quarta-feira, setembro 30, 2009

Hoje no Porto e amanhã em Lisboa:


O concerto em Lisboa será na Galeria Zé dos Bois. Pelo que sei, na capital está esgotado, na Invicta, sem certezas, ainda há alguns bilhetes - indecisos, sabem onde é que têm de se dirigir para um óptimo concerto.

Mas... é já daqui a nada!

Sabiam que nos próximos dias 9 e 10 as seguintes bandas actuam em Coimbra: Aspen+Löbo+Alice in Wonderland Syndrome e The Allstar Project+Katabatic+La Flag?

É que é daqui a uns dias, se repararem...

segunda-feira, setembro 28, 2009

Fuck Buttons - Surf Solar

Esta música é completamente viciante. E é já esta semana, graças aos senhores do costume.

domingo, setembro 27, 2009

Sabem porque é que o Trent Reznor vai pôr a música de parte?

Porque gosta de jogos. Sim, videojogos. É verdade. Acho que quase toda a gente teve a sua fase do Gameboy ou do CS. O Trent Reznor teve a fase do Pong, do Metroid, do Castlevania, do Quake (fez a banda sonora para um dos jogos desta série), do Doom e, claro, do Year Zero, um Alternate Reality Game que ele mesmo desenvolveu em conjunto com o estúdio que pôs cá fora jogos como o Unreal.

Agora, Trent Reznor vê as coisas numa perspectiva diferente, não apenas na perspectiva de músico/compositor. Falou de tudo isso e de mais algumas coisas nesta entrevista à Joystiq sobre a sua relação com jogos. Uma coisa é certa: Trent Reznor acha o Super Mário demasiado burguês e não se consegue identificar com ele (sendo o Super Mário um canalizador, vejo-me obrigado a meter o mentor de NIN num extremo muito extremo da esquerda). Ah! Ele também conta quais os seus projectos para o futuro, coisas que o levaram a meter NIN em stand-by, por agora. Leia-se:

"Rob [Sheridan] and I are working on a project together that's moving forward and focuses on the creation of content from a developer's perspective. Would I do music for an everyday game? Meh. I'm not thrilled about the idea, but if someone cool came to me and had this great game, then I'd consider it. Just like if a great director came to me and said, "I'm doing a film would you want to do the music?" I'd consider it.

That's not my dream job, to be honest with you. The idea of making a cool game or making a cool software platform, now that's wildly exciting to me! Content creation is where me and Rob are headed.

That's sort of a direct result of what we did with Year Zero, in terms of the ARG and presenting it. That was, from my perspective, the most rewarding creative experience, musical or not. Being able to take this world and present it to people in a creative way. It wasn't a game, it wasn't a website, it was kind of all those things in one. It was an experience where it was fun to use all the different kinds of mediums that are available now and, in the end, kind of creep into people's minds.

I like playing shows, and I can play shows. I've played big shows and I've played shitty shows. I've played where people show up and played where people don't show. But what excites me is working on stuff like the Year Zero project more than my current thing. I could keep doing shows. I'm pretty good at it, but I want to fucking start something that I might suck at and try that. You know, to see what it's like to suck for once."

Ou seja:

"We're working on some things that will start to come into fruition post Nine Inch Nails and post our tour. That's one of the reasons I'm stopping the tour, because there are all these other things that I've been wanting to do that are outside playing shows. While I enjoy doing Nine Inch Nails and touring, I've done it enough where there are a lot of other things I'd like to get into. One of those things ... well, I'm probably saying too much, because if it doesn't happen then I'll have to answer questions about it for the next five years. Let's just say that one of the things that's highest priority for me and Rob is the development of some entertainment-based video game–type stuff."

É provável que, mais tarde ou mais cedo, haja uma experiência nova no mundo dos videojogos assinada por T-Rez e Rob Sheridan. Eu estou curioso e, confesso, mal posso esperar. "It's a simple idea. It's kind of dumb and obvious, but could be fun." Para mim serve.

sábado, setembro 26, 2009

quinta-feira, setembro 24, 2009

Notas sobre tudo

Pois bem, agora que o Verão acabou mesmo, falta-me voltar atrás e falar sobre coisas que aconteceram que ainda não referi e coisas que estão para acontecer cuja importância tem de ser salientada.

Voltando ao já longínquo Paredes de Coura ’09, faltou-me falar sobre o último dia do festival. Mas se fosse preciso escolher um dia sobre o qual não é necessário falar, teria certamente escolhido este. Foge Foge Bandido, que me tinha cativado em álbum pela simplicidade e divertimento criada por Manuel Cruz, desiludiu bastante ao vivo, pelo menos em ambiente de festival. A presença em palco do mentor do projecto é quase nula, sentadinho ao fundo do palco. Pode ser que resulte melhor em nome próprio, num ambiente mais íntimo. Jarvis Cocker foi uma surpresa agradável, um bom concerto, mas não passou muito disso. The Hives deram um excelente concerto com uma fantástica resposta do público de PDC, deixando-me ainda mais surpreso. Pena mesmo é ser The Hives.

Já a minha excursão pontual ao SW ’09 foi frutífera: Faith No More foi imensamente genial. Mike Patton e os seus compinchas mostraram que não brincam em serviço e presentearam o público português com um alinhamento irrepreensível. Mike Patton, como seria de esperar, fez macacadas nonstop ao longo do concerto, desde entrar de bengala e óculos de sol em palco até beatboxes acompanhados de sintetizador melancólico. Para mim foi, sem dúvida, o concerto do Verão.

Ainda este Verão tive oportunidade de rever Emir Kusturica & The No Smoking Orchestra em Albufeira – agradável mas nada de transcendente – Fatboy Slim em Portimão – DJ set engraçado mas nada por aí além – e os velhinhos The Stranglers em Lagoa, sendo que este último foi bastante bom.

Quanto ao que aí vem em termos de concertos, aquilo que me vem à cabeça de imediato é mesmo Kayo Dot. Mais não vou dizer porque já aqui foi repetido muitas vezes, e bem, pelo que friso apenas o mais importante: hoje no Porto, Passos Manuel e amanhã em Coimbra, Teatro Estúdio CITAC.

Também no Porto, há Fuck Buttons dia 30 de Setembro no Plano B e dia 1 de Outubro na galeria Zé dos Bois, desta vez em Lisboa.
Legendary Tigerman também vai andar por aí a apresentar o novo disco em Lisboa, Porto, Guimarães e Tondela. Voltando ao jazz, mas desta vez com menos peso, os irreverentes The Bad Plus vão marcar presença no Museu do Oriente em Lisboa dia 10 de Outubro.
De resto e de relevância, vem-me à cabeça Rammstein, que vêm apresentar o novo registo Liebe Ist Für Alle Da, dia 8 de Novembro no Pavilhão Atlântico, e Massive Attack dias 21 e 22 de Novembro no Campo Pequeno.
Sei que há mais mas ou já foi referido aqui no tasco ou então não me pareceu relevante.

Hoje e amanhã!

Nunca é demais recordar os grandiosos concertos dos próximos dois dias:

quarta-feira, setembro 23, 2009

Digam lá que isto não vale dois concertos (ou três)?







Como diriam os anglófonos: I rest my case.

segunda-feira, setembro 21, 2009

Entrevista a João Pedro Coimbra (Andrew Thorn)


Arrisco-me a dizer que foi das melhores entrevistas feitas no Ponto Alternativo. João Pedro Coimbra foi baterista dos Bandemónio, é o mentor dos Mesa e agora tem este novo projecto, os Andrew Thorn. Têm aqui uma boa forma de se familiarizar com ele.

sábado, setembro 19, 2009

E o novo dos Do Make Say Think que está mesmo bom?

Pois é, conseguiram dar uma nova dimensão ao que já faziam bem: acrescentaram uma dimensão mais ambiental à música e fugiram do formato canção mais óbvio, como funcionavam antes. Quer dizer que ficaram Post-Rock banal? Nunca! O Melhor é que continuam os Do Make Say Think de sempre, apenas se excederam e fizeram músicas mais ricas, além de bonitas e fora dos clichés do seu género, longe dos crescendos e das explosões. O toque Folk está, como sempre, presente e nítido.

Afinal, quem é que disse que para se fazer bom Post-Rock são precisas distorções e delays? Quem tem essa ideia não conhece estes senhores; e se mesmo conhecendo-os ainda há quem pense assim, falta-lhes ouvir Other Truths. O título do álbum, aqui e fora do contexto, fala por si.

quinta-feira, setembro 17, 2009

Falta uma semana!!!

Apesar de todo um burburinho sobre os dois concertos, a verdade é que esta é uma das bandas que mais surpreendeu nos últimos anos. Acho que não é preciso recuar até ao grandioso (é dizer pouco) Choirs of the Eye para perceber de que se tratam de génios; os Kayo Dot têm dado provas da sua genialidade ao longo de toda a sua carreira - e aqui vale a pena recuar até aos maudlin of the Well e tentar ouvir outros projectos em que Mia e Toby se tenham envolvido, nomeadamente o side-project Tartar Lamb e os subtis Gregor Samsa - e há que reconhecer-lhes esse mérito e ainda o que ainda está para vir (que também o vão merecer). Sublinhe-se, aqui, que não vai faltar muito para isso, que há um álbum novo para ser editado ainda este ano pela Hydra Head.

Com isto, não é exagero dizer que estes senhores merecem a vossa atenção em ambos os concertos, porque, em condições diferentes, de uma banda deste calibre, pode-se esperar coisas diferentes e não apenas um alinhamento mais reduzido (gosto, sinceramente, de acreditar nisso). Até porque, feliz ou infelizmente, não é uma "Marathon" ou uma "Gemini Becoming the Tripod" que vamos apanhar, mas, provavelmente, músicas novas - ou até experimentalismos senis (se deus existe, será mesmo assim que as coisas se vão passar!!!!!!).

Não estou a empolar a banda, a verdade é que os Kayo Dot merecem este respeito e por isso não me vou cansar, nestes próximos tempos, de sublinhar estes dois concertos (polémicas e nóias de parte):

terça-feira, setembro 15, 2009

NÃÃÃÃOOOOOOOOOOOOOOO!!

Vampire Weekend anounce everything about second album.

Intronaut na India

É verdade. E por acaso é daquelas bandas que eu vejo a tocar num ambiente todo transcendente, cheio de incenso, bom para levitar.

Eu acho que eles ficaram contentes.

segunda-feira, setembro 14, 2009

E quando eu pensava que o Facebook era inútil, eis que ele se revela, bem, útil

Pois, porque foi através do Facebook que eu descobri que os Zu vão actuar na Galeria Zé dos Bois no dia 3 de Novembro. Ora... a Amplificasom ficou de confirmar mais 3 concertos hoje, precisamente. Será que descobrimos um deles? (Secretamente, tenho esperança que um deles seja Cult of Luna, mas sei que não faz grande sentido, visto eles não estarem em tour.)

Actualização: Viram?

Cartaz de Kayo Dot para Coimbra

Um belo cartaz, também:

sábado, setembro 12, 2009

Quando a música pára no noticiário

...E não é pelas melhores razões. Eu hoje estava todo divertido, melhor, ensonado, a ver televisão quando dou por mim a ouvir o comentário à notícia da rentrée política do senhor Obama pela boca do vocalista de Blind Zero, Miguel Guedes. So há uma pergunta a fazer num momento crítico como este: "Mas que raio...?! O Miguel Guedes?!"

Normalmente a música é notícia quando, sei lá, envolve a Madonna e mais uma adopção polémica, ou uma agressão, ou mesmo a morte do Michael Jackson. Vá, se a Mariza ou a Ana Moura fizerem um barbecue no estrangeiro a coisa também aparece. E para nós é isso a música: fado lá fora ou marosca. E com isto, eu fico mesmo sem perceber porque é que o vocalista dos Blind Zero virou comentador - nem como. Será um positivo sinal de mudança? Será que já se reconhece o valor de um músico (ainda que eu fizesse outro tipo de escolha)?

quarta-feira, setembro 09, 2009

Kayo Dot a dobrar \oo/

Permitam-me o entusiasmo e respectivo símbolozinho de cornos no título, que isto merece. Não só haverá Kayo Dot no Porto (hurra!!!) no dia 24, como também haverá em Coimbra (hurra hurra!!!) no dia 25.

Tendo em conta o preço dos bilhetes, sempre singelo, eu vou apostar na dobradinha: ver ambos os concertos. E aposto que me vai ficar mais barato do que o concerto de Depeche Mode que tenciono ver em Novembro - se alguém quiser apostar, avise na caixa de comentários.

Claro que eu não sou nenhum alarmista e tenho a confirmação AQUI e AQUI do que irá acontecer. A verdade é que esta é uma banda de pessoas brilhantes cheia de música incrível, imprevisível e rica - não sei o que esperar de nenhum dos concertos e por isso vejo os dois, pode ser que me surpreenda e muito (assim o espero, o que faz com que não seja tão surpreendente, mas...).

Já que estou nestas coisas, deixo o (sempre) bonito cartaz do concerto de Kayo Dot no Porto, organizado pelos senhores do costume em colaboração (habitual, também) com a Lovers & Lollypops:

domingo, setembro 06, 2009

A surpresa que aí vem

Para alguns não será, mas para muitos acredito que sim. Para já só ouvi ventilações mas:


Julgo não mentir se disser que vai haver novidades nos próximos tempos. Ah, aquilo é o MySpace dos Kayo Dot, para os mais distraídos.

terça-feira, setembro 01, 2009

Isis em Portugal

Confirmadíssimo, marquem nas agendas os dias 28 e 29 de Novembro, que estes senhores vão estar em Almada e no Porto, respectivamente. Adivinharam quem os traz, a Amplificasom. Os bilhetes podem sem comprados, para além dos locais habituais nestas andanças da promotora portuense, também em Wortens e FNACs e tudo, e tudo, e tudo. O papelinho da sorte custa 20 euros.

28 de Novembro - Circle, Keelhaul e ISIS no Incrível Almadense, Almada
29 de Novembro - Circle, Keelhaul e ISIS no Teatro Sá da Bandeira, Porto

Mais info - Amplificasom

P.S. - Ainda melhor. Circle e Keelhaul abrem para Isis em ambas as datas.

Ponto Alternativo: Um ano em retrospectiva

Sim, faz hoje um ano que o Ponto Alternativo "abriu as portas ao público." A mim, parece-me tudo muito recente, mas seria injusto dizer que não senti o tempo a passar, até por causa da responsabilidade que acabei por assumir quando decidi levar o projecto avante - e sei que não falo apenas em meu nome quando digo isto.

Acho que, apesar da inexperiência, só se pode fazer um balanço positivo do nosso trabalho, principalmente devido a o mérito não ser apenas das pessoas que abraçam o projecto: a verdade é que temos tido a oportunidade de trabalhar com pessoas que gostam tanto de música quanto nós e que nos facilitam imensamente a vida. Falo das bandas que temos visto em concerto e que têm mostrado disponibilidade para serem entrevistadas, falo dos promotores que, em condições precárias, nos dão trabalho e nos facilitam os contactos, falo de quem gere espaços de concertos... O Ponto Alternativo tem vivido muito da boa-vontade destas pessoas todas, muito porque, acredito, vêem a mesma boa-vontade em nós.

Assim, contamos com entrevistas a The (International) Noise Conspiracy [sue], Icos [sue], Crushing Sun, The Guys From the Caravan, Lobster, Black Bombaim, Nadja [can], The Rising Sun Experience, oLudo e Löbo, e temos ainda uma entrevista ao mentor dos Mesa, João Pedro Coimbra, sobre o seu mais recente projecto, os Andrew Thorn, que será publicada nos próximos dias.

Vimos concertos de todas as bandas acima referidas (salvo Rising Sun Experience), e de bandas como Silver Mt. Zion, A Storm of Light, Jackie-o Motherfucker, Minsk, Telepathe, These Arms Are Snakes, Josué o Salvador (...), Catacombe, Katabatic, The Sound of Typewriters, e de nomes como Yann Tiersen e Damo Suzuki. Ainda fomos ao Vagos Open Air e ao Arrábida World Music Festival.

Fizemos, também, reviews de álbuns, tantas quanto possível e algumas de bandas que estão agora a dar os primeiros passos (lembro-me da review que fizemos ao EP dos Wage) - política que queremos manter -, e reportagens sobre a relação entre o Jazz e a literatura e sobre o actual movimento de Rock da Alta de Coimbra.

Naturalmente, depois deste investimento, não pretendemos ficar por aqui. Há mais para vir, mais entrevistas, reviews de concertos, reportagens e algumas novidades, que serão reveladas a seu tempo.

Foi um ano cheio e em cheio. Nós esperamos poder fazer mais e melhor e esperamos que quem visita o Ponto Alternativo também o espere (passo a redundância). Para o ano volta-se a falar disto.

Eusébio Hoje

No futuro, será Fátima Hoje - aposto que envolve vai envolver um coro como aqueles que cantam músicas dos jogos clássicos da nintendo e grandes efeitos de luzes. Era o que eu faria. Mas, verdade seja dita, o meu sentido de humor é terrível e prefiro deixar isso, de fazer rir, para quem sabe, ou para quem pelo menos tenta viver disso.

Resumindo, devido à parvoíce que é Amália Hoje, há quem já fale em Amália Hoje Hoje, ou mesmo no projecto que irá revisitar este último, os Amália Hoje Hoje Hoje, ou, melhor ainda, quem procure num outro dos três Fs que supostamente reflectem a identidade portuguesa, no futebol. Veja-se o que os contemporâneos acham do assunto:


Isto foi escandalosamente roubado do Inarmónico.

Última posta sobre as Noites Ritual

O segundo e último dia foi estranhamente interessante. Felizmente, ao que parece, perdi o concerto dos Pontos Negros. Não sei mesmo se foi bom, mas garanto que amigos meus rezaram para que o concerto terminasse o mais depressa possível. Eu faria o mesmo, provavelmente.

Com o dito atraso, cheguei ao recinto - que é como quem diz "sítio em que nos revistavam antes de entrar para nos poderem impingir cerveja a 2€ e coisas semelhantes," porque os jardins do Palácio de Cristal ficaram a isso reduzidos - quando os Blind Zero estavam a começar a tocar. Bem... os Blind Zero... Como é que hei-de de dizer isto? Hmmm... Foi... mau? Teve momento abomináveis e foi medíocre no geral? É complicado dizer, mas um solo de guitarra terrível que se tenta disfarçar atrás da música d"O Padrinho", precedido de um triste cover da "Where's My Mind" dos Pixies e de um solo de percussão completamente desenquadrado de tudo não abonam muito a favor deles. Nem as músicas novas, que são fraquinhas.

Adiante, apanhei um concerto bom: Andrew Thorn, que tocaram o novo EP na íntegra e encerraram o concerto com uma música inédita (tendo em conta que o projecto é recente, não há nada de fantástico nisso). O frontman da banda, João Pedro Coimbra, esteve bem, mexeu-se, fez o que pôde, mas a verdade é que o seu lugar não me pareceu ser esse; pareceu-me que se sentiria mais confortável atrás dos holofotes, a fazer música, mais do que espectáculo. De qualquer forma, é a primeira vez que o mentor dos Mesa assume um projecto desta forma. Apesar de muito tempo de música, há sempre alguma coisa a aprender. O que importa realmente é observar que as músicas resultam bem ao vivo.

Os Mão Morta encerraram a festa e, claro, portaram-se como de costume. Não há muito a dizer: deram um óptimo concerto, tocaram um alinhamento que cobre toda a sua carreira e que satisfez desde os mais novos aos mais velhos (até tocaram uma do Maldoror, senão me engano) e ainda se deram ao luxo de, sem grandes problemas, serem os senhores do festival portuense.

Foi isto. Uma experiência única para mim, parece-me, porque para o ano não devo repetir a experiência. Desculpem-me a mancha textual, mas é difícil falar de tanta coisa em pouco espaço.

Há uma nova música dos Pelican por aí...

...e, estando eu a ouvi-la precisamente agora, tenho a dizer que estou muito bem impressionado. Só que fico sempre de pé atrás com os rapazes de Chicago. Para mim, é uma banda de primeiras audições, isto é, quando ouço algo novo deles pela primeira vez fico sempre entusiasmado e satisfeito, com vontade de ouvir mais. Mas as audições sucedem-se... infelizmente, acabam por não corresponder às expectativas que me levam a criar tão precipitadamente, acabo por me fartar com relativa rapidez do que estou a ouvir dos Pelican.

Agora já não me entusiasmo tanto, apesar de ter gostado do que ouvi. Agora o entusiasmo é outro: quero que façam a sensação que me acompanha desde The Fire in Our Throats (...) fique para trás. Se eles soubessem ler português (porque nem duvido que venham aqui ao blogue, claro), eu dir-lhes-ia: "força nisso - surpreendam-me."

Deixando-me de tretas, podem encontrar a dita cuja nova música no Myspace da banda.

(Um bem-haja à Amplificasom, sempre atenta a estas coisas.)