Os Metallica apresentaram-se no dia 28 de Junho pela 4ª vez em Portugal. Estavam “cansados do estúdio” e resolveram fazer uma tour antes do lançamento do próximo álbum em 2008. Desta vez, o palco que teve o privilégio de ser pisado por estes gigantes do metal foi o festival Super Bock Super Bock.
No dia 28, às 4 da tarde, já era notória a elevada afluência ao recinto do festival: uma gigantesca concentração (cerca de 45 mil) de metaleiros estava presente no Parque Tejo para mais um concerto do grupo de James Hetfield, Lars Ulrich, Kirk Hammett e Rob Trujillo. O ambiente era negro, o que não espantou ninguém, e (quase) toda a gente ali presente queria ver estes senhores. De facto, sendo os Metallica a banda de maior calibre daquele dia, as outras bandas foram reduzidas à insignificância, não pela fraca qualidade da sua música (embora algumas se encaixem aqui), mas sim por abrirem para Metallica.
Mastodon foi a que mais se destacou de entre todas, proporcionando um espectáculo coerente e de grande qualidade, satisfazendo os fãs da banda presentes no momento (ver post sobre Mastodon). Quanto aos Stone Sour, não trouxeram nada de novo: rock pesado sem grande talento, incentivos a mosh pits por parte de Corey Taylor (vocalista) e rock do mais enfadonho que pode haver (ou pelo menos foi o que pensei até à altura). No que toca a Joe Satriani, este senhor impressionou-me: conseguiu ser ainda pior que Stone Sour e expulsar-me da audiência com as projecções de tédio que a sua guitarra emitia. Para que não haja dúvidas, Joe Satriani pode muito bem ser dos melhores guitarristas que existem actualmente, mas ainda existe aquele fosso gigante (ainda que não pareça) entre tocar guitarra de forma exímia e fazer música de qualidade e cativante. Enfim, deu para ir jantar antes dO espectáculo da noite.
Após o fim de Joe Satriani decorreram 45 minutos desesperantes e apertados enquanto o palco de Metallica acabava de ser montado. Uma vez terminados todos os preparativos, ligaram-se os 2 ecrãs laterais do palco e viu-se Tuco (Eli Wallach - actor) na sua corrida desenfreada num cemitério à procura da campa com os 200.000$ em moedas de ouro (cena de O Bom, O Mau e O Vilão). Enquanto a personagem corria, ouviu-se The Ecstasy of Gold, a intro que marcou o início do concerto da noite e, para muitos, o concerto do festival. O concerto tinha começado.
Desligados os ecrãs, James Hetfield & Cia apareceram, para o júbilo dos milhares de fãs, e não perderam tempo com apresentações formais desnecessárias: entraram a rasgar com a brutal Creeping Death, que provocou um turbilhão de corpos e uma imediata subida de temperatura no recinto.
À medida que o concerto foi prosseguindo, a multidão de fãs apercebeu-se do enorme concerto a que estava a ter direito – a banda ia tocando os temas da sua era inicial, os melhores portanto, deixando de lado as faixas menos consensuais que caracterizaram a era 1996-Presente (excepto The Memory Remains, único tema deste período tocada).
Com os seus habituais gritos de guerra – "Hoo-rah!" – James Hetfield voltou a não desiludir na comunicação abundante e eficaz com o público: "Lisboa, Metallica is with you… Are you with Metallica?!"
Intercalando clássicos como For Whom The Bell Tolls e Disposable Heroes com temas mais instrumentais como …And Justice For All e Orion, os reis do metal deram um concerto memorável, cuja setlist dificilmente poderia ter sido melhor (ver em baixo). Desde Kill’em All até Metallica (Black Album), as músicas mais poderosas foram tocadas, deixando de lado Load, ReLoad e St.Anger, para o prazer de muitos fãs.
Destaque para One, precedida de petardos gigantes e foguetes, Enter Sandman, o hino mais conhecido e mais entoado no concerto todo, Master Of Puppets, que deu aso a um mosh pit gigante, e Seek and Destroy, que fechou a noite com o anúncio prévio de Hetfield e um agradecimento aos verdadeiros fãs: “Metallica fans know, that there’s always one more, right? So there’s one more is that ok? One more for the true, in you heart, Metallica fan. You know who you are, thank you very much for supporting Metallica all these years, we love you!”
No dia 28, às 4 da tarde, já era notória a elevada afluência ao recinto do festival: uma gigantesca concentração (cerca de 45 mil) de metaleiros estava presente no Parque Tejo para mais um concerto do grupo de James Hetfield, Lars Ulrich, Kirk Hammett e Rob Trujillo. O ambiente era negro, o que não espantou ninguém, e (quase) toda a gente ali presente queria ver estes senhores. De facto, sendo os Metallica a banda de maior calibre daquele dia, as outras bandas foram reduzidas à insignificância, não pela fraca qualidade da sua música (embora algumas se encaixem aqui), mas sim por abrirem para Metallica.
Mastodon foi a que mais se destacou de entre todas, proporcionando um espectáculo coerente e de grande qualidade, satisfazendo os fãs da banda presentes no momento (ver post sobre Mastodon). Quanto aos Stone Sour, não trouxeram nada de novo: rock pesado sem grande talento, incentivos a mosh pits por parte de Corey Taylor (vocalista) e rock do mais enfadonho que pode haver (ou pelo menos foi o que pensei até à altura). No que toca a Joe Satriani, este senhor impressionou-me: conseguiu ser ainda pior que Stone Sour e expulsar-me da audiência com as projecções de tédio que a sua guitarra emitia. Para que não haja dúvidas, Joe Satriani pode muito bem ser dos melhores guitarristas que existem actualmente, mas ainda existe aquele fosso gigante (ainda que não pareça) entre tocar guitarra de forma exímia e fazer música de qualidade e cativante. Enfim, deu para ir jantar antes dO espectáculo da noite.
Após o fim de Joe Satriani decorreram 45 minutos desesperantes e apertados enquanto o palco de Metallica acabava de ser montado. Uma vez terminados todos os preparativos, ligaram-se os 2 ecrãs laterais do palco e viu-se Tuco (Eli Wallach - actor) na sua corrida desenfreada num cemitério à procura da campa com os 200.000$ em moedas de ouro (cena de O Bom, O Mau e O Vilão). Enquanto a personagem corria, ouviu-se The Ecstasy of Gold, a intro que marcou o início do concerto da noite e, para muitos, o concerto do festival. O concerto tinha começado.
Desligados os ecrãs, James Hetfield & Cia apareceram, para o júbilo dos milhares de fãs, e não perderam tempo com apresentações formais desnecessárias: entraram a rasgar com a brutal Creeping Death, que provocou um turbilhão de corpos e uma imediata subida de temperatura no recinto.
À medida que o concerto foi prosseguindo, a multidão de fãs apercebeu-se do enorme concerto a que estava a ter direito – a banda ia tocando os temas da sua era inicial, os melhores portanto, deixando de lado as faixas menos consensuais que caracterizaram a era 1996-Presente (excepto The Memory Remains, único tema deste período tocada).
Com os seus habituais gritos de guerra – "Hoo-rah!" – James Hetfield voltou a não desiludir na comunicação abundante e eficaz com o público: "Lisboa, Metallica is with you… Are you with Metallica?!"
Intercalando clássicos como For Whom The Bell Tolls e Disposable Heroes com temas mais instrumentais como …And Justice For All e Orion, os reis do metal deram um concerto memorável, cuja setlist dificilmente poderia ter sido melhor (ver em baixo). Desde Kill’em All até Metallica (Black Album), as músicas mais poderosas foram tocadas, deixando de lado Load, ReLoad e St.Anger, para o prazer de muitos fãs.
Destaque para One, precedida de petardos gigantes e foguetes, Enter Sandman, o hino mais conhecido e mais entoado no concerto todo, Master Of Puppets, que deu aso a um mosh pit gigante, e Seek and Destroy, que fechou a noite com o anúncio prévio de Hetfield e um agradecimento aos verdadeiros fãs: “Metallica fans know, that there’s always one more, right? So there’s one more is that ok? One more for the true, in you heart, Metallica fan. You know who you are, thank you very much for supporting Metallica all these years, we love you!”
Ao fim de cerca de 2 horas e meia, os Metallica deixaram bem claro, mais uma vez, que são A banda de heavy metal e conseguiram rebentar com Lisboa como poucas bandas o conseguem fazer. Protagonizaram um dos concertos do ano e, a meu ver, o melhor do festival. Esperemos que 2008 traga uns Metallica melhorados, redimindo-se do menos bom St.Anger.
Setlist:
Ecstasy Of Gold (intro)
Creeping Death
For Whom The Bell Tolls
Ride The Lightning
Disposable Heroes
The Unforgiven
...And Justice For All
The Memory Remains
The Four Horsemen
Orion
Fade To Black
Master of Puppets
Sad But True
Nothing Else Matters
One
Enter Sandman
Seek and Destroy
1 comentário:
«comunicação abundante», maioritariamente constituida de grunhidos dos tempos das cavernas e dialogos minimalistas. :P ahahahah!
mas são eficazes, pois claro.
é simpático, o senhor james
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