terça-feira, agosto 04, 2009

Mergulho em Paredes de Coura '09 - dia 1


Não foi permitido pela maldita salmonella algumas vezes, mas estamos aqui para falar de outras águas. Como o André frisou, nada como uma bela de uma banhoca e, no meu caso, um grande e suculento bife (não sou vegetariano, mas confesso que senti falta de chicha decente na semana que passei no Taboão). Anyway, vamos à música, isto é, ao festival em si.

Não fui para Paredes de Coura este ano à espera de um grande festival. Em grande parte, o que me moveu foi o nome cabeça de cartaz: Nine Inch Nails. Não deixou de haver, no entanto, algumas boas surpresas.

O primeiro dia, encabeçado por Patrick Wolf, revelou-se um desastre no que toca a organização: apenas palco secundário? Valente asneirada! Um mar de gente onde só cabiam umas meras centenas. Ridículo no mínimo. Sean Riley & The Slowriders tiveram as honras de abrir o festival e fizeram o melhor que podiam: foram o mais enérgicos que a sua música permite ser e chegaram a entreter-me. Pena não serem o meu prato favorito. Strange Boys foram no mínimo irritantes e chatos, graças principalmente ao vocalista e a sua voz esganiçada. Arrancou-me umas quantas gargalhadas, este sujeito (nota: com outro vocalista a banda podia muito bem ter-me cativado, mas a característica vocal do frontman sobrepôs-se à música levada a cabo pelo resto dos membros, estragando muito do que ali se tocou). Já Patrick Wolf foi uma lufada de ar fresco, colorido e animado. O excêntrico britânico revelou ser um excelente entertainer, multi-instrumentista exímio e cativou o público com a sua simpatia contagiante. Sempre bem disposto e comunicativo, Patrick Wolf visitou principalmente o seu último álbum, The Bachelor, sem que registos anteriores, como The Magic Position, fossem ignorados. Os seus dotes vocais aliados de múltiplos instrumentos, desde o violino, passando pelo ukelele, até ao piano, foram os ingredientes de um concerto rico de sonoridades que despertaram sentimentos variadíssimos. Destacaram-se os temas Battle, Hard Times, The Bachelor e The Magic Position, tema que finalizou a noite de concertos do primeiro dia do festival.

O primeiro dia valeu principalmente pela versatilidade e simpatia de Patrick Wolf e pecou pela abolição perfeitamente descabida de um anfiteatro natural, mais do que adequado e merecido para o artista que ainda agora referi. Todavia, não se pode dizer que foi um mau começo.

Dia 2, 3 e 4 virão num ápice!

3 comentários:

Eduardo Negrão disse...

Outro ponto negativo: som fraquíssimo nas primeiras 4 ou 5 músicas de Patrick Wolf

André Forte disse...

isso é verdade. eu não ouvia um som tão mau desde... desde sempre, acho eu. só se ouvia voz.

Leonardo Carvalho disse...

Concordo especialmente com isto: "revelou-se um desastre no que toca a organização: apenas palco secundário? Valente asneirada!" foi de tal maneira mau, que no fim de strange boys fugi para poder respirar, não tendo regressado!!!