sábado, outubro 21, 2006

Dia 16/08, Paredes de Coura

Dia 16, o dia que pessoalmente mais aguardava, com um cartaz mais promissor e mais familiar. Correspondeu perfeitamente às expectativas e chegou mesmo a excede-las, em certas situações.

Infelizmente não pude assistir ao concerto assistir aos concertos de Vicious Five, nem de Eagles of Death Metal. Estou certo de que foram concertos muito enérgicos (pelas impressões que troquei, posso concluir isso). Ficará para uma próxima.

Gang of Four foi um concerto que me surpreendeu grandemente. São uma banda lendária, mas que, supostamente, já havia deixado a estrada e os concertos há alguns anos. Tal regresso poderia muito bem representar as dificuldades que agora atravessavam e, portanto, uma qualidade não muito satisfatória dos espectáculos. Muito pelo contrário, estes veteranos do post-punk vieram para calar muita gente. Com um concerto super electrificante, mostraram que ainda não perderam a atitude contestatária que os moveu no início. Músicas como To Hell With Poverty mexeram toda a gente. O vocalista, com a sua atitude pseudo-sexy e poses anti-presença fez muita gente saltar; o baixista nunca parou de correr, saltar e seja mais o que for, ele fazia; o guitarrista era o membro de classe da banda, sem nunca se mexer muito e com muita calma, acabou por surpreender ainda mais que os outros ao mostrar uma pose muito mais vivida, e não uma presença presunçosa. Realço a situação do microondas, em que o vocalista e um taco de baseball dão um ritmo mais batido à música. Este foi um concerto impressionante.

Seguiram-se os Yeah Yeah Yeahs, que chegaram e começaram logo com a força toda. Karen O como estrela principal, sem sombra de dúvidas. Como seria de esperar, o concerto foi mais centrado no último álbum, mas ainda assim fizeram-se as naturais recuperações a Date With a Night, Maps e Y Control, repletos de gritos orgásmicos e gemidos sonoros, que caracterizaram o grande álbum que é Fever to Tell. Date With a Night foi um ponto digno de relevância no concerto, em que os gemidos da Karen puseram toda a gente a saltar e mesmo a gemer com ela. Claro que Gold Lion não passou ao lado de ninguém, sendo acompanhada com um “sing-along” de todo o público – o que é mais que compreensível, visto que muita gente só conheceu os Yeah Yeah Yeahs por esse single de Show Your Bones. Infelizmente, a falta de comunicação entre a banda e o publico levou o concerto um pouco à monotonia; nesse aspecto podia ter sido muito melhor. Ainda assim, foi super contangiante. O resto da banda também mostrou uma atitude muito rock e desinibida (claro que nunca como a nossa grande Karen) e contribui imensamente para o bom espectáculo. Aguardo um regresso destes senhores do rock, que bem que merecem a minha presença num concerto, novamente.

We Are Scientists fecharam a noite com um concerto muito mau. Eles chegaram mesmo a pedir desculpa, visto que não tinham culpa do grande concerto que Bloc Party deu. Nesse aspecto, dou-lhes toda a razão. A organização mudou a ordem do cartaz à última hora, pondo We Are Scientists como cabeça de cartaz, o que foi um grande erro. O sentido de humor da banda também não ajudou muito no concerto, o que levou as pessoas a abandonarem o anfiteatro para as tendas e para o palco Afterhours.

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