Numa espécie de best-of, os Genesis recuperaram as grandes músicas. Chamaram-lhe Turn It On Again. Uma das 'vítimas' foi a grande "Carpet Crawlers", daquele que é, na minha singela opinião (e confesso, correndo o risco de parecer 'presunçoso', que a considero mais válida do que as demais), o melhor álbum de Rock Progressivo de sempre, The Lamb Lies Down On Broadway.
Nesta versão, que está muito bem reconstruída, os Genesis tiveram a inteligência de recuperar os três distintos momentos da música: a primeira versão conhecida, cantada por Peter Gabriel, a versão cantada por Phill Collins, e a reinterpretação feita pela banda, actualmente. A música sempre foi bela, imensamente - ainda que a forma de cantar do Collins estrague muito, por ser exagerada; já a de Gabriel é perfeita e a única que alguma vez fez sentido -, mas este trabalho destaca uma ideia que tenho desde há algum tempo: os registos de Peter Gabriel tendem em soar cada vez mais a Genesis, a banda de que ele desistiu pois achou que, depois de Lamb Lies, "nada mais resta para fazer". Claro que não é tão linear assim. Mas a realidade é que esta versão tem uma grande influência da nova sonoridade de Gabriel e nem por isso se verifica uma perda em relação à original; "The Carpet Crawlers" é nova, mas não deixa de ser a velha "Carpet Crawlers". Pode-se dizer que é o novo Peter Gabriel - maduro e humilde o suficiente para perceber que não se ignora um passado brilhante -, mas de volta ao Gabriel que dava um tom negro aos Genesis.
Mas indiscutível só é a beleza de "The Carpet Crawlers". E o clip está mesmo bom! Claro que digo-vos isto e vocês pensam «este rapaz ensandeceu». Compreensível: "The Carpet Crawlers" parece ter os atributos de uma música banal que andava pelos 'tops' britânicos de então. Falta uma grande questão nisto tudo: quando contextualizada com o resto do álbum, que conta uma história, a música faz um sentido completamente diferente, ganha uma dinâmica e uma força que não lhe encontramos numa primeira audição isolada. Ouçam The Lamb Lies Down On Broadway que quando se cruzarem de novo com esta música perceberão, certamente, a grandeza dela.
Nesta versão, que está muito bem reconstruída, os Genesis tiveram a inteligência de recuperar os três distintos momentos da música: a primeira versão conhecida, cantada por Peter Gabriel, a versão cantada por Phill Collins, e a reinterpretação feita pela banda, actualmente. A música sempre foi bela, imensamente - ainda que a forma de cantar do Collins estrague muito, por ser exagerada; já a de Gabriel é perfeita e a única que alguma vez fez sentido -, mas este trabalho destaca uma ideia que tenho desde há algum tempo: os registos de Peter Gabriel tendem em soar cada vez mais a Genesis, a banda de que ele desistiu pois achou que, depois de Lamb Lies, "nada mais resta para fazer". Claro que não é tão linear assim. Mas a realidade é que esta versão tem uma grande influência da nova sonoridade de Gabriel e nem por isso se verifica uma perda em relação à original; "The Carpet Crawlers" é nova, mas não deixa de ser a velha "Carpet Crawlers". Pode-se dizer que é o novo Peter Gabriel - maduro e humilde o suficiente para perceber que não se ignora um passado brilhante -, mas de volta ao Gabriel que dava um tom negro aos Genesis.
Mas indiscutível só é a beleza de "The Carpet Crawlers". E o clip está mesmo bom! Claro que digo-vos isto e vocês pensam «este rapaz ensandeceu». Compreensível: "The Carpet Crawlers" parece ter os atributos de uma música banal que andava pelos 'tops' britânicos de então. Falta uma grande questão nisto tudo: quando contextualizada com o resto do álbum, que conta uma história, a música faz um sentido completamente diferente, ganha uma dinâmica e uma força que não lhe encontramos numa primeira audição isolada. Ouçam The Lamb Lies Down On Broadway que quando se cruzarem de novo com esta música perceberão, certamente, a grandeza dela.
Sem comentários:
Enviar um comentário