domingo, abril 29, 2007

Mais sacrifícios do culto

Para os interessados, visitem o Amplificasom, um blog sobre música muito bom e que merece uma boa cadeia de elogios que eu vou saltar agora. Estão lá fotos e clips do concerto de Cult of Luna, em Coimbra, no dia 21. Acreditem que vale a pena. Muito a pena.



Já agora, vejam este outro que encontrei, do mesmo concerto, claro, mas que não consta entre os do Amplificasom.

Cult Of Luna - Waiting For You (s/ bateria)

Arte, para além de música

Neurosis é uma banda de genios que nunca há-de ser entendida. Mais que música, eles fazem arte, criam ambientes e proporcionam estados de espirito. Há mesmo n lendas sobre estudos de psicologia relacionados com a composição dos álbuns e situações parecidas, que roçam, talvez, o absurdo; todavia, assim que começamos a conhecer a banda começamos mesmo a ponderar a possiblidade desses factos.
Odiados ou amados, Neurosis é um grupo de pessoas que nunca pode ser colocado no mesmo patamar de todos os seus seguidores (Tool, Cult of Luna, Isis, Mastodon, etc.), pois, contrariamente a estes, nunca se tornaram profissionais. Sempre fizeram a música como quiseram e nunca sofreram uma "evolução" no sentido de serem uma banda grande e mainstream, mantendo-se num circuito mais underground. Claro que a banda é apreciada e respeitada mundialmente, à sua maneira, e com esse crescimento de fãs e de pessoas que os acompanham, acabaram por conseguir fundar a Neurot Records, editora importantíssima no movimento de novas bandas com novas sonoridades em surgimento.
Pessoalmente, acho-os geniais e admiro o pouco das suas vastas criações que conheço. Claro que não me quero ficar por esse pouco e pretendo conhecer melhor. Muito melhor.

Deixo-vos uma pequena demosntração da sua arte, que transcende a música, chegando a campos de imagem e de envolvência muito superiores e diferentes do nosso normal:


Neurosis - A Sun That Never Sets

domingo, abril 22, 2007

O culto da lua em Coimbra

Os suecos oriundos da cidade de Umëa, Cult Of Luna, apresentaram-se ontem em Coimbra e vão ainda tocar em Corroios, hoje. Para meu grande prazer, estive presente no grande concerto no Convento de S. Francisco, em Coimbra. Devo desde já dizer que para a banda em questão, o espaço foi mais que perfeito. Se o concerto já se avizinhava intenso, o ambiente envolveu ainda mais, graças ao local.

Cult of Luna


Men Eater foi a banda escolhida para abrir os concertos dos suecos em Portugal.
Estes, sempre com o objectivo de promover o recém editado álbum de estreia, Hellstone, apresentaram um concerto muito forte e sentido, excelente a todos os níveis. Confesso que o álbum, apesar de me parecer muito bom, não me tinha entrado muito bem; ao questão é que ao vivo a coisa muda de figura completamente. O quarteto tem um feeling fenomenal e uma presença incrivel, muito envolvente. A sua pequena apresentação durou o suficiente para se perceber que o álbum tem muito que se lhe diga e que merece ser ouvido; e acima de tudo, eles merecem ser ouvidos, com concertos assim... Estou ansioso para os voltar a ver, numa apresentação deles e com mais tempo.

Men Eater


Deu-se a pausa em que montam o palco para a banda da noite... Apagam-se as luzes e começa um piano, ainda o palco estava vazio. Eram as notas de "Marching to the Heartbeats", intro de Somewhere Along The Highway. A melodia manteve-se o tempo suficiente para tornar a impaciência incomportável; o público no burburinho à espera do momento da noite. Então, finalmente, entraram 4 membros de Cult Of Luna. Brevemente aplaudidos, começou a soar "Waiting For You", num estranho alinhamento da banda - 3 guitarras e um sintetizador. No crescendo da música, entram o baterista e Johannes, a «estrela» da banda, acrescentanto muito pouco, inicialmente. Não houve bateria nesta introdução, pois o baterista apenas tocou pandeireta; já Johannes entrou com o power que a música tem no cd. Ainda que não com o balanço que a música tem no cd, a introdução foi imensamente forte, a preparação perfeita para o que estava para vir: pesada, mas a poupar energia para o que esperava o reduzido público (cerca de 150-200 pessoas).

Johannes Persson, de Cult of Luna


Pode-se então dizer que o concerto começou, propriamente, com "Finland". Cheio de melodia e de peso. Segui-se hora e meia de pura presença, verdadeiro peso e uma envolvência surreal. O espaço, propício a ecos, ajudou imenso em termos acústicos.
Os meninos de Umëa não se mostraram reservados, todos extremamente enérgicos e cheios de feeling (via-se que gostavam do que faziam), mostravam ao público como se toca post-doom e como se curte o post-doom.

Um concerto sempre introspectivo, com a ajuda das luzes, formando um ambiente de solidão imenso


Pesado é a palavra que melhor descreve o concerto, mas foi um peso tão tolerável e tão sui generis que é impossível dizer que foi realmente pesado... é uma contradição, bem sei. Mas é verdade. Aliás, a verdade é que o concerto foi indiscritível. Mais uma vez... a envolvência.

A setlist foi equalitariamente dividida entre os dois últimos álbuns da banda


A banda apresentou-se sem vocalista (contrariamente ao que aconteceu na Casa da Música, no Porto), mas com os restantes 6 elementos. O alinhamento foi perfeito, cativante e bem explorado, sendo ele próprio um crescendo - em que o concerto começa menos pesado e acaba com uma intensidade brutal.

Um dos concertos do ano, certamente, Cult of Luna, com a sua
presença muito enérgica e pouco comunicativa, criam ambientes
muito característicos e possibilitam ao público as experiências
mais singulares e únicas.



Setlist:

0.1 Marching to the Heartbeats (piano)
0.2 Waiting For You (s/ bateria)
1 Finland
2 Adrift
3 Dim
4 Echoes
5 Crossing Over
6 Dark City, Dead Man

segunda-feira, abril 16, 2007

Rumores...

Houve rumores a circular pelos meios da música... e parece que não eram mais que isso. Falava-se da vinda de Police, esses grandes senhores do New Wave, ao Estádio Municipal de Coimbra. Infelizmente os rumores que circulavam foram meras confusões com o concerto de George Michael no mesmo recinto... Mas a esperança não se perde, ah isso não! Afinal, os Police reuniram-se para um tour que pode muito bem passar no nosso bom país.

E o mesmo pode acontecer com Rage Against The Machine. Os meninos anti-sistémicos de Los Angeles deixaram-se de brincadeiras com os Audioslave para voltarem à boa força das letras agressivas e intervencionistas que tanto marcaram as gerações dos anos 90. Zach de la Rocha que lá achava que R.A.T.M havia morrido... bem, acho que todos precisamos de sobreviver; não será por ter voltado ao bom que algo há-de ter mudado.
Verdade se diga, desde 2001 que nada se ouve de de la Rocha, fora uma ou outra música/trabalho com alguns DJ's e alguns cantores de hip hop. Assim se dissipam os rumores da suposta prisão do "revolucionário". Mas falava-se de projectos a solo dele, algo mais empreendedor... quem sabe?

domingo, abril 08, 2007

Gentle Giant (e há mais para vir)

Já referi estes senhores em artigos anteriores. E tal como prometi que faria, vou mostrar-vos algumas peças de génio dos senhores Senhores do Prog-Rock/Art-Rock. Deliciem-se (que para menos não dá)...