sexta-feira, abril 21, 2006

O grunge está morto?


O grunge apareceu em Seattle na década de 80. Derivado do trash metal, do hardcore punk e do rock alternativo este tem como imagem de marca uma sonoridade crua e melancólica. Não há dúvidas quanto à importância dos Nirvana afirmação deste estilo musical indie. Desde a morte de Kurt Kobain muitos clamam o túmulo do grunge. Estaremos nós a querer enterrar um morto vivo, ou o grunge é apenas mais um cadáver musical?
Muitas vezes incómodo, este género, mesmo no seu auge, sempre esteve relacionado com estereotipos e preconceitos ligados à toxicodependência. Quanto a mim, esta foi a forma mais fácil de as pessoas se defenderem do que este estilo de música evoca. Poucos gostam de se sentir incomodados com o que veêm à sua volta. Afinal de contas dá menos trabalho ouvir música iogurte que, apesar de ter um curto prazo de validade, é muito mais digerível. A queda da popularidade do grunge é completamente óbvia e inerente ao próprio estilo. Sendo um género musical indie, nunca procurou uma aproximação ao pop ou uma suavização de sonoridades de modo a obter um sucesso mais longo e duradouro. Com grande pena minha, são poucas as bandas grunge que continuam no activo. Porém, tal não me parece ser significativo.
O grunge desenvolveu uma nova mentalidade. A cultura das All Star, dos cabelos compridos, das camisas de flanela acabou por ser a grande vitória deste género musical. A criação de uma cultura de sinceridade, de inconformismo é, sem dúvida o mais importante a relçar neste género musical.
O grunge, na minha opinião, não morreu. Encaro-o antes como ponto de partida para a nova geração de bandas rock que agora surgem, como é, a meu ver, o caso dos The Strokes. Bandas como Alice in Chains, Pearl Jam, Nirvana, Soungarden e Stone Temple Pilots são o ponto de partida para uma nova geração musical. E que ponto de partida!

1 comentário:

wazup disse...

A musica é assim mesmo! Nasce sempre com inspiração em outras bandas! As bandas de agora servem de ispiração para as novas que vão surgir!