Excluindo o primeiro acto, este dia foi o que arrastou um maior número de pessoas para o recinto do Parque Tejo. Um dia compreendido entre grandes estreias, como foram as de The Gossip, TV On The Radio e Interpol, e grandes actuações, como são sempre as de Scissor Sisters, não podia ter um público mais diversificado e vasto do que o que marcou presença nesta Quinta-Feira. Infelizmente, devido a um atraso, não cheguei a tempo dos concertos de Anselmo Ralph - cuja existência me era desconhecida -, nem de Micro Audio Waves - cujos concertos foram bastante elogiados, mas eu estou incapaz de confirmar. Também perdi o concerto de Underworld, rendido à exaustão.
Posso afirmar que este foi o dia mais equilibrado do festival (pelo que vi), para não dizer o melhor.
Portanto, o meu dia no Super Rock começou com uma excelente actuação de The Gossip. Ficaram para trás os tempos em que fazia sentido acreditar que um baixo é imprescindível. Não só o instrumental deste trio americano é muito rico, como a voz de Beth Ditto é um incrível registo de Gospel bem cantado. No que toca à performance, Beth Ditto arrebatou o público, mostrando comunicativa, sempre chocante, mas, acima de tudo, muito amável. Quem assistiu, rendeu-se ao encanto da banda - e que encanto: forte e dinâmico, por parte de todos os membros do grupo. Apesar de cansados (com apenas duas horas de sono, explicou a vocalista), desfizeram-se em desculpas sem qualquer razão, que mal aparentavam esse estado. Foi uma grande estreia, que deixou, nem mais nem menos, que um pedido de regresso para se apresentar o novo álbum - que não tarda em sair.
Seguiram-se os TV On The Radio, a banda mais aguardada pelo comunidade artística. Ouvir o álbum, em casa, provou-se ser uma experiência completamente diferente do que a despoletada pelo concerto. As músicas são muito mais fortes, intensas e dançáveis; na realidade, as músicas ficam muito mais Industriais, sem nunca perderem a originalidade que caracteriza a sonoridade de TVOTR. Também a performance desta banda é digna de destaque, que não parou um minuto no palco e mantinha uma comunicação activa com o público durante as músicas (espicaçando, gesticulando...). O concerto teve o desfecho perfeito, que levou a audiência ao rubro: tocaram "Staring at the Sun", o single mais conhecido da banda, ainda do álbum de estreia, Desperate Youth, Blood Thirsty Babes. Este concerto teve um único problema, que foi o facto de ter decorrido ainda de dia, quando ainda estava gente a chegar e não acompanhou o acontecimento desde o início e quando as luzes ainda não resultam da melhor forma. Teria sido um impacto ainda maior; mas não é isso que impede este concerto de atingir as melhores actuações do festival.
Seguiram-se os Scissor Sisters. Não há preconceito que deite por terra tal concerto. Nem mesmo o pretexto de não se gostar da música. Os nova iorquinos não deixaram desculpas para não se dançar, cantar ou rir: foi o concerto mais divertido do festival, era impossível negá-lo ou tentar evitar esse facto. Desde a comunicação abundante e contínua, à própria presença de toda a banda, mas principalmente dos vocalistas, passando pela própria música, tudo correu bem e tudo soou bem e opurtuno no concerto de Scissor Sisters. Nem mesmo as situações mais polémicas se pareceram desenquadradas; pelo contrário, vieram mesmo a propósito de uma boa gargalhada, ajudando ainda mais ao espectáculo. Com o público tão rendido como estava, a banda usou e abusou de todo o tipo de situações para melhorar ainda mais a sua performance. Ficou justificada a presença de tantos fãs da banda no recinto. E bem justificada.
A outra grande estreia, provavelmente a mais aguardada por todo a audiência, era dos outros nova iorquinos, Interpol. Com o novo Our Love To Admire à porta, era de esperar uma setlist com bastantes músicas novas, mas essa situação não foi verificada, graças, muito provavelmente, à confirmação de outro concerto, no Coliseu de Lisboa, no dia 7 de Novembro. Começaram, efectivamente, com "Pioneer to The Fall", a primeira música do mais recente trabalho, mas brindaram os fãs com "Obstacle 1", imediatamente de seguida. E assim se ditou o grande início do grande concerto da noite. O público conhecia muito bem as músicas, as quais dançava e cantava, independemente de ser, ou não, um single; mesmo as músicas novas não pareceram novidade para o mar de gente que não arrastou o pé para assistir à estreia dos Interpol em território português. Apesar de todo aquele aparato, a actuação da banda foi muito sóbria, ao mesmo tempo que dinâmica. O vocalista pouco falou, correspondendo perfeitamente às expectativas e às ambiências mais negras da sonoridade do quarteto, mas a forma como se movimentavam em palco, e a presença que ostentavam, transmitia gosto, algo que ninguém se cansou de retribuir. Depois de uma pequena espera, o encore (inevitável) começou com "NYC" e seguiu-se "Stella Was a Diver and She Was Always Down", que deu o concerto por terminado. Muitos dos presentes desistiram de continuar no recinto, depois de terem assistido à intervenção dos Interpol.
Posso afirmar que este foi o dia mais equilibrado do festival (pelo que vi), para não dizer o melhor.
Portanto, o meu dia no Super Rock começou com uma excelente actuação de The Gossip. Ficaram para trás os tempos em que fazia sentido acreditar que um baixo é imprescindível. Não só o instrumental deste trio americano é muito rico, como a voz de Beth Ditto é um incrível registo de Gospel bem cantado. No que toca à performance, Beth Ditto arrebatou o público, mostrando comunicativa, sempre chocante, mas, acima de tudo, muito amável. Quem assistiu, rendeu-se ao encanto da banda - e que encanto: forte e dinâmico, por parte de todos os membros do grupo. Apesar de cansados (com apenas duas horas de sono, explicou a vocalista), desfizeram-se em desculpas sem qualquer razão, que mal aparentavam esse estado. Foi uma grande estreia, que deixou, nem mais nem menos, que um pedido de regresso para se apresentar o novo álbum - que não tarda em sair.
Seguiram-se os TV On The Radio, a banda mais aguardada pelo comunidade artística. Ouvir o álbum, em casa, provou-se ser uma experiência completamente diferente do que a despoletada pelo concerto. As músicas são muito mais fortes, intensas e dançáveis; na realidade, as músicas ficam muito mais Industriais, sem nunca perderem a originalidade que caracteriza a sonoridade de TVOTR. Também a performance desta banda é digna de destaque, que não parou um minuto no palco e mantinha uma comunicação activa com o público durante as músicas (espicaçando, gesticulando...). O concerto teve o desfecho perfeito, que levou a audiência ao rubro: tocaram "Staring at the Sun", o single mais conhecido da banda, ainda do álbum de estreia, Desperate Youth, Blood Thirsty Babes. Este concerto teve um único problema, que foi o facto de ter decorrido ainda de dia, quando ainda estava gente a chegar e não acompanhou o acontecimento desde o início e quando as luzes ainda não resultam da melhor forma. Teria sido um impacto ainda maior; mas não é isso que impede este concerto de atingir as melhores actuações do festival.
Seguiram-se os Scissor Sisters. Não há preconceito que deite por terra tal concerto. Nem mesmo o pretexto de não se gostar da música. Os nova iorquinos não deixaram desculpas para não se dançar, cantar ou rir: foi o concerto mais divertido do festival, era impossível negá-lo ou tentar evitar esse facto. Desde a comunicação abundante e contínua, à própria presença de toda a banda, mas principalmente dos vocalistas, passando pela própria música, tudo correu bem e tudo soou bem e opurtuno no concerto de Scissor Sisters. Nem mesmo as situações mais polémicas se pareceram desenquadradas; pelo contrário, vieram mesmo a propósito de uma boa gargalhada, ajudando ainda mais ao espectáculo. Com o público tão rendido como estava, a banda usou e abusou de todo o tipo de situações para melhorar ainda mais a sua performance. Ficou justificada a presença de tantos fãs da banda no recinto. E bem justificada.
A outra grande estreia, provavelmente a mais aguardada por todo a audiência, era dos outros nova iorquinos, Interpol. Com o novo Our Love To Admire à porta, era de esperar uma setlist com bastantes músicas novas, mas essa situação não foi verificada, graças, muito provavelmente, à confirmação de outro concerto, no Coliseu de Lisboa, no dia 7 de Novembro. Começaram, efectivamente, com "Pioneer to The Fall", a primeira música do mais recente trabalho, mas brindaram os fãs com "Obstacle 1", imediatamente de seguida. E assim se ditou o grande início do grande concerto da noite. O público conhecia muito bem as músicas, as quais dançava e cantava, independemente de ser, ou não, um single; mesmo as músicas novas não pareceram novidade para o mar de gente que não arrastou o pé para assistir à estreia dos Interpol em território português. Apesar de todo aquele aparato, a actuação da banda foi muito sóbria, ao mesmo tempo que dinâmica. O vocalista pouco falou, correspondendo perfeitamente às expectativas e às ambiências mais negras da sonoridade do quarteto, mas a forma como se movimentavam em palco, e a presença que ostentavam, transmitia gosto, algo que ninguém se cansou de retribuir. Depois de uma pequena espera, o encore (inevitável) começou com "NYC" e seguiu-se "Stella Was a Diver and She Was Always Down", que deu o concerto por terminado. Muitos dos presentes desistiram de continuar no recinto, depois de terem assistido à intervenção dos Interpol.
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