quarta-feira, setembro 03, 2008

Racismos

Bem sei que este site qualquer dia mais parece uma página de guerrilha à edição online da Blitz, mas há de facto situações profundamente lamentáveis. Até dou de barato a falta de espaço para artistas não consagrados, o registo a fugir para o sensacionalista e tudo mais. Mas agora artigos com linguagem claramente racista são intoleráveis. Estou consciente que a linguagem é muitas vezes desvalorizada e que não faltarão os que aqui verão teorias da conspiração. Acontece que qualquer pessoa que tenha dignado algum do seu tempo a estudá-la ou a pensá-la decerto compreenderá que a linguagem é por natureza conservadora, generalizadora e discriminatória. Feita a breve (e chata, bem sei) introdução avanço para o caso em questão.

O artigo em questão é entitulado de "69 guitarras e 3 ciganos na bagagem que Madonna traz a Portugal" e versa assim: "A lista de pertences da Sticky & Sweet Tour de Madonna não se lê sem pelo menos um sorriso: Na bagagem, a rainha da pop, 50 anos feitos em Agosto, traz 250 colaboradores, 69 guitarras, 3 ciganos romenos, 1 quiropático, 1 treinador pessoal, 1 massagista, 100 joalheiras e 12 trampolins".

A forma como os 3 ciganos são referidos, quase como três espécimes exóticos é, na melhor das hipóteses, infeliz. O facto de não ser referida a função dos ciganos é apenas o cúmulo porque, das duas uma: ou vão como peça de museu ou como colaboradores e, se assim é deviam estar incluídos nos outros 250. Que o discurso jornalístico é por natureza discriminatório (é fácil de perceber porquê: o que foge à norma é que é notícia) já não é novidade. Mas isto passa um pouco para além disso...

30 comentários:

André Forte disse...

pelo título, os ciganos são contorcionistas, pois cabem na bagagem.

vanessa disse...

Tiago, tivemos uma discussão parecida em Paredes,mas como este é o meu assunto preferido, aqui vai.
Primeiro de tudo é a Blitz, logo deve-se ignorar, segundo, a Blitz e os seus redatores não têm estofo até para serem racistas.
E é um pouco exagerado da tua parte dizeres que, por eles terem excluido os 3 ciganos de todos os outros colaboradores mensionados no texto,faz deles racistas ou que o texto está racista, como tu próprio disseste, é o exótico e o diferente que chama a atenção do publico e dos leitores (pobres coitados), não teria impacto nenhum eles terem posto, 69 guitarras e 253 colaboradores, como titulo.
Na minha visão das coisas, o facto de teres dado ao trabalho de mencionares sobre este artigo , significa que tu também és preconceituoso,pois estás a intender que eles não têm o direito de sublinharem uma raça num artigo, porque "parece mal".
No tempo do Salazar é que era assim, "á não vamos dizer isto porque parece mal", se temos libredade de expressão, entao devemos usufruir sem sermos descriminados, senão assim a expressão não é livre.

André Forte disse...

Vanessa, ainda bem que estamos em desacordo! :) estas caixinhas de comentário servem precisamente para isso.

Ora, eu concordo com o Tiago, ainda que não leve a coisa tão a peito.
A verdade é que a linguagem é a matéria do nosso pensamento e este tipo de "gaffes" não abonam a favor de quem as escreveu. Acho que se deve ter mais cuidado na forma como se expõe as coisas e não recorrer a este tipo de descriminação inocente para conseguir que uma notícia vazia de interesse pareça mais do que realmente é. Isso é abuso da liberdade de expressão, que deveria terminar quando começam as expressões mais depreciativas.

A colocação dessas pessoas na montra de coisas exóticas que a Madonna traz, mesmo ao lado das não sei quantas guitarras não é a melhor do mundo, sem dúvida.

Mas pronto, Vanessa, tens toda a razão quando dizes que não se deve levar a Blitz muito a sério. No fundo até acho estranho que eles não tenham dito que a Amy Winehouse já foi apanhada a fumar crack numa peça de tapeçaria romena, feita por ciganos...

vanessa disse...

Isso sim seria um texto racista, pois dá a impressão que os tapetes feitos por ciganos romenos só servem para se fimar crack.
Mas até que ponto é que esses dizeres começam a ser depreciativos? Como se definem esses parametros e quem tem o direito de os defenir? É assim que começa a censura caro André.

André Forte disse...

Não acho, caríssima Vanessa. A censura surge quando te impedem de colocar as coisas como quiseres. No entanto aqui ninguém impede ninguém. A verdade é que a liberdade de expressão não foi usada correctamente, pois pode ofender alguém. Eu não ficaria feliz se me colocassem numa posição de bagagem e é disso que se trata. Essas coisas não são definidas por ninguém pois isso seria, realmente, censura. Mas a verdade é que sem bom senso ninguém usufrui de liberdade alguma... e isso faltou naquela escolha de palavras.

Mas é como digo, eu não acho tão grave assim, pois isso acontece recorrentemente na nossa imprensa, quer seja musical, enxoval, ou invernal... Ou melhor, é grave, mas eu já me habituei. É como se um professor de português fosse ouvir um jogador de futebol a falar - acabava por se habituar ao terror.

Tiago Estêvão disse...

Bem, Vanessa, quando escrevi o artigo já esperava esta tua reacção. Eu, como entendes, discordo.

Para já acho que o facto de ignorarmos uma publicação aceite pela sociedade portuguesa e de não a pensarmos não é a melhor forma de estar. Apesar de tudo, quer se goste quer não, a Blitz é a publicação musical mais respeitada (em termos numéricos) no nosso país. O facto de ignorarmos e não atribuirmos importancia aquilo de que também não gostamos revela pouca flexibilidade e tolerância a pontos de vista divergentes e é uma das mais básicas formas de conformismo.

Segundo. Haverá o direito de algum jornalista expressar o seu racismo? (e calma que aqui é uma situação hipotética, não estou a dizer que o senhor que escreveu este artigo o seja) Da forma como eu o vejo o racismo tem por base a diminuição do que é diferente, pelo que, acreditanto eu (e a nossa Constituição também) na igualdade, o tomo como um insulto. Ora, os insultos não podem ser confundidos com liberdade de imprensa. O jornalista é livre mas não alheio à sociedade em que vive: existe a questão da responsabilidade social, que convém não esquecer. Apesar da banalização em que caiu a expressão não podemos alhear-nos de que a nossa liberdade termina quando interfere com a dos outros (neste caso o direito à igualdade).

Não sei quem é o jornalista em questão por isso, longe de mim, chamar-lhe de racista. Mas é um facto que a notícia que escreveu é profundamente infeliz (na minha óptica) e me indigna como defensor da igualdade (e não, não sou o Paladino da Justiça)

Diogo Duarte disse...

É bastante pertinente teres referido isso, Tiago. Também eu quando li o texto no blitz reparei nesse pormenor, apesar de não lhe ter dado muita importância já que é o pão nosso de cada dia. Ao contrário do que a maioria das pessoas acha, como por exemplo a Vanessa, é desta forma subtil que se incorpora a discriminação e que esta se mantém no nosso discurso quotidiano. Não que origine obrigatoriamente discriminações violentas, mas o que é certo é que não existe sem ser enquanto uma forma de discriminação. Se não falarmos de forma correcta e não soubermos o que significam as palavras, como é que podemos pensar de correctamente?
É tanto mais de assinalar porque o Blitz é uma publicação de massas e, como disse o Tiago, independentemente das nossas ideias, devemos assumir a dimensão social do que escrevemos consoante o contexto em que o fazemos. Neste caso, nem percebi se a menção aos três ciganos veio da parte da equipa da Madonna ou do Blitz.

Só mais uma coisa em relação à frase da Vanessa, que é bem ilustrativa desta questão, em que diz: "o facto de teres dado ao trabalho de mencionares sobre este artigo , significa que tu também és preconceituoso,pois estás a intender que eles não têm o direito de sublinharem uma raça num artigo, porque "parece mal"."
Aqui está o problema. O Blitz, ou seja lá o que for, tem até o direito de jurar a pés juntos que o milagre de Fátima aconteceu realmente, ou até que os porcos têm asas, se acharem que isso não condena a sua credibilidade. No entanto, raça é coisa que não existe, a não ser nos cães e noutras espécies de animais. Portanto, o problema aqui é precisamente perpetuar um conceito que não tem qualquer correspondência real. Não é necessário haver alguém capaz de dizer o que está bem ou está mal: a natureza tratou de o fazer. Portanto, qualquer pessoa tem o direito de falar de raças, mesmo um jornal como o Blitz, ao preço da sua própria credibilidade. Infelizmente, a credibilidade não é muito abalada, afinal acho que não há jornal em Portugal que não goste de referir a cor da pele ou a nacionalidade quando convém, como se isso tivesse algum valor objectivo - nunca percebi porque é que o primeiro racista não usou o tamanho dos narizes em vez da cor da pele para legitimar a discriminação, quem sabe funcionaria melhor.

De qualquer forma, não me parece que o jornalista seja algum criminoso, ou tenha segundas intenções. Apenas se comportou como a maioria das pessoas faz na vida quotidiana: sem pensar. Só é pena é escrever para um jornal de grande tiragem.

Tiago Estêvão disse...

Bem, Diogo, estou em perfeita sintonia com o que escreveste

Ska disse...

3 ciganos porque são eles que vão fazer o "gipsy interlude", ou coisa assim parecida. A ideia inicialmente era ter os gogol bordello, que lhes disseram que não podiam ou não sei quê. claro que são colaboradores, mas é como se dissessem "250 colaboradores, 3 contorcionistas, 2 palhaços, 4 cuspidores de fogo". Podiam ter explicado o porquê de realçarem os ciganos, mas honestamente, é levar demasiado longe o politicamente correcto.

André Forte disse...

Ska, eu acho que não se trata de ser politicamente correcto. Até porque me parece óbvio que ninguém neste blog é muito dessas coisas :P Eventualmente, só o Tiago.

Mas lá está, infelizmente este tipo de coisas são recorrentes, por isso não têm o impacto que deviam ter. É que não se trata de dizer "eu não posso dizer que o saco que uso para o lixo é preto porque ofende alguém", trata-se de sublinhar uma diferença inexistente, que é a raça. E acho que termos consciência destas coisas não é nenhum tipo de censura ou auto-censura. Actualmente a censura não se impõe, incute-se: não obrigas ninguém a ficar calado, levas a crer que é mais seguro fazê-lo, senão vem o terrorista e rebenta contigo - e aqui está o tal preconceito racial que nos diz que o terrorista tem de ser isto ou aquilo, ou que o ladrão é dali ou falo não sei o quê. Claro que isto é uma metáfora (que eu espero ser explícita).

Tiago Estêvão disse...

Calma, André, a diferença não é inexistente. Devemos ter consciência que elas existem e aceitá-las. E pronto, não queria ir bem para a teoria do terrorismo e da imposição da censura, se bem que é uma forma de expressão, bem sei.

Agora o facto de os ciganos figurarem para fazer o interlúdio já é perceptível. Acontece que (na minha óptica, claro está) não estava explícito e a única coisa que utilizaram para os identificar foi a sua etnia e não as suas capacidades ou função, o que é de todo absurdo. Lá está, quanto a mim, é de profundo mau gosto, mas também sei que esta temática não geraria consensos(nem tal era seu objectivo).

Puxei o assunto por me parecer pertinente discutir o discurso jornalístico e nisto o importante é mesmo perder tempo a pensá-lo e não termos todos a mesma maneira de ver as coisas

André Forte disse...

Tiago, eu não disse que as diferenças não existiam. Disse que uma diferença racial não existe, pois não existem raças.

E depois só falei no terrorismo e nessas chouriçadas todas em formato "off-topic", um pouco para dar a minha opinião sobre aquilo que a Vanessa tinha dito anteriormente.

Tiago Estêvão disse...

Eu sei. Só que não gosto do "somos todos iguais" porque, no fundo, é uma mentira

André Forte disse...

se com isso queres dizer que cada pessoa é uma raça, parece-me melhor :P

ahahahahah!

António Pita disse...

Há uma diferença entre o ideal real e o ideal.

No ideal, esta frase é um escandalo - embora haja bem piores.

No ideal real, esta frase só existe porque a Madonna tem um interlúdio que em vez de ter macaquinhos, tem ciganos. E portanto, muito sinceramente e sendo muitissimo politicamente incorrecto, estou-me um bocado nas tintas.

Há coisas com que me preocupo mais.

André Forte disse...

TOUCHÉ!!!!!

Tiago Estêvão disse...

Acredito que sim, Pita. Agora se começamos a ignorar aspectos que estão errados só porque há de facto coisas mais graves acabamos por não chegar a lado nenhum. O próprio pressuposto da esquerda (com a qual me identifico) é a luta por uma forma de ver diferente, sempre no sentido da equidade. E essa luta passa muitas vezes pelo simples chamar a atenção de coisas mínimas.
Para além do mais sempre concordei com a teoria que todas as manifestações sociais e culturais são profundamente politizadas e, como tal, sempre lhes atribui um grande valor. Mas isto sou eu

vanessa disse...

Sim, Tiago, tudo isso é muito bonito, mas sabes o que não é bonito, é que esse povo nómada, mais conhecido por "ciganos",vivem á custa dos meus descontos e dos descontos da segurança social dos teus pais.Ganham milhares de euros por mês á custa de contrabando e roubos, são a étnia que mais disturbios causam nos bairros sociais, recebem grandes apartamentos com aquecimento central, só porque vivam em barracas, e ainda se queixam que o Governo português não os ajuda e pagam rendas de 2€, enquanto jovens, como nós, têm de pedir empréstimos aos bancos do qual passam o resto da vida para pagar e não têm emprego garantido quando acabam a universidade e têm que trabalhar em cafés e centros comerciais.
Já agora alguém já pensou que eles simplesmente se estão a cagar para o que lhes chama-mos e para as nossas delicadezas? E única ocasião em que somos todos iguais é, quando um cigano romeno te aparecer á frente e te esfaquear só para te roubar o telemóvel e uns trocos.
E já agora esclarece-me uma coisa,Tiago, se não estás a chamar de racista ao jornalista nem á Blitz, porque é que intitulaste o post de "Racismos"?

Tiago Estêvão disse...

Bem, Vanessa, não sei que dizer a este teu comment. Mas posso-te dizer que não percebo esse tom irado.
Se queres que te diga, vivi durante 10 anos entre o Bairro da Rosa e o Ingote, aqui em Coimbra e bem sei o que é que há desse lado da barricada que todos temem. Mas sabes o que é curioso? É que apesar de toda a generalização que é feita a maioria (sim, a maioria, não são tretas de lunático) quer fazer parte de uma sociedade que não os quer acolher. É normal que a concentração de delinquentes nessas áreas seja maior. Não têm qualquer perspectiva de uma vida melhor. Onde quer que apareçam são vistos com medo. Estão proibidos de dizer onde vivem, sob pena de serem postos à parte. Não é tudo tão simples assim.
Mais. O dever do Estado é permitir a igualdade de oportunidades para todos. Formar guetos não me parece que seja a melhor forma de o fazer. Eles continuam postos à margem.
Há ciganos da pior espécime. Mas também os há brancos. Curiosamente, quando me assaltaram à mão armada (e ao Pita) não eram ciganos. Eram brancos que, adivinhe-se, poucas perspectivas de vida tinham.

Por isso, é preciso muito cuidado quando se mete tudo no mesmo saco.

Por fim, explicar o título: "Racismos". Que o texto em questão realça a raça e a utiliza como meio de discriminação não é contestável. Pode ser visto de forma mais leviana ou mais intempestiva mas é um facto. E assim sendo peguei neste "racismos" porque transmite aquilo que queria transmitir: que esta é uma das muitas formas de manifestaçoes de teor racista (como aquela que acima proferiste). O que não faz do senhor necessariamente racista. Por alguem ter feito algo de violento/inteligente (and so on) não quer dizer que tenha de o ser.
Partes de uma premissa "racismos igual a racista" que não advoguei nunca.

P.S.- tenho vizinhos desse tal povo nómada e nunca tive razão de queixa

André Forte disse...

parada, estocada... mega TOUCHÉ!!!

(desculpa vanessa, mas ele até deixou o PS à sacana).

Anónimo disse...

esta discussao foi fantastica devo dizer-vos, deviam fazer isto mais vezes. Um sentido agradecimento e um forte abraço aos participantes!

E andre so para ti...................................................TOUCHE

António Pita disse...

Acho que no fundo, no fundo, o Tiago anda a aprender buéda merdas buéda depressa...

André Forte disse...

para a semana convocamos outra. o tema será "as origens do rock progressivo e as implicações sociais na classe média-alta".

vanessa disse...

Mas já acabou?
Ainda não levei a última estucada, apenas quero pedir desculpas ao Tiago, pois realmente admito que escrevi o último comentário um pouco fora de mim, mas quando te encontrar direi o porquê e teremos mais tema de discussão saudavel.
André és um menino e depois falamos, mano a mano.
E já agora tendo como vizinhos esse povo nómada sei o que digo, aliás tenho como vizinhos todos aqueles povos que se falarmos algo contra eles somos considerados racistas ou que são uns pobres coitados pressionados pela sociedade cruel. Eles adoram esconder-se atrás desses argumentos patéticos, e quero deixar bem claro que a minha revolta não tem a ver com cores ou etnias ou credos, todos os povos que não trazem algo de bom para este país devem sair e fazer o mal que quiserem no país de origem, os brancos portugueses que fazem o mesmo lá fora, merecem ser recambiados de volta para cá para lhes tratarmos da saúde e o nosso governo merece um golpe de estado e umas chapadas na cara.

André Forte disse...

então e os povos que fazem mal ao próprio país? que fazer com eles?

vanessa disse...

Devia de existir sistemas que tratassem disso, mas como não há sistemas perfeitos estamos todos lixados,por exemplo,o que o governo brasileiro está a fazer nas favelas,criou uma força militarizada que deita tudo abaixo e mata quem se põe á frente,assim se criam os extremismos, embora não seja a favor desta decisão, neste momento, em como está o estado das coisas com falinhas mansas não se chega lá.

Si disse...

o facto é que cigano é tanto definição de uma etnia quanto a palavra caucasiano. quem automaticamente associa a palavra cigano às quintas das fontes e afins é que está a ser tendencioso! ou alguém se ofende quando lhe chamam caucasiano? claro que o artigo não deixa de ser ...estranho, visto não especificarem a etnia dos outros acompanhates da sotora. racismo é atribuir uma conotação positiva ou negativa a uma pessoa com base exclusivamente na sua etnia - a utilização da palavra cigano como insulto é que podemos considerar racista. a utilização da mesma palavra como modo de referência a uma pessoa que é, de facto, cigana... acho que não?

Si disse...

e ao primeiro touche cansei me de ler, sou mt sensivel a manchas graficas mt grandes. so vim ver isto porque me disseram que as palavras 'paladino' e 'justiça' apareciam, separadas entre si por um 'de'. e eu quis vir ver :D

André Forte disse...

e encontraste o teu paladino? ^^

Si disse...

ainda estou indecisa:P