Um impulso de jazz levou-me a relembrar o que não quero esquecer: Refused. Esta banda continuou e expandiu o trabalho começado por The Nation Of Ulysses (TNOU), explorando muito mais as possibilidades do punk que os americanos.
The Shape of Punk to Come dos Refused deixou muita gente imensamente impressionada com o trabalho deles e com as próprias possiblidades que o punk/hardcore tinha e que ninguém havia experimentado até então (fora os TNOU). Esta obra-prima dos meninos suecos mistura o hardcore com o jazz, com o electrónico, com o hard-rock e talvez com um cheirinho de metal - nada de muito pesado na realidade, ou que quem tenha ouvido sensível considere impossível de ouvir; muito pelo contrário, não deixaria de ficar impressionado. Dentro da poluição que é o punk-hardcore, os meninos suecos fizeram no seu estilo musical, nas letras e na sonoridade, uma limpeza e uma clarificação. A imundidade mantém-se, mas com uma complexidade e uma pureza de embelezar tudo.
Imensas bandas conhecidas chegaram mesmo a tentar covers dos singles do album, principalmente de "New Noise", uma crítica à actualidade musical muito ao estilo original do punk. Pessoalmente acho que nunca esses covers atingiram a excelência dos originais, talvez pela interpretação dos vocalistas que acabam por perder aquela fúria pura de Dennis Lyxzen.
No entanto, as outras obras da banda, mesmo sendo muito interessantes dentro do punk, não me chamaram tanto a atenção e excluo a hipótese de serem tão geniais quanto The Shape of Punk to Come.
Uma obra que nunca vou esquecer, sem dúvida...
The Shape of Punk to Come dos Refused deixou muita gente imensamente impressionada com o trabalho deles e com as próprias possiblidades que o punk/hardcore tinha e que ninguém havia experimentado até então (fora os TNOU). Esta obra-prima dos meninos suecos mistura o hardcore com o jazz, com o electrónico, com o hard-rock e talvez com um cheirinho de metal - nada de muito pesado na realidade, ou que quem tenha ouvido sensível considere impossível de ouvir; muito pelo contrário, não deixaria de ficar impressionado. Dentro da poluição que é o punk-hardcore, os meninos suecos fizeram no seu estilo musical, nas letras e na sonoridade, uma limpeza e uma clarificação. A imundidade mantém-se, mas com uma complexidade e uma pureza de embelezar tudo.
Imensas bandas conhecidas chegaram mesmo a tentar covers dos singles do album, principalmente de "New Noise", uma crítica à actualidade musical muito ao estilo original do punk. Pessoalmente acho que nunca esses covers atingiram a excelência dos originais, talvez pela interpretação dos vocalistas que acabam por perder aquela fúria pura de Dennis Lyxzen.
No entanto, as outras obras da banda, mesmo sendo muito interessantes dentro do punk, não me chamaram tanto a atenção e excluo a hipótese de serem tão geniais quanto The Shape of Punk to Come.
Uma obra que nunca vou esquecer, sem dúvida...
5 comentários:
Este blog deixa tanto por onde comentar que me perco sempre que venho cá, e acabo por deixar para depois, depois, depois... Hoje um ataquezinho de consciência ou "dever" ou o que for, obrigou-me a deixar aqui qualquer coisa... o Stage-Diving MERECE :)
Tive conhecimento dele pelo Eduardo, e basicamente gosto de passar por aqui, ler o que têm a criticar e ensinar. Creio que li os posts todos. Nos posts de Paredes de Coura estive mesmo mesmo para comentar, mas por alguma razão.., enfim. Lembro-me que quem escreveu não tinha assistido aos Eagles, que foi uma das bandas que mais gostei... Gang Of Four não me surpreendeu tanto (o microondas, opa, opa..) dos YYYs esperava tudo, dos Bloc esperava muito e vi ainda mais :)... Foi pena o dilúvio. Fui também absorvendo tudo o que disseram acerca de Muse... concerto ao qual não me perdoo ter faltado.
Anyway... vou tentar ser mais 'interveniente' por aqui. Não deixem de postar!
Continuação de bons concertos.
(subscrevo a vossa indignação: "há cada vez mais som e menos música")...
obrigado pelo comentário, sara. fiquei agradávelmente surpreendido :), sinceramente.
sinceramente, eu até gostei do dilúvio. pelo menos no dia de Bauhaus. parecia de propósito. nos outros custou-me mais. e realmente fiquei cheio de pena por não ter visto os Eagles of Death Metal. disseram-me que foi um grande concerto. mas é aí, admito, o dilúvio não ajudou. acabei por me atrasar e perdi mesmo os Vicious Five (esses já não me chateia tanto, que já os vi imensas vezes). felizmente não foi das bandas que me moveu mais a ir a Paredes :) YYY... podia ter sido melhor. se a Karen O tivesse falado mais um bocadinho e puxado mais um pedaço pelo público... cacete, era a genial. ainda assim, adorei o concerto. Bloc Party foi surpreendente! Sinto-me capaz de os ir ver de novo em maio, imagina. Acho que para o ano regresso a Paredes, nem que seja para ver de novo os !!! que prometeram o regresso :)
mais uma vez, obrigado :)
rever Bloc Party, para mim é já mais que certo! e quanto aos !!!, não sei se já estás a par que eles marcaram agora concerto em Portugal, acho que a 4 de Abril... estarei eu em Lloret! senão era mesmo um caso a pensar :)
4 e 5 de abril, porto e lisboa, respectivamente :)
mas não é um concerto que eu queira imenso ver. até porque ambiente de festival faz muita coisa, diga-se :P tenho de ver se as bandas que realmente me interessam dão cá o esperadíssimo saltinho para poder ver o budget :D
ah, e bloc party... o último cd é estranho. definitivamente comercial. mas tenho de o ouvir melhor para poder decidir se vou ou não (depois do concerto de paredes é imensamente complicado não ir, mas ainda assim...).
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