sexta-feira, junho 29, 2007

13º SBSR - Acto 1

Anunciado o início da festa para as 17h, nos bilhetes e em alguns meios de comunicação (apesar de no site do evento estar marcado para as 16h o concerto de Men Eater), foi a desilusão para muita gente que chegou à hora prevista e já estavam os Blood Brothers a tocar. A mim, atrasaram-me os comboios e perdi os Blood Brothers de qualquer modo.
Felizmente, cheguei mesmo a tempo da festa que queria ter - apesar dos Men Eater já terem tocado -: Mastodon.


Consegui, finalmente, assistir a um concerto destes senhores do Metal Progressivo. A oportunidade havia surgido em Novembro, aquando da vinda de Tool a Portugal, mas as entradas tão lentas, graças à procura exaustiva de equipamento de fotografia, reduziram o concerto a umas míseras 3 músicas.


Mas desta vez, os senhores de Atlanta tiveram tempo e fotografias só para eles. Por cerca de 45 minutos, o palco (expressamente montado para os Metallica) pertenceu aos Mastodon, que usaram e abusaram do seu espaço com intensidade, musicalidade e técnica. Ao contrário do que eu esperava, eles não se centraram somente no mais recente Blood Mountain do que nos seus antecessores, Leviathan(2004) e Remission(2002); fizeram um bom apanhado das melhores músicas, brindando o já numeroso público (se compararmos com o que estava em Metallica, era inexistente, na realidade) com um concerto em grande. Mas "The Wolf is Loose", "Crystall Skull" e "Capillarian Crest", do álbum de 2006, conduziram os fãs ao mosh pit e ao stage diving com mais facilidade.


E realça-se o som, que estava fabuloso. E essas coisas notam-se nas primeiras bandas, antes dos cabeças de cartaz (que têm sempre O melhor som), que saem naturalmente prejudicados. Ora, essa situação não se verificou; muito pelo contrário, o som de Mastodon - tão rico e complexo, difícil de ouvir e distinguir - estava perfeitamente perceptível, o que ajudou imenso ao espectáculo.
A banda foi extremamente profissional: falou pouco, tocou muito, mostraram-se enérgicos e perfeccionistas. Com um tempo tão reduzido para tocar, esta atitude é natural e até louvável, visto que economizaram o pouco espaço em que se moviam. Haviam de cá voltar, para um concerto deles, mesmo.




Joe Satriani

Em poucas palavras: foi secante, repetitivo, pouco original e demasiado egocêntrico. Sinceramente, não entendo este tipo de projectos em que se tocam duas notas repetidamente e a estrela de circo mostra que sabe as 400 mil escalas que existem numa guitarra. Resumidamente, posso afirmar com toda a segurança que Joe Satriani é o Pedro Abrunhosa da Guitarra: não sabe cantar, simplesmente falar.




O Negrão falará melhor dos restantes concertos, que decorreram depois de Mastodon (visto que também foi vitimizado, como muitos de nós, pelos horários pouco explícitos), principalmente de Metallica. Digo-vos, desde já, que foi um grande grande concerto. O post sobre eles vai ter a setlist que prova essa situação, visto que fala por si só. Eu ainda estive no meio da multidão durante algum tempo, mas o cansaço e a minha meninisse levaram-me a bater em retirada daquele campo de batalha regado calorosa e acolhedoramente, a típica forma dos concertos dos senhores de tudo o que é Metal.

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