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No dia 28, às 4 da tarde, já era notória a elevada afluência ao recinto do festival: uma gigantesca concentração (cerca de 45 mil) de metaleiros estava presente no Parque Tejo para mais um concerto do grupo de James Hetfield, Lars Ulrich, Kirk Hammett e Rob Trujillo. O ambiente era negro, o que não espantou ninguém, e (quase) toda a gente ali presente queria ver estes senhores. De facto, sendo os Metallica a banda de maior calibre daquele dia, as outras bandas foram reduzidas à insignificância, não pela fraca qualidade da sua música (embora algumas se encaixem aqui), mas sim por abrirem para Metallica.
Mastodon foi a que mais se destacou de entre todas, proporcionando um espectáculo coerente e de grande qualidade, satisfazendo os fãs da banda presentes no momento (ver post sobre Mastodon). Quanto aos Stone Sour, não trouxeram nada de novo: rock pesado sem grande talento, incentivos a mosh pits por parte de Corey Taylor (vocalista) e rock do mais enfadonho que pode haver (ou pelo menos foi o que pensei até à altura). No que toca a Joe Satriani, este senhor impressionou-me: conseguiu ser ainda pior que Stone Sour e expulsar-me da audiência com as projecções de tédio que a sua guitarra emitia. Para que não haja dúvidas, Joe Satriani pode muito bem ser dos melhores guitarristas que existem actualmente, mas ainda existe aquele fosso gigante (ainda que não pareça) entre tocar guitarra de forma exímia e fazer música de qualidade e cativante. Enfim, deu para ir jantar antes dO espectáculo da noite.
Desligados os ecrãs, James Hetfield & Cia apareceram, para o júbilo dos milhares de fãs, e não perderam tempo com apresentações formais desnecessárias: entraram a rasgar com a brutal Creeping Death, que provocou um turbilhão de corpos e uma imediata subida de temperatura no recinto.
Com os seus habituais gritos de guerra – "Hoo-rah!" – James Hetfield voltou a não desiludir na comunicação abundante e eficaz com o público: "Lisboa, Metallica is with you… Are you with Metallica?!"
Destaque para One, precedida de petardos gigantes e foguetes, Enter Sandman, o hino mais conhecido e mais entoado no concerto todo, Master Of Puppets, que deu aso a um mosh pit gigante, e Seek and Destroy, que fechou a noite com o anúncio prévio de Hetfield e um agradecimento aos verdadeiros fãs: “Metallica fans know, that there’s always one more, right? So there’s one more is that ok? One more for the true, in you heart, Metallica fan. You know who you are, thank you very much for supporting Metallica all these years, we love you!”
Ao fim de cerca de 2 horas e meia, os Metallica deixaram bem claro, mais uma vez, que são A banda de heavy metal e conseguiram rebentar com Lisboa como poucas bandas o conseguem fazer. Protagonizaram um dos concertos do ano e, a meu ver, o melhor do festival. Esperemos que 2008 traga uns Metallica melhorados, redimindo-se do menos bom St.Anger.
Setlist:
Ecstasy Of Gold (intro)
Creeping Death
For Whom The Bell Tolls
Ride The Lightning
Disposable Heroes
The Unforgiven
...And Justice For All
The Memory Remains
The Four Horsemen
Orion
Fade To Black
Master of Puppets
Sad But True
Nothing Else Matters
One
Enter Sandman
Seek and Destroy
1 comentário:
«comunicação abundante», maioritariamente constituida de grunhidos dos tempos das cavernas e dialogos minimalistas. :P ahahahah!
mas são eficazes, pois claro.
é simpático, o senhor james
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