Muito há a dizer sobre este primeiro dia. Mas o que, infelizmente, marcou toda a gente foi o facto de os Minsk terem sido interrompidos por ordem da polícia. Já se sabia que força repressiva e cultura são duas coisas que não se conjugam, mas, tendo em conta o grandioso concerto que os Minsk estavam a dar, o que ali aconteceu foi um atentado à arte. Obrigadinha e voltem sempre, *acrescentar insulto à medida do freguês*.
Não fosse isso, podia-se dizer que tinha sido uma boa noite, uma noite perfeita - ou quase.
Não fosse isso, podia-se dizer que tinha sido uma boa noite, uma noite perfeita - ou quase.
11 comentários:
Eu detesto a polícia, especialmente a Portuguesa, mas se há entidade que não tem culpa do que se passou, são eles.
Sabia-se que a licença era até determinada hora, não é por acaso que a coisa estava para abrir portas 'as 18h e começar o primeiro concerto 'as 19h. Chegava e sobrava para 4 bandas.
Agora, se não há qualquer tipo de stage managing, se não há ninguém para dizer aos Altar of Plagues que não podem passar 10 minutos a fazer feedback e a trocar cordas de guitarra depois de se terem atrasado a chegar ao local, se as trocas de palco levam um tempo absurdo, se o Josh Graham é um parvo mal disposto que nem lhe apetecia tocar e implicou com tudo e com todos...
Quem não tem culpa mesmo são os Minsk que tavam a dar um _concertazio_ e pagaram por todas as incompetências anteriores.
tudo o que dizes é verdade e eu não entrei por aí precisamente por causa disso.
já era esperado que isto acontecesse, infelizmente. pessoalmente, fico chateado precisamente porque os minsk estavam a dar o concerto da noite.
mas a actuação da polícia não foi a mais afável, de qualquer forma, tendo em conta que eles à meia-noite em ponto já lá estavam e que ameaçaram o promotor de prisão. eu pouco sei destas coisas, mas tenho ideia que há uma política de dois avisos antes de se ameaçar seja quem for.
sim, andré, tens razão. se qualquer evento público, tem uma licença garantida até x horas (neste caso, até à meia-noite, a polícia só pode/ deve aparecer depois dessa hora. como é sabido, qualquer evento pode atrasar-se, como tal a polícia é obrigada a passar dois avisos (pós-hora marcada e não estar no espaço antes da hora marcada, para "vigiar"). ao terceiro, o evento tem mesmo de encerrar e os seus organizadores podem ser identificados e sofrer multas. neste caso, pelo que percebo, nem avisos houve, nem desconto se deu. o que inacreditável, tendo em conta do que se tratava.
André, sabemos que a Polícia prima pela falta de elegância e que grassa em geral uma incompetência medonha. Acredito que há bons polícias mas não duvido que na generalidade acham-se todos muito homens quando passam multas de trânsito e fogem com o rabo à seringa nas situações mais difíceis.
Agora ali não se pode estar à espera dos avisos. Em todos os sítios do mundo, ao promoveres um concerto com hora limite, nem te passa pela cabeça exceder essa hora e esperar a benevolência de quem assegura que a lei é cumprida. Ontem, isso claramente não foi tido em atenção e deu para o torto.
Só espero que os A Storm of Light não tenham à ultima da hora - a julgar pelo cartaz... - trocado de posição com os Minsk já a prever que isto iria acontecer.
pois, quanto a storm of light não sei. sei que se safaram bem por causa disso e que a organização já estava apressada por causa dos atrasos. foi, aliás, o promotor que pediu para que os minsk parassem (e se não fosse ele, não sei se paravam).
é chato, correu mal, mas ninguém me tira o melão com que fiquei, Paulo :P
A ti e a mim, André. Aquela Three Moons foi o diabo em figura de banda, cheguei-me à frente só para levar com aquela buja toda e que grande concerto estavam aqueles camaradas a dar.
é verdade, Paulo. E se fosse só a Three Moons eu nem me chateava tanto. Mesmo a Means to an End foi do outro mundo, muito mais pesada que no álbum. Eu estou desolado.
O que é importante é o respeito, e se há pessoas que cederam e aguentaram o barulho até as 24h, também a promotora devia ter feito o favor de acabar o concerto ás 00h! Eu não "escolhi" nenhum dos lados, mas reclamar sempre porque as autoridades nao fazem nada,e agora porque fazem, é no mínimo ser do contra...
Não sei de que festival se trata, mas gosto de muitas das bandas do cartaz, e acho que algumas das opiniões aqui são no mínimo estranhas. Respeitem as licensas e horários e toda a gente ganha :)
Leonardo Carvalho, um leitor assiduo, mas um opinador ocasional!
infelizmente, nem sempre é possível respeitar os horários, Leonardo. Ali aconteceu e não foi por culpa da promotora. Quando estas bandas andam em tour nem sempre conseguem estar presentes a tempo, o que complica tudo para toda a gente. Neste caso, correu muito mal, o que é uma pena.
Quanto a isso, vais encontrar uma coerência algo incoerente na minha opinião: é que simplesmente quero que as coisas aconteçam e prefiro que nenhuma autoridade se meta pelo meio. Pessoalmente, é assim que vejo as coisas a correr pelo melhor :) Até porque quando me queixo, não é porque não fazem, é antes porque o fazem: normalmente dificultam a realização destes concertos.
Em Coimbra, um exemplo que nos é mais próximo, acontece que a câmara não deixa que se realizem concertos de Metal no Convento de S. Francisco porque não quer "profanar um espaço sagrado" ou algo semelhante. Não estou a exagerar. As palavras podem não ter sido exactamente estas, mas a ideia é essa. No entanto, acontecem lá festas académicas e de música electrónica. Isto é puro preconceito. Inocentemente, acho que os abusos que se cometem em ambientes metal são meninices quando se fala no que aí acontece - e, indo por um caminho mais coerente, achar que arte é algo de profano é algo do século XVI.
Resumindo: prefiro que deixem as coisas não mãos de quem aprecia e ficamos todos a ganhar, os outros que não se metam :P
Por concordar a 100% com esta tua opinião, e com outras já aqui apresentadas é que me senti obrigado a postar a minha!! :)
Um abraço, e continuação de bons posts!!
Leo
obrigado ;)
Enviar um comentário