quarta-feira, abril 16, 2008

Rockumentário

"No centro existe uma cidade onde o rock ainda vive". Esta é a tagline de um filme, bom filme, que vi há umas semanas na RTP2. Dá pelo nome de Rockumentário e, como vocês já devem ter deduzido, é um documentário. Realizado por Sandra Castiço, uma jovem licenciada em Cinema pela Universidade da Beira Interior, o filme relata a vida dos Bunnyranch, banda de Coimbra, do ponto de vista da realizadora.
Como fã da banda conimbricense, a mentora deste projecto aproveitou esta experiência de "viver" com a banda para explorar a cena musical de Coimbra nos últimos 15 anos, visto que os Bunnyranch estão directa ou indirectamente a projectos defuntos como Tédio Boys e Émasfoi-se, assim como a outras bandas actuais como Wraygunn, Parkinsons e d3ö. No que diz respeito ao background temporal dos Bunnyranch, há uma incidência um pouco mais profunda sobre os Tédio Boys e as cinzas que deles restaram, tema incontornável a meu ver. O filme consegue explicar muito bem as relações e evolução da cena musical de Coimbra sem nunca retirar da mira principal os Bunnyranch e todo o drama/diversão que representa ter uma banda hoje em dia.
Para um primeiro filme, primeiro documentário, acho que está muito bem feito, bem cuidado. Com participações de Adolfo Luxúria Canibal, Paulo Furtado, Tony Fortuna, entre outros, é um filme que recomendo a qualquer um.
Para os potenciais interessados, deixo o trailer:



Para aqueles que neste momento se encontram a escrever "Rockumentário" na caixa de pesquisa do eMule, deixo-vos as aventuras de Kaló, Filipe, Calhau e André.

Rockumentário Parte 1
Rockumentário Parte 2
Rockumentário Parte 3
Rockumentário Parte 4

9 comentários:

Eduardo Negrão disse...

pôr Adolfo Luxúria Canibal a dizer a frase inicial do filme é meio caminho andado para ser um bom filme

André Forte disse...

o homem precisa de comer... pode ter dito aquilo para encher o frigorifico de gelados, mas realmente deixa-me com vontade de ver a coisa.

Tiago Estêvão disse...

Está engraçado. Mas dizer que o rock vive em Coimbra só pode ser brincadeira.

André Forte disse...

as bandas mais importantes da cena rock portuguesa são de coimbra (wraygunn, d3ö, blood safary, bunnyranch), mas também não me parece que coimbra seja grande impulsionadora da coisa. parece é que o desejo dessas bandas é nem parar cá!

mas o rock viveu em coimbra (e de que maneira) nos anos 80. os Tédio Boys partiram com tudo o que havia para partir.

Tiago Estêvão disse...

Sim, mas entre isso e haver algo que possa ser visto como um movimento...
A única coisa de que Coimbra pode ser capital é da cirrose e do pedantismo académico.

André Forte disse...

eu confesso que não vivi nos anos 80...

Tiago Estêvão disse...

Pois, lá está. Se calhar o rock viveu em Coimbra. Mas ou mudou de ares ou está ligado à máquina

Eduardo Negrão disse...

eu acho q nao vive em Coimbra, de todo. Mas, vá-se la saber porque, Coimbra é fábrica das melhores bandas de rock portuguesas. Mas isto é discutido no filme.

Tédio Boys -> Coimbra = tédio
O rock nao vive em Coimbra, há surtos de rock em coimbra de quando em quando

António Pita disse...

Próximo dia 31 podem ver este filme e o Filhos do Tédio no Salgado Zenha, entrada livre. Vai haver conversa no final e tudo.

(Bom momento este)