quinta-feira, maio 20, 2010

Já ouviram o novo dos Rosettas?

Correndo o risco de exagerar imenso com esta afirmação, a audição do Wake/Lift mudou muito a forma como via o metal mais larilas (e não me compreendam mal, nem descontextualizem: é desse metal que eu gosto). Mas vá, para não exagerar, mudaram a forma como via as camadas de delays: voltei a ter esperança de que não seriam para sempre um cliché. Fora isso, é um daqueles álbuns que vou ouvindo e reouvindo com gosto e que ainda me faz curvar a espinha.

A Determinism of Morality caminha para esse lado, também. Parece que muita coisa cresceu ali e confesso que isso me fez confusão nas primeiras audições, mas agora a coisa começa a entranhar-se.

Os Rosetta nunca estiveram com meias medidas, pelo que foi lendo e ouvindo, porque começar a sua carreira discográfica com um álbum duplo quase a tentar seguir as pisadas de uns Neurosis e dos alter-egos Tribes of Neurot (no caso dos Rosetta, em que o primeiro se sobrepõe ao segundo completando-o) é de gente com coragem — mesmo que o resultado não seja o melhor. Para segundo álbum, o Wake/Lift é uma grande chapada na malta toda. E imagino-os a dizer "toma! toma!" quando começaram a ver as reacções à coisa. Só têm de ter orgulho e de reunir uma ainda maior quantidade de coragem para se tentarem ultrapassar.

Eu ainda não o sei dizer, mas será que o conseguiram? Lá moralmente determinados, estão eles.

Sem comentários: