sexta-feira, junho 26, 2009

O rei morreu, mas há muito ia nu


Michael Jackson morreu. O sentimento de consternação parece ter atingido uma escala planetária e a notícia tem agora honras de primeiras páginas e de abertura de telejornais em todos os países. O rei morreu. E já que dele não se poderão vender mais escândalos, ao menos que se venda a tragédia.

É altura de ocultar a história e de a suavizar. Esqueçamos a decadência em que há muito caíra. Esqueçamos a bizarria da sua mudança de cor de pele e o ataque que constituiu à luta pela igualdade "racial". Esqueçamos que os media que agora o idolatram são os responsáveis pela sua crucificação e diabolização. Atiremos pedras a Hugo Chávez que, apesar de todos os defeitos, chamou a atenção para um facto inegável: por muito trágico que seja este desaparecimento, a crise política hondurenha é mais importante e nem noticiada tem sido.

É hora de incitar ao sentimentalismo lamechas. E, sobretudo, de esquecer que o mais importante ficou:






quinta-feira, junho 25, 2009

quarta-feira, junho 24, 2009

Políticas de natalidade

Acho que toda a gente conhece os Rockabye Baby!, os álbuns que transformam as músicas mais viris e ruidosas nas melodias mais fofinhas e pré-natais de sempre. Eu cá me decidi a experimentar ouvir isto e, confesso, quase fiquei com as hormonas aos saltos (salvo seja, claro). O de Metallica é mesmo uma delícia; aos Tool ninguém apaga a negritude, nem um Glockenspiel cheio de pó de talco no rabinho, mas o seu Rockabye também está porreirinho. Talvez tente ouvir o de Nine Inch Nails, já que eles vêm cá - sabe-se lá se o senhor Reznor, agora que se vai casar, não faz umas versões destas a pensar na descendência.

Estou certo de que, se a Europa quer investir na natalidade, começar por aqui é bom. Ora vejam a mítica "One":



Ia resultar, de certeza. Filhos e Metallica para toda a gente!!!! \oo/

terça-feira, junho 23, 2009

E falta pouco para outro grande concerto!



Faltam apenas cinco dias para o regresso dos Secret Chiefs 3!

Domingo, dia 28
Passos Manuel, Porto
pelas mãos dos senhores do costume

Segunda, dia 29
Santiago Alquimista, Lisboa
pelas mãos da Ritual Som que também já nos começa a habituar mal (bem haja!)

segunda-feira, junho 22, 2009

O novo single dos Bloc Party...

...não é surpresa nenhuma. É horrível. No máximo imensamente estranho. Não é carne nem é peixe...

sexta-feira, junho 19, 2009

E esta, hein?

Parece que os Jackie-O Motherfucker também vão actuar em Coimbra. A única questão é não terem anunciado o local do acontecimento.

E então, quem é que vai dar com a língua nos dentes? Ou vamos ficar na expectativa?

quinta-feira, junho 18, 2009

Tyondai Braxton com album a solo

O frontman dos Battles, Tyondai Braxton, vai editar o seu primeiro trabalho a solo desde 2003. A data de lançamento está prevista só para 14 de Setembro, e parece que Braxton trabalhou em tudo neste album, desde a gravação, produção, arranjos, etc.

E para quando o próximo long-play dos Battles? O Mirrored já começa a ter mais de 2 anos...

Um dos hits está gravado

Uma das bandas aqui ao lado, The Cotonettes, já tem no seu myspace um dos seus sticky-singles - de seu nome JP - gravado com qualidade.

Festa é com eles.

Lamechices a esta hora?



Esta música convence-me, que é que posso dizer? Mas esclareço que é mesmo das poucas das CocoRosie que o faz. Vejam lá se não tem uma je ne sais quois...

terça-feira, junho 16, 2009

Um acto revolucionário com uma boa música de Sonic Youth



Música de abertura do novo The Eternal, "Sacred Trickster".

Ninguém quer vir?


Entrevista a Löbo

downy

Descobri-os numa daquelas alturas em que me apetece descobrir algo novo. O que descobri não é novo, até porque Mudai 1, o álbum em questão, é de 2001, mas para mim é novidade pura e dura, visto que nunca tinha ouvido falar nos japoneses downy.

E, sem nada saber deles, eles conseguiram surpreender-me - na verdade é quando nada se espera que estas coisas acontecem: um ambiente invariavelmente negro instalado em músicas que eu acho caracterizáveis como Post-Punk, mas que não são coladas aos clássicos, como é habitual acontecer. Há, aliás, uma perspectiva algo Post-Rock (como a que fez a diferença no Turn On The Bright Lights dos Interpol) e uns pormenores imprevísiveis que enriquecem imensamente a música. Toda a composição e a produção estão mesmo invejáveis, parecem pensadas ao pormenor para terem o melhor efeito possível, apesar de não perderem genuinidade.

downy tem 'feeling' e este álbum está cheio de bons pormenores. Achei por bem partilhar.

PS: se alguém souber o endereço do myspace deles, eu agradecia que o partilhassem comigo, que eu bem que ando à procura. Obrigado.

domingo, junho 14, 2009

Dixieland e Jacinta

O Dixieland já é um roteiro aqui da zona de Coimbra. Não que toda a gente cá venha, mas vejo que a tenda principal, onde ontem cantou a Jacinta, fica maior de ano para ano e, no entanto, mantém-se cheia. É um óptimo sinal.

Seria um sinal ainda melhor, digo eu, se o festival de Jazz de Cantanhede se passasse a chamar o Fusionland ou o Free-Jazz-Land. Não tenho nenhum problema com o Dixie e acho mesmo que é uma boa forma de chamar as pessoas para o Jazz, visto ter as mesmas características que uma música de Rock puro: é enérgica, dançável e tem uma estrutura acessível. Eu apenas acho que depois de estar no Dixieland tenho de esperar um ano para conseguir ouvir novamente músicas do género ou arranjos da "When the Saints Go Marching In".

Fora estas considerações, a noite de ontem não podia ter sido mais Dixie, e no bom sentido. As bandas foram passando e ouviram-se músicas completamente transformadas e adaptadas ao género - e poucos resistiram a cantar, enquanto que outros poucos não resistiram a dar um pézinho de dança com a menina da cadeira do lado. Eu, pelo menos, cantei aquela do "I'm walking on sunshine, wooohoo!"

O ambiente foi finalmente perturbado pela habitual subida ao palco do mítico José Duarte que, com um discurso nada conseguido sobre a luta das mulheres para vingarem na sociedade, anunciou que a banda a acompanhar a Jacinta era composta apenas por senhoras, todas elas holandesas - e óptimas intérpretes, acrescento eu. As músicas foram passando até que a Jacinta se apoderou do palco e impressionou tudo e todos com a sua voz. É, realmente, um voz lindíssima e óptima para o Jazz. Pessoalmente dispenso as vozes, as letras... mas quando são cantadas com tamanha alma, tornam-se arrebatadoras; a cantora portuguesa, simpática, mostrou como é que se está num concerto de Jazz e como é que se canta o Jazz com a alma que ele pede.

Mas de Dixie já chega. Até para o ano!

sábado, junho 13, 2009

Os Faith No More andam a brincar com a malta

Macacadas à la Mike Patton:





Mas tirando isso vejam a setlist:

Reunited
The Real Thing
From Out Of Nowhere
Land Of Sunshine
Caffeine
Evidence
Poker Face (Lady Gaga cover)
Chinese Arithmetic
Surprise! You're Dead!
Easy (The Commodores cover)
Last Cup Of Sorrow
Midlife Crisis
Cuckoo For Caca
The Gentle Art of Making Enemies
RV
King For A Day
Malpractice
Jizzlobber
Be Aggressive
Epic
Mark Bowen
Chariots of Fire/Stripsearch
We Care A Lot

segunda-feira, junho 08, 2009

Com isto das políticas...

...repararam, ou não, que o tal partido sueco chamado Piratpartiet (em tuga, Partido Pirata) elegeu um deputado para o Parlamento Europeu.

Digamos que na prática é mais importante o acto em si do que as consequências reais. E embora o partido deva integrar um de dois grupos parlamentares (ADLE ou EFA) a sua influência não deverá ser mais do que residual - caso o Tratado de Lisboa seja aprovado serão dois deputados; o que afirmei manter-se-á válido, no entanto.

Mas a afirmação mais premente disto tudo é a de que os jovens começam a mudar a sociedade - neste caso específico, a cultura. Primeiramente na Suécia, país seminal neste tipo de situações, mas julgo que rapidamente se irá espalhar esta forma de ver a política: menos ideológica e mais pragmática (veja-se o caso do Partido Cannabis por la Legalización y la Normalización em Espanha).

Acaba por ser, no fundo, um marco com a sua importância na nossa geração.

Sempre a subir!

Depois disto aqui as expectativas em torno do nosso blog subiram um pouquinho. Espero que depois do próximo presente ainda nos venham visitar mais vezes.

domingo, junho 07, 2009

Minsk com saudades de Portugal \oo/

"Hey Pedro!It is good to hear from you. The rest of the tour was great! Bilbao had the lowest turnout but there were still some people who had traveled several hours and were very excited about the show. We really appreciate how great the show was in Lisbon. It was one of the best of the whole tour and we are very excited to play there again soon! It was great to get to play with Process Of Guilt. We were all very impressed with Lisbon. Tell everyone hello there and we will see you in the fall! Take care.Chris and Minsk" in mail para o Pedro da Ritual Som, que agendou o concerto deles na capital, publicado no blogue da Amplificasom.

Quem sabe se no Outono não surgirá a oportunidade para quem esteve presente repetir a experiência e para quem não esteve se redimir de tal falta. Desta vez com um álbum novo, o With Echoes In The Movement Of Stone.

Já que estamos nestas coisas, agradeçam este vídeo à boa gente da Amplificasom:

Sobre o problema do Battle For The Sun

Como já é hábito, Brian Molko e companhia não fizeram um mau álbum. Há sempre músicas cheias de 'feeling' nos trabalhos dos Placebo, mas a verdade é que este não tem nenhuma boa com algo de novo, que eles não tenham feito. Sim, a presença electrónica é inevitável desde o Sleeping With Ghosts, mas o seu sucessor só fez coisas boas com isso. Melhor ainda: os Placebo pegaram nas pianadas de "Special Needs" e fizeram umas grandiosas "Broken Promise" e "Song To Say Goodbye", sem nunca se esquecerem das distorções que lhes dão força nos três primeiros álbuns.

Em suma, e para se dizer a mais pura de todas as verdades, os Placebo têm evoluído claramente de álbum para álbum. O culminar disso foi Meds, visto que este Battle For The Sun mostra que o trio, agora com um novo baterista, não se conseguiu superar.

Agora, e digam-me se estiver enganado, o grande problema deste novo bicho está muito em parte no uso das electróncias (foram atrás dessas bestas dos MGMT's e afins...) e nos refrões longe da intensidade de outrora. Não? Eu escrevo isto com uma audição e meia do álbum, por isso posso - e desejo - estar redondamente enganado.

Pronto, ficam os clássicos vídeos para o exercício de uma reflexão comparativa:

(já que estamos nestas coisas, ponho a versão longa deste clip - que nem sabia que existia, mas olha, cá está)


sábado, junho 06, 2009

Cartaz do Alive!09 fechado

Não tem dois mas sim três palcos, sendo um deles só com gente daqui do rectângulo. E pronto, fica mais ou menos assim:


Há concerto no dia 12!

Antes de avançar para a coisa, digamos que há um pedido de desculpas implícito e que, realmente, sem o Pita, este blogue já cheirava a mofo (a Internet é multimédia. nunca se sabe quando é que passaremos a cheirar os sites). Depois do dia 12, tudo deverá voltar ao normal.

Isto porque no dia 12 há:
Um concerto organizado pela Artrites no qual a minha banda vai tocar. Os Adorno não são certamente, tentem adivinhar qual é, então, e se quiserem, claro.

Será no dia 12 (próxima sexta), na Via Latina em Coimbra: uma estreia para os Adorno que nunca vieram até estes lados, o primeiro concerto dos dérive e o regresso do power-duo Bigorna a este lado do Mondego. Espera-se que seja uma noite em cheio!

quinta-feira, junho 04, 2009

Octahedron já circula

Um dos albuns menos esperados dos The Mars Volta sai no final do mês mas já circula. Não sendo tão mau como vaticinavam, acaba por ser o que menos me fascinou dos TMV.

Acaba por ter alguns temas interessantes - Teflon, With Twilight as my Guide, Luciforms - acaba por ter outros cuja melodia é simplesmente chata (no mau sentido) - Since We've Been Wrong - ou com a banda a abrir caminhos que não se compreendem - Copernicus.

Salva-se o Cryptomnesia e espere-se o sexto LP.

Nota - Cedric e Ikey no topo, though.

Muse no Atlântico



Como todos devem saber, é no dia 29 de Novembro, inserido na Tour de promoção do album La Resistance. Os bilhetes da coisa estarão à venda já para a semana.