Apesar deste espaço estar dedicado às variações que surgiram do rock e ao próprio rock, seria um erro enorme esquecer as origens deste: os blues. Dos blues surgiu, também, um dos estilos de musica mais técnicos, mais complexos e mais sentidos que já tive o prazer de ouvir e de ver: o jazz.
Anualmente é realizado um festival de jazz de rua, o Dixieland, em Cantanhede. No dia 9 do mês de Junho, não pude deixar de passar pela tenda onde decorriam os concertos de jazz, tão livre e tão primário quanto a origens. Uma ambiência que nos lembrariam os próprios anos 20, se as roupas fossem a condizer.
Inicialmente, fiquei desiludido, que a tenda parecia mais estar a receber um evento social que um evento musical. Mas por volta da meia-noite as pessoas da “alta sociedade” começaram a sentir-se fatigadas e abandonaram a tenda, soltando os músicos, que tomaram como objectivo principal, a partir desse momento, divertirem-se a si mesmos e ao publico e não dar um espectáculo apresentável, e soltando o próprio publico, que já não tinha a “censura às costas”. Começou a festa. De todas as bandas que seguiram a meia-noite, nenhuma esteve menos que fabulosa. Tenho pena de não ter tomado nota dos nomes das bandas, apesar de metade delas se terem reunido apenas para o evento, com certeza um desafio para eles e uma delícia para quem teve o prazer de os ver. Também tive o azar de não ter assistido à famosa “street parede”, no dia seguinte, em que os músicos se aventuram pelas ruas da cidade, acompanhados por grupos de dança e animadores, e fazem levam a festa para fora da tenda onde estiveram fechados nos dias anteriores.
Para o ano, espero poder "perder" mais tempo neste festival, que bem o merece.
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