sábado, dezembro 27, 2008

1000 Albuns para ouvir antes de morrer

Depois de vários ensaios deste género no mundo do cinema, do teatro e da literatura, chega agora a vez da música. O autor deste livro chama-se Tom Moon e não há muito mais a dizer, a não ser que é uma senhora lista, bem completa, com variados estilos e sonoridades.

Destaca-se também a presença portuguesa - com o inevitável Fado - de Amália Rodrigues e dos Madredeus.

De resto, vejam a lista completa no site oficial. Acho que vão ficar agradavelmente surpreendidos.

P.S. - por falar em listas, Tom Moon também faz uma do ano de 2008 - esta com alguns nomes, na minha modesta opinião, bem mais fraquinhos.

sexta-feira, dezembro 26, 2008

Os melhores do ano para o Público

Público, o jornal. Num dos seus suplementos, o Ípsilon, foi feita uma lista dos melhores do ano. Que decidi postar porque é uma revista com a sua qualidade, com uma aceitável abertura de horizontes e explorando mais que, por exemplo, a Blitz.

Fiquem com esta curiosidade:

1 - Vampire Weekend - Vampire Weekend
2 - Gang Gang Dance - Saint Dymphna
3 - Portishead - Third
4 - High Places - High Places
5 - Buraka Som Sistema - Black Diamond
6 - Tiago Guillul - IV
7 - Fujiya & Miyagi - Lightbulbs
8 - Buika - Niña de Fuego
9 - Cass McCombs - Dropping the Writ
10 - Camané - Sempre de Mim

Se são fãs de metal ou post ou de algo mais refinado esqueçam esta lista. Mas para publicações mainstream portuguesas não é uma aberração.

terça-feira, dezembro 23, 2008

Pirataria não te leva a tribunal, apenas te desliga do mundo

Não condeno a pirataria (como quem lê o blogue pode imaginar), por isso não queria que interpretassem mal o título da posta. Com ele, queria apenas realçar uma certa parte da notícia avançada pelo Cotonete, que diz que "A associação que regula a indústria musical nos EUA, a Recording Industry Association of America (RIAA), anunciou que vai deixar de processar quem faz downloads ilegais de música. Num comunicado recente, a RIAA anunciou que vai dedicar-se mais à prevenção do que à punição da pirataria."

Confesso que não sei o que quer isto dizer, quando depois acrescentam que "em vez disso, vai emitir avisos através dos servidores de internet a quem estiver a fazer donwloads ilegais. Se a pessoa não ligar aos avisos, arrisca-se a punições que podem passar pela desconexão do seu serviço de internet."
Ou seja, não podes ser preso, mas podes ficar 'isolado' (sem ligação à Net, entenda-se).

Esta notícia tem ainda outra análise, mais positiva: as próprias editoras já perceberam que não há muita coisa que possam fazer e este recuo só demonstra a sensatez da sua acção. Não tarda para caírem em si, felizmente.

Lusitanian Metal

Peço desde já desculpa aos fãs mais aficionados dos Moonspell, caso fiquem ofendidos pelo que vou dizer. Aproveito também para esclarecer que gosto muito destes portugueses e da música que fazem. E garanto que ao vivo é um concerto do mais profissional que vi nos últimos tempos, com a ajuda da qualidade das músicas... é um espectáculo bem porreirinho.

Tem, claro, muitas coisas ridículas, principalmente o aparato todo - começo a achar que é destas bandas de metal mais conhecidas -: um bode feito de borracha que abana de forma ridícula, uma ventoinha para o cabelo do teclista esvoaçar (tendo em conta que este tem um suporte para toalhas a servir de apoio para as teclas), entre bastantes coisas mais...
Agora, a ajudar a esse ridículo todo, eles ainda escolhem o pior nome de sempre (possivelmente; senão pode sempre substituir-se esta expressão por "o pior nome do ano") para um álbum/DVD: Lusitanian Metal. Vou repetir. Lusitanian Metal. Caramba, "Vampiria", "Night Eternal," "Memorial"... tudo nomes perfeitamente enquadrados no aparto ridículo deles, pelo que faz sentido. Agora Lusitanian Metal não só transcende o ridículo deles, como tem uma boa porção de azeite.

Pronto, quero só salvaguardar, novamente, que gosto dos Moonspell e que, garanto, "In and Above Men" foi um daqueles inícios de concerto que me pôs logo aos saltos por dentro. Mas acho que vocês vão compreender este desabafo...

Fora isso, é ver o belo do DVD. Dá sempre gosto.

domingo, dezembro 21, 2008

Dirty Pretty Things dizem adeus

E foi com este alinhamento que a banda, ontem em Londres, o fez:

Wondering
Doctors & Dealers
Buzzards And Crows
Bloodthirsty Bastards
Kicks Or Consumption
No Signal, No Battery
Best Face
Come Closer
Tired Of England
The Enemy
Chinese Dogs
Gentry Cove
Plastic Hearts
Blood On My Shoes
Last Of The Small Town Playboys
Gin & Milk
Deadwood
Truth Begins
B.U.R.M.A
Bang Bang You’re Dead
You Fucking Love It

Recordo que os Dirty Pretty Things fizeram a sua única visita ao nosso país em 2006, no festival Lisboa Soundz.

Correcção: Estiveram também, no mesmo ano, no Santiago Alquimista

sábado, dezembro 20, 2008

Sound of Typewriters + Löbo

Acabei de chegar de uma longa viagem (raisparta ao trânsito em Lisboa) ao Bairro Alto, que culminou com um concerto dos Sound of Typewriters, com os pesadíssimos Löbo a aquecer os poucos presentes (os muitos que faltaram não sabem bem o que perdem).

De Löbo digo apenas que foi pesado, imensamente, e negro. Do bom. Espero que o Porto Rio seja uma sala bem escura, para dar ambiente à coisa destes rapazes.

Sound of Typewriters é a segunda vez que vejo. É uma viagem interessante e, quando pondero bem a coisa, acho que os Nadja tiveram um boa primeira parte em Bragança. Do Post-Rock a momentos quase Punk, muito Noise, sempre com camadas de som em Loop. E, claro, o baixista a mexer na sua imensa pedaleira é quase hipnotizante.

É bom apanhar a música portuguesa em boa forma, a sério. É por estes tipos que vale a pena dizer "apoiem a música tuga." Mas continuo a dizer "morte à (outra) música portuguesa," aquela que tira pessoas ajuizadas do sério.

segunda-feira, dezembro 15, 2008

Fucked Up - The Chemistry Of Common Life

Já tinha saudades de uma boa punkalhada. Era mesmo isto que se pedia. Dão concertos que são autênticos festivais de insanidade e violência. É um grande álbum punk, dos melhores que ouvi ultimamente. Quem disse que os canadianos são frouxos?

domingo, dezembro 14, 2008

Andava a ver os arquivos aqui de casa...

...e dei por a mim a ouvir Zappa. Já tinha andado por estas andanças há algum tempo, mas a experiência de Frank Zappa ao vivo, aquele em que me aventurei primeiro, é completamente diferente de em álbum, tanto por ser um relativo segundo passo no processo de composição, como por não se poder separar a teatralidade ou mesmo o momento em que foi o concerto (mais ou menos fácil de localizar tendo em conta as pessoas com que ele decidia gozar) da própria música.

Eu, desta vez, concentrei-me no último álbum da fase Mothers of Invention, One Size Fits All. É practicamente inintelígivel, no entanto é arquitecturado ao mais infimo pormenor - e isso é Frank Zappa. Este álbum tem uma descrição que, na minha opinião, é a mais eficaz e estupidamente simples: One Size Fits All envergonha muitos dos considerados génios do Rock Progressivo. Tanto porque tem melodias complexas e imprevisíveis (ao máximo!!!), como ainda tem espaço para os solos todos e consegue ter músicas Rock, do puro. Isto sem esquecer a componente nada séria do maestro-compositor, que tem sempre de fazer alguém mandar uma gargalhada com as letras absurdas ou com vozes super esganiçadas. É música no seu expoente máximo: o gozo mais sincero!

sábado, dezembro 13, 2008

LEGO Covers

Vi agora na Pitchfork as versões LEGO de algumas capas conhecidas de álbuns. Umas melhores que outras, mas estão giras de uma maneira geral. Podem ver mais aqui e aqui. Deixo-vos com 3 delas:

The Strokes - Is This "Brick"

The Smiths - Meat Is Murder

Nirvana - Nevermind

Animal Collective - Merriweather Post Pavillion

Há quem diga já que é um clássico, devido aos diversos leaks que andam por aí. Eu, como sempre, espero pelo lançamento, dia 20 de Janeiro do próximo ano. Panda Bear diz que este é o melhor álbum alguma vez lançado pela banda. Como sempre, muitas das faixas já foram tocadas ao vivo (se calhar até eu já ouvi algumas no concerto no Porto este ano!). De qualquer modo, o único aperitivo que vos posso dar, caso não queiram ir à caça de leaks, é uma simples review de quem já ouviu. O alinhamento é o seguinte:
  1. In the Flowers
  2. My Girls
  3. Also Frightened
  4. Summertime Clothes
  5. Daily Routine
  6. Bluish
  7. Guys Eyes
  8. Taste
  9. Lion in a Coma
  10. No More Runnin
  11. Brothersport

sexta-feira, dezembro 12, 2008

Os tops das bandas da Suicide Squeeze


Também conhecidos como a maior lista do mundo, estão no blogue recentemente criado pela editora. Para os curiosos, é ESTE o endereço.

Não sei se já ouviram Zu


Mas deviam ouvir. Gosto de chamar metal-senil àquilo que tocam - com grande qualidade, diga-se.

O novo álbum chega a 20 de Fevereiro. Fiquem com o Myspace, só para terem uma ideia daquilo que se trata - com grande excelência, sublinhe-se.

Fonte: Alarm Magazine.

quinta-feira, dezembro 11, 2008

Blur a limpar o pó e a começar a olear a máquina

É verdade, passado o período de especulação sobre a possível reunião dos Blur (não é bem reunião, apenas o término de um hiato bastante longo), os britânicos vão mesmo para a frente com a ideia e têm já agendados vários concertos no Reino Unido e é muito provável que venham a adicionar ainda mais datas a essa série de concertos, segundo declarações da banda. Isto tudo servirá de aquecimento para o concerto a ser realizado em Hyde Park (Londres), primeiro concerto anunciado após uma grande pausa. Restaurada a amizade entre Graham Coxon, que não participou no álbum Think Tank, e Damon Albarn, todos os elementos originais da banda estão aptos para este regresso. No que me diz respeito, espero apenas que o entusiasmo aumente gradualmente com os concertos e que uma tour europeia se venha a realizar, com uma passagem pelo nosso jardim incluída claro.

quarta-feira, dezembro 10, 2008

Nova música de Isis? É verdade...

Vejam por vocês mesmos (cortesia do Amplificasom, que já cortejou um senhor antes - eu aproveito para cortejar o senhor que inventou a máquina fotográfica com captação sonora decente para que nós nos possamos deliciar):

Amplificasom domina a cena

Depois de uns grandiosos Nadja no último fim-de-semana (muito bem acompanhados pelos Catacombe de Vale de Cambra) - e foi um concerto à maneira, mesmo - os colegas blogueiros e senhores com muito bom gosto já revelaram os concertos para o ano que vem:

7 de Fevereiro, sábado
Wolves in the Throne Room (usa)
Löbo (pt)
Porto-Rio, Porto

31 de Março, terça - com Lovers & Lollypops
Earth (usa)
TBC
Passos Manuel, Porto

15 de Abril, quarta
This Will Destroy You (usa)
Without Death Penalty (pt)
Passos Manuel, Porto

1 de Maio, sexta (feriado)
Amplificasom Special @ SWR Barroselas: Year of No Light (fr) + TBC


A sublinhar que todos estes concertos são, infelizmente, datas únicas em Portugal. E, claro, não se esqueçam dos Monarch que actuam no próximo fim-de-semana.

Com isto resume-se o óbvio: EARTH, RAISPARTA! EARTH EM PORTUGAL!!!!; e coloca-se uns quantos pontos de interrogação para grande parte das outras bandas, as quais desconheço mas que, tendo em conta tudo o que estes senhores têm trazido, merece sempre uma bela de uma audição.

terça-feira, dezembro 09, 2008

The Dodos

Os Dodos são um duo americano de São Francisco, cujos membros são Meric Long (voz e guitarra) e Logan Kroeber (bateria). Tocam um folk-indie muito à base de melodias simples, ajudadas pela voz melancólica de Meric Long, intercaladas com ritmos rápidos impostos pela bateria de Logan Kroeber e pela percussão secundária de um terceiro membro nas tours. Se à partida o género não carrega uma premissa prometedora, ao vivo os Dodos são uma banda viciante. E foi isto que se comprovou na passada sexta-feira, aquando do seu concerto no Salão Brazil, em Coimbra.

Os Dodos apresentam-se como uma banda humilde, que pouco mais pode oferecer para além do singer/songwriter Meric Long e o simples baterista Logan Kroeber. No entanto, a partir do momento em que impõem o seu ritmo ao público, dificilmente alguém deixa de bater o pé: as músicas dos álbuns ganham toda uma nova força ao vivo, contagiando a plateia de forma uniforme. O terceiro membro, Joe Haener, é responsável na tour pelo vibrafone e pelo caixote (sim, um simples caixote de metal). Por muito insignificante que este último pareça, o estalo estridente provocado quando a baqueta nele embate é das partes rítmicas mais cativantes ao vivo, ao passo que no álbum passa despercebida.

Com 3 álbuns na bagagem - Beware Of The Maniacs (2006) e Visiter (2008) - os Dodos apenas este ano se fizeram notar pelo mundo fora, tendo o último álbum recebido muito boas críticas. Conseguem destacar-se de toda a fornada indie que está a ser lançada, e ao vivo conseguem enaltecer toda a sua criatividade e destreza musical. Escusado será dizer que foram várias as ovações e as palmas contínuas em Coimbra.
Deixo-vos com um vídeo do grande concerto no Salão Brazil.


The Dodos from Lugar Comum on Vimeo.

segunda-feira, dezembro 08, 2008

Regresso para 2009

Falo do Festival Ilha do Ermal. "Já" há um blog oficial, a promotora é a desconhecida CE-Dream&Seduction e promete um cartaz de rock pesado, com nomes estabelecidos e para um público "mais maduro". E promete também mais novidades para "breve".

Será um regresso com o peso devido?

É sempre bom quando o Post-Rock é bem feito

E quando não é cliché atrás de cliché, é ainda melhor. Caso disso, brilhante por sinal, são os Do Make Say Think que o ano passado presentearam muita gente mundo fora com um excelente You, You're a History in Rust - um dos melhores do ano, de longe. Esta música é apenas um exemplo do que se estas cabeças fazem:

A Tender History in Rust