-

A revolução está bem viva neste senhor...

The Nightwatchman - Guerrilla Radio


Imagem quando, daqui a um semana, ele tiver mais três amigos em palco...

The Nightwatchman volta a vigiar as lojas de todo o mundo


Isto é, Tom Morello, o guitarrista dono do mais puro e verdadeiro anti-estilo (característica que o enche de uma 'coolness' única), volta a gravar sob o nome Nightwatchman e o novo trabalho será editado em Setembro. O sucessor de One Man Revolution - que Morello veio apresentar a Portugal fazendo a primeira parte de um concerto de Dave Mathew's Band -, intitulado The Fable City, deverá ser mais rockeiro e conta mesmo com a colaboração de Serj Tankian (vocalista de System Of A Down) e de Shooter Jennings.

Eis o alinhamento de The Fabled City:
The Fabled City
Whatever It Takes

The King of Hell

Night Falls

The Lights Are on in Spidertown

Midnight in the City of Destruction

Saint Isabelle

Lazarus on Down (feat. Serj Tankian)

Gone Like Rain

The Iron Wheel (feat. Shooter Jennings)

Rise to Power