Entre os dias 14 e 17 deste mês de Agosto, decorreu o festival Heineken Paredes de Coura. Este, por ser algo mais que um concerto, vai ser apresentado em artigos vários: um que fala do geral do festival (que será este), outro dedicado a cada dia de concertos e um para o “melhor” concerto de cada dia (na minha opinião, claro). Não vou poder referir todos os acontecimentos registados no festival, pois devido a vários factores (metereológicos, físicos e temporais) não pude presenciar. Acontecimentos que passo a descriminar: tudo o que decorreu no palco Afterhours, o segundo dia de “Jazz na Relva” do palco Ruby, o concerto de maduros (este por opção. Acho que não há necessidade de massacrar ninguém), o concerto de The Vicious Five e o concerto de Eagles of Death Metal.
Quanto às condições o festival de Paredes de Coura distingue-se de todos os outros, tanto a nível sanitário como a nível infra-estruturas. Por ser um espaço mais pequeno e restrito que todos os outros festivais, o número de gente que tem capacidade para receber também é menor, portanto, número limitado de bilhetes e outras medidas são tomadas como iniciativa. Não só este facto faz do festival de Paredes de Coura um acontecimento um tanto alternativo, que acaba por torná-lo, também, num festival elitista e de culto, não só para os festivaleiros, mas também para as bandas. E por abranger um número tão restrito de gente, as condições sanitárias acabam por ser de fácil manutenção, o que é raríssimo e quase impossível de atingir.
Para os concertos, as infra-estruturas naturais do recinto são perfeitas, tanto para a acústica como para a facilidade que o publico tem de assistir aos concertos – visto que o recinto do palco principal é um anfiteatro natural (fotos a apresentar num artigo mais tardio).
Mas nem tudo são flores, em Paredes de Coura. Infelizmente para os vegetarianos (que no caso de Paredes de Coura são imensos) a alimentação era impossivelmente saudável, graças ao monopólio de grandes empresas de restauração/fast-food – as quais não vou referir, até porque estas dispensam apresentação – e as alternativas apresentadas, para além de caras, não tinham muita alternativa para oferecer. Espero que este problema possa vir a ser ultrapassado no próximo ano.
A chuva também se apresentou como contratempo, apesar de já ser como que tradição no festival, ao que parece, este ano foi mais abundante. Houve concertos em que a chuva ajudou, em termos de ambiências, etc. Mas ainda assim foi o maior obstáculo para os espectáculos. Felizmente, tanto a vila de Paredes como as cidades e vilas mais próximas, estavam já preparadas para tal acontecimento e ninguém (ou quase ninguém, pelo menos) foi apanhado desprevenido, e se foi, preveniu-se.
Este foi o primeiro de alguns artigos sobre paredes, algo deveras vago, mas necessário como introdução ao festival propriamente dito. Estarei de volta daqui a uns dias com novos artigos, desta vez com fotografias.
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