sexta-feira, junho 26, 2009

O rei morreu, mas há muito ia nu


Michael Jackson morreu. O sentimento de consternação parece ter atingido uma escala planetária e a notícia tem agora honras de primeiras páginas e de abertura de telejornais em todos os países. O rei morreu. E já que dele não se poderão vender mais escândalos, ao menos que se venda a tragédia.

É altura de ocultar a história e de a suavizar. Esqueçamos a decadência em que há muito caíra. Esqueçamos a bizarria da sua mudança de cor de pele e o ataque que constituiu à luta pela igualdade "racial". Esqueçamos que os media que agora o idolatram são os responsáveis pela sua crucificação e diabolização. Atiremos pedras a Hugo Chávez que, apesar de todos os defeitos, chamou a atenção para um facto inegável: por muito trágico que seja este desaparecimento, a crise política hondurenha é mais importante e nem noticiada tem sido.

É hora de incitar ao sentimentalismo lamechas. E, sobretudo, de esquecer que o mais importante ficou:






6 comentários:

prla1983 disse...

Word.

b disse...

há mil anos que não lia uma posta tua! uau.

hey, o quarto poder é que sabe e as pessoas querem saber isto. querem sofrer. pior que tudo, querem tirar vantagem disso. há bocado, estava a ver um tipo de um grupo de direitos humanos que dizia algo como: "ele é o marco da cultura negra, antes de barack obama, oprah, etc e é a ele que devemos este fenómeno". (acho que me vou poupar a comentar isto...)

por outro lado, há um artigo do público muito interessante. "o dia em que a pop morreu e a mtv, também". a decadência da mtv, yeah :)

André Forte disse...

antecipaste-te, mariola.

O MJ estava musicalmente morto há muito tempo, infelizmente. Acho que os lutos são quase desnecessários. É pena e um grande barrete ter acontecido uma semana antes do big comeback.

De qualquer forma, é preciso morrer alguém para a boa música voltar à MTV. Hoje foi só Michael Jackson. :\

TV o anónimo disse...

melhor head line de sempre! :D

António Pita disse...

Já viram os ensaios dele? Até me deixou com pena de não ter feito um ou outro concerto - e de eu ter lá estava evidentemente.

André Forte disse...

iam ser grandes espectáculos, isso é certo. mas, e paciência para as macacadas todas?